CAPÍTULO 24

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POV Juliah

— Certo... Agora vou separar alguns objetos e você vai escolher três deles e me dizer por que os escolheu. — Diz e confirmo com um aceno. Caleb pega uma maleta que só agora percebo que ele a trouxe e tira vários objetos, artefatos de bronze, cobre, ouro e prata. Ele organiza todos na mesinha de centro e quando termina olha para mim.

— Pense bem, apenas os seres que possuem o dom do fogo conseguem escolher certo! Se você acertar esses três objetos não haverá dúvidas que você tem o dom do fogo.

Olho atentamente os objetos à minha frente e um me chama atenção, ele tem a forma de uma Fênix e é de cobre, mas tenho que fazer a escolha certa. Continuo olhando e outro me chama atenção, ele é uma balança jurídica de ouro e tenho dois objetos em mente só falta um. Olho atentamente e esse está difícil, olho atentamente e vejo um que parece ser a representação do fogo, mas acho que não é ele, seria muito óbvio. Levo minha mão nos objetos e sem querer acabo derrubando alguns.

— Me desculpe! Eu... — Paro de falar quando toco um que representa soldados marchando de ouro e sinto algo diferente. Pego ele, a balança jurídica e a Fênix enquanto afasto os outros e coloco os três na mesa em uma sequência.

— A Fênix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas, isso significa que a Nação do Fogo renasceu mesmo depois do ataque de 1500 e mediante os conflitos. A balança significa o equilíbrio e a harmonia interna e também externa dos mestres do fogo. Os soldados representam a ordem e a disciplina dos que vivem como membros da Nação. — Digo e olho para Caleb nervosa.

Ele não esboça nenhuma reação, o que dificulta saber se estou certa ou errada além de me deixar nervosa e ansiosa. Caleb depois de uma eternidade me observa curiosamente antes de abrir um grande sorriso.

— Seja bem vinda a Nação do Fogo Juliah!

Olho para Caleb tentando absorver suas palavras e me sinto estranha, me apoio no chão e nem sei o que falar, pisco algumas vezes e percebo que eles me observam em expectativa.

— Então eu fiz a escolha certa? — Pergunto só para ter certeza.

— Sim, você escolheu os três objetos que nos representam e explicou perfeitamente cada um deles. Somente uma pessoa que possui o dom do fogo sabe fazer a escolha correta e explicá-la, isso é algo do instinto e você sentiu algo a tocá-los não? — Responde Caleb e sim, senti algo estranho ao tocar os objetos.

— Caleb, como Juliah pode ter esse dom? Ela é filha de humanos. — Pergunta Alexandre e quero saber também.

— Com certeza Juliah tem algum parente com algum dos dons naturais, o dom dos elementos é passado ao primogênito ou é o seu pai ou a sua mãe que tem. — Responde guardando todos os artefatos e isso me deixa totalmente confusa.

— Meus pais não são seres sobrenaturais, é impossível ter herdado isso deles. — Digo.

— Então provavelmente um deles não seja o seu progenitor. — Diz e isso é impossível. Nasci na Itália, convivi com a família do meu pai e da minha mãe e nunca percebi nada anormal ou diferente.

— Existe a possibilidade de um dos dois não ter desenvolvido ou despertado o dom? — Pergunto olhando o Caleb. 

— Sim, mas as chances são mínimas e sugiro estudar seus familiares. — Responde e tenho certeza que sou filha de Marcos Maguyre e Larissa Mendes.

— Vamos começar seu treinamento depois de amanhã, você deve saber controlar esse dom perfeitamente e daqui alguns meses irá ser apresentada para todos da Nação. — Diz Caleb.

A PROMETIDA E O IMORTAL ©Onde histórias criam vida. Descubra agora