CAPÍTULO 6

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POV Juliah

Acordo com o Diogo me chamando e percebo que acabei dormindo, minha cabeça está melhor e só está dolorido o local do corte. Sento-me na cama e ele sai do quarto depois de avisar que temos apenas quarenta minutos, pego minha mochila e sigo para o banheiro. Tomo banho e uso os meus produtos de higiene, me seco e visto uma calça e um moletom de frio, escovo os dentes e peteio meus cabelos, vou deixar eles soltos e molhados mesmo. Pego minha mochila e coloco dentro tudo que é meu antes de sair do quarto, ando pelo corredor principal que dá acesso às escadas, onde desço calmamente e caminho rumo à cozinha, ao chegar lá encontro ele apenas vestido com uma calça social preta. Diogo está de costas para mim do outro lado da bancada mexendo em algo, observo que ele está com os cabelos molhados, provavelmente, do recém-banho tomado, sentindo minha presença ele se vira para olhar para mim.

— Ainda bem que você desceu, já iria te buscar. — Diz colocando uma bandeja com comida sobre a bancada.

Sento em uma banqueta e deixo minha mochila no chão, na bandeja tem pãezinhos, geleia, suco e alguns bolinhos com recheio de chocolate. Sirvo-me com um pouco de cada coisa e começo a comer afinal desde ontem que não como nada, percebo que ele só me observava, tem muita comida e ele pode comer também.

— Você não vai comer?

— Não estou com fome. — Responde ainda me olhando, reviro os olhos e termino de comer.

— Vamos. — Diz indo em direção à sala eu acho, organizo rápido as coisas em cima da bancada e pego minha mochila para seguir ele, o encontro na sala abotoando sua camisa social. Saio junto com ele e passo pelos seus seguranças, Diogo abre a porta do passageiro e eu entro no carro, ele fecha a porta e dá a volta no mesmo antes de entrar no carro. Coloco o cinto de segurança e ele dá partida no carro enquanto me concentro em olhar para a janela.

— Por que você faz tanta questão que esse casamento aconteça, já que é visível o seu descontentamento com isso? — Pergunto sem rodeios.

— Tem razão, não estou contente com isso, mas é a vida não é mesmo? — Responde olhando para mim e isso é pura ironia.

— Podemos fazer algo, já que nenhum dos dois quer isso. — Proponho e ele solta uma gargalhada como se ouvisse uma piada.

— Isso vai muito além do seu entendimento Juliah, não adianta eu tentei por anos. — Responde parando de rir.

— Mas se...

— Fica em silêncio ok? — Me interrompe e resolvo não falar mais nada. Encosto na porta do carro e penso como vou escapar desse casamento, percebo que a porta do passageiro está destrancada e se eu...

— Nem pense nisso! — Diz ele travando todas as portas do carro.

— C-como você?... — Pergunto gaguejando sem entender.

— Não importa!

Engulo seco ainda sem entender como ele descobriu e percebo que chegamos, passamos pelo portão principal da mansão. Diogo estaciona o carro na frente da entrada e, em seguida, um dos seguranças abre a porta do carro e me ajuda a sair do mesmo. Seguro minha mochila e engolindo seco entro na casa, sigo em direção da sala e encontro meus pais lá.

— Muito lindo Juliah Maguyre Mendes! — Diz minha mãe brava e ela costuma dizer meu nome completo quando estou em encrenca.

— Suba para o seu quarto antes que eu me arrependa de prometer algo. — Diz meu pai massageando suas têmporas.  — E não saia de lá até segunda ordem!

Mesmo querendo gritar, reprimo minha raiva e subo as escadas pisando duro, entro no meu quarto e vou direto para a varanda enquanto olho sem acreditar que colocaram grades nas janelas, em tudo!

A PROMETIDA E O IMORTAL ©Onde histórias criam vida. Descubra agora