CAPÍTULO 10

11.9K 791 52
                                    

POV Diogo 

Respiro fundo e a vejo entrar no banheiro, Juliah é muito curiosa e por enquanto tudo que ela sabe é mais que o suficiente, ainda tenho que observar como ela se comporta quando está com outras pessoas, tenho que saber se ela é realmente confiável ao contrário vou ter que hipnotiza-la para garantir sigilo. Ainda bem que não contei sobre o hipnotismo para ela, isso acarretaria muitos problemas, fico esperando ela sair do banheiro e nada, resolvo bater na porta.

— O que você quer? — Pergunta impaciente do lado de dentro do banheiro.

— Vamos sair em trinta minutos. — Digo.

— Eu não vou!

— Você tem exatamente vinte e nove minutos e você vai gostar de sair um pouco. — Explico olhando para o relógio.

— ...

— É melhor você ir logo. — Falo ficando impaciente.

— Eu já disse que não tenho medo de você e que não vou!

Essa ruiva não sabe com quem está mexendo!

Espero alguns minutos e quando olho para o relógio e faltam 15 minutos, pego a chave da porta do banheiro para abri-la. Poderia quebrar a porta só de raiva, mas não estou a fim de ouvir reclamações dos funcionários do hotel e isso chamaria muita atenção. Abro a porta e vejo-a só de roupão, seus cabelos estão arrumados em uma trança embutida e de lado, ela está passando um batom nude e quando percebe a minha presença acaba borrando o canto da sua boca.

— Você não sabe bater na porta? — Pergunta pegando um lenço para limpar o canto da boca.

— Você não ia abrir. — Digo em um tom óbvio.

— Não mesmo, mas você deve respeitar o conceito de privacidade dos outros. — Diz e passa por mim para sair do banheiro.

Entro no mesmo, faço minha higiene pessoal e tomo um banho rápido. Enrolo uma toalha na cintura e saio do banheiro, encontro ela de costas para mim vestida com em um vestido vinho de alças que é um palmo acima do joelho e também com um salto alto preto. Aproximo-me dela com minha velocidade e ela se vira assustada.

— Você tem que parar de fazer isso!

— Você está linda. — Digo olhando em seus olhos e não resisto, passo o polegar em sua bochecha direita enquanto vejo seu rosto criar uma tonalidade vermelha e com isso acabo sorrindo.

— Agora eu preciso me arrumar Ruivinha.

— Por que não levou uma roupa com você?

— Me esqueci.

— Então... O que você está esperando para ir pegar e ir se vestir?

— Eu? Nada! — Respondo irônico e vou escolher uma calça social preta e uma camisa também social azul marinho, adoro ver ela irritada. Volto para o banheiro e me visto, depois calçou o sapato social, arrumo meu cabelo e passo um perfume.

— Vamos Ruivinha. — Aviso ao sair do banheiro e estendo minha mão para ela, Juliah demora a pegá-la e assim que o faz saímos da cobertura e seguimos rumo ao carro que já está em frente ao hotel. Sem esperar ela abre a porta do carro e entra, reviro os olhos enquanto entro e coloco o cinto, dou partida e logo em seguida estamos indo ao local.

— Aonde vamos? — Pergunta ela.

— Surpresa!

— Eu não gosto de surpresas!

— Iremos ao concerto de música clássica.

Ficamos em silêncio o trajeto inteiro até chegarmos ao teatro, saímos do carro e entramos no local, passamos pela bilheteria e sentamos em nossos lugares. Observo ela olhar tudo atentamente como se isso fosse alguma novidade, até que o conserto foi bom. Foquei basicamente o tempo todo em observando minha Ruivinha, ela estava atenta a tudo, principalmente, ao piano e o pianista. No começo, fiquei com raiva e não me pergunte o porquê, pois sua atenção era somente na forma em que o pianista tocava o instrumento, mas ela mexeu a mão em sinal de nervosismo, isso indica que ela sabe tocar piano.

A PROMETIDA E O IMORTAL ©Onde histórias criam vida. Descubra agora