Capítulo 45 - Paradigmas

209 9 1
                                    

Emma estava com o rosto mais avermelhado que o normal de quando chorava o que deixara claro o que a loira havia feito nas horas que desapareceu, sua expressão de derrota causava algo em meu peito que nunca fui capaz de sentir antes, não sentia pena de Emma, sentia vergonha de mim por ser a culpada da dor que a aquela mulher estava sentindo.
A loira entrou como um furacão virando-se em minha direção á uma proximidade perigosa eu diria, tranquei a porta e prendi o ar na ridícula esperança de que ela não notasse o quanto eu tremia, ficamos a nos encarar por alguns segundos, minutos, não sei, só sei que aquilo era mais que perturbador.

Regina: Diga algo Swan, qualquer coisa. - sussurrei fitando aqueles olhos que me faziam perder a noção do certo ou errado, do bom ou ruim. -

Emma: Você não presta! - disse entredentes tendo uma reação da qual eu realmente não esperava, antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, senti a mão da loira preencher o lado esquerdo do meu rosto com vontade fazendo-o vira-lo. Sentia minha bochecha arder, meus cabelos cobriam meu rosto empatando a loira de ver as lágrimas de dor descerem, aquilo poderia ser encarado como agressão por qualquer pessoa sensata, entretanto pra mim, foi tudo que eu precisava para acordar. -

Regina: Acho que eu merecia isso! - sustentei a voz trémula de dor levando minha mão a região e massageando-a, mirei Emma com o olhar fraco, indefeso e triste que Regina Mills tinha até o dia do seu aniversário de dezoito anos, ela estava ali, eu estava ali. - Acha que pode me perdoar?

Emma: Por estarmos traindo meu irmão? Traindo meu noivo? Machucando as pessoas que mais amo? Te perdoar por me humilhar? Não Regina, não posso perdoa-la, quando você me disse aquelas coisas horríveis depois do seu aniversário deixei claro que se me pedisse perdão eu jamais perdoaria. - engoli a seco em busca de conter novas lágrimas, tentei contestar sendo impedida pela loira que entre lágrimas continuou. - Mas vou... te perdoo porque o amor é paciente, não guarda rancor, tudo sofre, tudo espera e... - a loira desmanchou-se em lágrimas ali bem na minha frente não conseguindo terminar, naquele exato momento eu tive a certeza de que Henry havia nos colocado ali, o sinal que tanto pedi não era pra afasta-la, mas sim para mantê-la. Não sei qual o propósito de ser ela, a filha de um assassino, mas era e eu estava completamente feliz com isso. Tive a certeza de que eu tinha uma família por tanto que tivesse meu pai em meu coração e os braços de Emma Swan. -

Regina: Tudo suporta.... O amor tudo suporta! - sussurrei puxando-a para um abraço cheio de carinho e cuidado, a loira agarrou-se a meu corpo como se fosse um bote salva-vidas, acariciei seus cabelos até que seu choro cessasse, segurei seu rosto com as duas mãos respirando fundo, enxuguei suas lágrimas. - Eu te amo e vou ficar com você mesmo que pra isso eu tenha que pagar o preço.

Emma: Droga! Como você ficou tão... gay de repente? - a loira disse tentando rir fazendo-me ter a mesma atitude. -

Regina: Quando você me deu as costas e achei que nunca mais a teria outra vez. - Emma de repente ficou séria, umedeceu os lábios e mergulhou em meus lábios com calma e saudade. -

Um beijo a principio calmo, doce, medroso eu diria passou a se tornar mais intenso, grosseiro e repleto de sensações diferentes da que tínhamos antes, a dor foi dando espaço ao desejo e excitação que em poucos minutos já nos dominava por completo. Emma me apertou em seus braços com força, suas mãos espalmaram-se em minhas costas percorrendo todo o local e invadindo minhas coxas, cintura e seios; minhas mãos foram em sua nuca puxando-a ainda mais contra meu corpo, queria senti-la por completo, por mais que já houvesse feito sexo tantas vezes com Emma, daquela vez eu tinha total certeza que estávamos prestes a fazer... amor.
Tirei o casaco da loira com pressa a empurrando sobre a cama, a observei abrindo um sorriso ridículo, lentamente tirei minha camiseta e short fazendo-a morder os lábios com força, tirei sua calça e a mesma jogou a própria blusa ao longe, sem pressa me ajoelhei entre as pernas de Emma e passei a beija-la subindo para suas coxas, barriga, seios até que meu corpo caísse sobre o seu e mais uma vez demos inicio a um beijo cheio de paixão; Emma abriu o feixe do meu sutiã me arremessando para o lado e deliciando-se em meus seios: "Que saudades eu senti deles!" sussurrou fazendo movimentos circulares com a ponta da língua em meus mamilos me arrancando gemidos densos. "Melhores que os de Neal, não são?!" Provoquei fazendo-a me olhar com desprezo e segurar meu queixo com força até sorrir e me mandar calar a boca me fazendo gargalhar de uma maneira tão suave que até eu mesma me surpreendi. A loira tentou descer seus beijos sendo interrompida por mim que levantei depressa praticamente implorando com o olhar o quanto a queria, sem dizer nada Emma apenas deitou-se e passou a me provocar com seu pé que acariciava meus seios e barriga, tirei sua calcinha devagar e apertei suas coxas, como senti falta daquela liberdade de toca-la. Afastei suas pernas me colocando entre elas, passei minha língua com suavidade por sua intimidade já completamente molhada de tesão, mordi a parte interna de suas coxas e mergulhei meus lábios naquele sexo tão meu, Emma rebolava freneticamente em busca do maior contato que pudesse, coloquei um dedo fazendo movimentos calmos em busca de tortura-la até que seus gemidos implorando por mais me comoveram fazendo-me introduzir dois dedos com movimentos cada vez mais intensos até que finalmente pude me deliciar com seu néctar, subi depressa encaixando meu corpo ao da loira e beijando seu pescoço e colo com carinho enquanto a mesma se recuperava, ficamos assim por alguns minutos até que Emma levantou-se da cama e me olhou de um jeito quase maquiavélico eu diria.

Emma: Vem aqui. - estendeu a mão com um sorriso safado. -

Regina: Não quero! - falei com um tom completamente infantil fazendo bico como uma apaixonada... ou idiota por melhor dizer. -

Emma: Sabe que vai se arrepender se não vier não sabe? - seu olhar me consumiu de uma maneira que em segundos já estava de pé encarando-a da mesma forma superior que sempre fazia. -

Sem dizer nada fui puxada para si iniciando novamente um beijo completamente sexual, arranquei seu sutiã chupando seus seios com voracidade até ser interrompida pela loira que puxou-me pelo cabelo com força fazendo olha-la, novamente recebi um beijo enquanto Emma descia minha calcinha deixando-a escorrer por minhas pernas até tocar o chão. Sem dizer nada Swan largou-me indo em direção á uma cadeira colocando-a do meu lado, a principio não entendi..

Emma: Une fois que je l'ai dit je ne me vois sur mes genoux pour vous, ai-je pas aimé? (Uma vez eu disse que nunca me veria de joelhos pra você, não disse meu amor?) - senti meu sexo pulsar, seu tom era superior como nunca havia sido antes, sua mão direita emaranhou-se a meus cabelos novamente, Emma passou a língua do meu pescoço até minha orelha tirando-me qualquer senso. -

Regina: Você não tá fazendo isso... você não... - minha voz saia embargada pelo prazer, com a mão esquerda a loira segurou uma de minhas pernas apoiando-a em cima da cadeira deixando meu sexo absolutamente exposto -

Emma: Vous êtes bon d'envoyer , maintenant de savoir si il est vraiment bon d'obéir (Você é boa em mandar, agora se quer isso de verdade, seja boa em obedecer.) - disse acariciando meu sexo, fechei os olhos com força buscando o ar que não vinha. - mendier, combien vous me voulez? (Implore, o quanto você me quer?)

Regina: Muito mais que ontem, muito menos que amanhã, derrote-me, minha fraqueza é você Emma Swan e estou feliz com isso! - disse firme entre gemidos, apertei os braços da loira buscando o mínimo de compostura, a única certeza que tive é que queria aquilo todas as noites pro resto da minha vida. - Je veux venir à vous! (Quero gozar pra você!)

Nada mais era necessário, a sinceridade em meu tom de voz mesmo naquela situação era obvia, com seus olhos claros presos aos meus, Emma ajoelhou-se a minha frente fazendo com que meu orgasmo começasse a querer vir antes da hora, sua mão esquerda segurou minha perna que estava apoiada na cadeira enquanto a direita apertou minha bunda com força levando-me até sua lingua e lábios macios, e de joelhos Emma fez-me ter o melhor orgasmo de toda a minha vida. Completamente sem ar joguei-me na cama com os olhos fechados e um sorriso ultrajante, a loira deitou-se ao meu lado e passou a acareciar minha tatuagem como gostava de fazer, assim que recuperei o folego lembrei-me de algo que precisava dizer antes de qualquer outra coisa.

Regina: Preciso contar algo a você. - virei de frente para a loira tirando alguns fois claros do seu rosto. -

Emma: Agora? Deixe pra estragar tudo amanhã ao menos.

Regina: Não seja boba Swan! Ouça, sobre Ariel... - Assim que ouviu aquele nome Emma revirou os olhos e bufou incomodada, segurei seu braço empatando-a de levantar-se - Não tivemos nada, ela confessou antes de ir embora, estava dopada e dormi, ela fez parecer que... Por isso não lembrava, mas sabia que algo estava muito errado. A questão é, não fiz nada com ela, não traí você!

Emma: Como... Vocês se viram outra vez?

Regina: Uma longa história Emma, mas você sabe, ninguém mexe com quem eu amo e sai impune! - a loira assentiu ao lembrar-se da minha vingança. - Posso ser a pessoa mais complicada do mundo, mas eu sabia que não faria isso com você! - tentei parecer o mais sensata com tais palavras, mas pelo sorriso da loira deve ter saído como a declaração de amor mais...arg...melosa do mundo. -

Diante de tal confissão nos beijamos outra vez reacendendo todo desejo de antes, e foi assim toda a noite até esgotarmos nossas forças por completo, não estava me reconhecendo, mas me recuso a dizer que essa não sou eu, provavelmente essa é a parte de mim que há doze anos havia sido renegada e agora estava sendo acolhida. O amor ainda soa ridiculo aos meus ouvidos, mas sim, ele existe e confesso que a sensação é... maravilhosa.
Me aconcheguei nos braços de Swan sendo abraçada com força...

Emma: Boa noite! - seus olhos brilhavam mais que a luz que já entrava pelas vidraças, sabia o que a loira queria dizer, mas sentia medo, em Bahamas naquela mesma situação as coisas haviam sido um tanto decepcionantes para ela, já havia quebrado todos os meus paradigmas só em ter dito que a amava, esse seria só mais um. -

Regina: Eu te amo! 

Revenge: O preçoOnde histórias criam vida. Descubra agora