A PROMETIDA E O IMORTAL ©

CAPÍTULO 14

POV Diogo

Acordo com a maior dor de cabeça do mundo e tenho certeza que hoje meu humor não será uns dos melhores. Levanto-me da cama e não consigo lembrar direito do que fiz ontem, sigo para o banheiro onde lavo o rosto e escovo os dentes, ao sair do banheiro ouço um barulho alto vindo do primeiro andar e acho muito estranho.

Jantei com meu pai e com os pais da Ruivinha...

Vi ela conversando com David...

Mandei-a ir para casa de táxi...

Bebi todas em uma boate...

Cheguei em casa e...

Não!...

Não pode ser!

Sai do quarto correndo até a sala onde a deixei trancada, ouço gritos de socorro e me apresso para abrir a porta ao sentir um cheiro forte de sangue. Quando abro a mesma vejo Juliah no chão com as mãos na barriga e percebo que sua blusa molhada de sangue. Merda o que eu fiz!? Pego ela no colo e me desespero, há uma perfuração em seu abdômen além dela estar perdendo sangue. Penso em uma solução e só me resta uma, resolvo levar ela para a casa do meu pai.

⚜

— PAI! — Grito ao entrar na sala com Juliah no colo. 

— O que significa isso? — Pergunta meu pai bravo, mas quando ele vê a quantidade de sangue que está na roupa da Ruivinha seu olhar muda.

Estou fodidamente frito!

— Leve ela para a sala de recuperação agora!

Minutos depois, meu pai está fazendo um curativo no ferimento, Juliah precisou de uma transfusão de sangue, por sorte meu pai tem bolsas de sangue disponíveis do seu tipo sanguíneo e ela agora está dormindo serenamente. Observo tudo atento e vejo que ela está pálida e com lábios secos.

— Vamos ao meu escritório! —Diz meu pai ao terminar de guardar suas coisas na maleta e engulo seco. Saímos do quarto em que minha Ruivinha está e caminhamos em direção ao seu escritório.

— Você tem alguma coisa para me contar Diogo? — Pergunta meu pai controlando seu tom de voz.

— Depois do jantar de ontem, bebi muito e acabei trancando Juliah em uma sala.

— Você ficou louco porra?! E aquele ferimento?

— Eu não lembro direito do que aconteceu. — Digo sem manter o contato visual com ele.

— Como assim não lembra?!

— Quando acordei hoje pela manhã, lembrei parcialmente do que ocorreu e quando abri a porta ela estava caída no chão com as mãos na barriga.

— Eu nunca dei esse mau exemplo para você ou seus irmãos! Por que você fez isso?

— Não me lembro, mas acho que foi porque vi ela conversando com David. — Digo tentando lembrar mais detalhes.

— Por esse motivo torpe? Você já é um homem! Por acaso você pediu para ela não falar com ele e explicou o por quê?

—Não. — Respondo tentando não manter contato visual.

— Você lembra mais de alguma coisa?

— Lembro-me dela pedindo para parar enquanto chorava. — Revelo e observo meu pai respirar fundo e esfregar o rosto com as mãos.

— Juro que se você tiver tocado nela ou tiver algum envolvimento naquele ferimento eu denuncio você para o Conselho do Clã. — Avisa meu pai e sei que ele não está brincando.