CAPÍTULO 8

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POV Juliah

Sua expressão é séria e também misteriosa enquanto ele me observa cautelosamente. Seus olhos azuis são enigmáticos e misteriosos, sua presença é imponente e mesmo assim permaneço de cabeça erguida, não vou tolerar ele agir assim como, nunca!

— Não gosto que me ofendam!

— Então não me provoque e não tente mandar em mim. — Sussurro respondendo ele.

— Você me pertence agora, Ruivinha.

— Eu não pertenço a ninguém! Agora me dê licença. — Peço enquanto ele me olha e não move nenhum músculo para sair. Respiro fundo e reviro os olhos.

— Você não ouviu? — Pergunto impaciente.

— Claro que ouvi. — Responde calmamente se fazendo de lerdo.

— Então sai da minha frente!

— Sabe o que é? Não estou com vontade.

— Não me interessa! Agora sai! — Digo ficando com raiva.

— Assim que estivermos definitivamente morando na minha casa, você vai aprender a ter bons modos. — Diogo diz e ele faz uma reverência ao sair rindo.

Ainda morrendo de raiva caminho até o sofá e ligo a televisão, mudo de canal até deixar em um canal de filmes. Diogo fica um tempo mexendo em sua mala e parece organizar uns papéis e o seu notebook, após alguns minutos ele entra no banheiro e ouço o barulho do chuveiro. Olho em volta e vejo seu blazer em cima da ilha de mármore que divide os ambientes da sala.

Será que ele deixou o cartão no bolso?

Levanto-me do sofá e procuro o cartão para destrancar a porta e por sorte o encontro no bolso, quase deixo um grito de euforia escapar e vou pegar minha bolsa, aumento o volume da televisão e caminho até a porta, destranco a mesma cuidadosamente e saio sem olhar para trás. Já na entrada do hotel pego um táxi e peço para o motorista me deixar em algum Shopping Center, assim que adentro o estabelecimento sigo para uma loja de celulares, aproveito para realizar a compra de um celular novo. Passo a tarde andando pela cidade visitando alguns pontos turísticos, tiro várias fotos e mesmo nessa situação quero guardar recordações, almoço em um restaurante e continuo a andar pela cidade. Quando percebo já são 18h, mesmo querendo pegar um avião e sumir de perto dele resolvo voltar para o hotel, apenas para evitar maiores transtornos.

Ao entrar no hotel sigo para o elevador, após sair do mesmo caminho calmamente até a porta da cobertura, respiro fundo enquanto passo o cartão na fechadura digital e entro, dou alguns passos para frente e nenhum sinal dele por aqui, as luzes estão apagadas e as cortinas fechadas escondendo o pôr do sol.

— Fugiu e resolveu voltar? — Diz Diogo atrás de mim e viro-me assustada.

— Em primeiro lugar, não fugi e em segundo lugar se eu realmente fugisse pode ter certeza que não iria voltar.

— O que é isso? — Pergunta olhando meu celular na minha mão.

— Um celular, no caso, o meu celular. — Respondo ironicamente.

— Ah jura?! Quem te deu permissão para comprá-lo?

— Me poupe, se poupe e nos poupe, não preciso da sua permissão para nada ok? — Digo caminhando em direção a minha mala e pego uma roupa. Sigo rumo ao banheiro para tomar um banho.

POV Diogo

Assim que saio do banheiro e percebo que Juliah não está em lugar nenhum, não sinto seu cheiro e observo meu blazer jogado no chão, quase me estapeando constato o óbvio quando não acho o cartão no bolso. Ela aumentou o volume da televisão e saiu, pego meu celular e ligo para o Henrico, o chefe de segurança da minha equipe pessoal.

A PROMETIDA E O IMORTAL ©Onde histórias criam vida. Descubra agora