Capítulo 26 - Retour à la réalité

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Voltamos para o quarto já eram quase quatro da tarde, nosso voo estava marcado para as oito então decidi em um impulso fazer um ultimo passeio com Emma como uma despedida de nossa deliciosa entrega que em algumas horas seria massacrada pela...amarga? realidade de uma vingança e um casamento que se aproximava a cada dia que passava. Algumas ligações e eu já esperava Swan na varanda enquanto tirava algumas fotos da linda paisagem que eu queria manter eterna em minha memória, senti a presença da loira, entretanto continuei a me concentrar apenas na paisagem do lugar.

Emma: Nunca vi lugar mais lindo! – disse enquanto me laçava com um forte abraço por trás repousando a cabeça em meu ombro direito. – Mas confesso que sinto falta daquele barulho infernal de carros, aviões, buzinas... – eu ouvia sua voz ao longe, minha cabeça voltava a encher-se de um medo...medo de ser traída pela minha sanidade que aquela altura já não tinha mais certeza se ainda tinha. –

Regina: Vamos! Daqui a pouco anoitece e se eu não chegar cedo à empresa amanhã serei morta por uma acionista...arg...minoritária. – virei afastando-a sutilmente de mim, olhei-a enfim e só então reparei o quanto a loira estava maravilhosa em um traje de praia que escondia um biquíni branco que eu estava, de fato, louca pra vê-lo, ou melhor, tira-lo. –

Emma: Não vai mesmo me dizer o lugar senhorita autoritária? – disse cheia de trejeitos e aproveitando meu momento de distração tomou o celular das minhas mãos e me fotografou de surpresa me deixando nitidamente irritada. – Como consegue ser tão linda em Mills? – mirou a foto com um sorriso lindo que me derreteria se eu não fosse... Regina Mills. –

Regina: E como você pode ser tão criança Swan? – falei ríspida indo em direção a porta fazendo-a correr para me acompanhar.

Assim que chegamos à recepção dois leões de chácara, digamos enormes, nos aguardavam e já me reconhecendo nos cumprimentou e nos levou até o golfe cart. Emma estava em silêncio um tanto desconfiada, aliás, estávamos sobre a companhia de dois seguranças que mais pareciam o incrível Huck. Logo fomos nos aproximando de um lugar rodeado de pedras enormes com inúmeras grutas, um deles desceu e entrou em uma delas, Emma me olhava com os olhos arregalados como quem buscava uma resposta para aquilo, se eu não a conhecesse poderia jurar que ela estava achando que eu a mataria e largaria seu corpo naquele lugar tão...discreto.

Leão de chácara: Senhorita está tudo pronto, podem entrar, mas não mais que 30 metros, do contrario morrerão afogadas. – o rostinho de pavor da loira me fez sorrir de maneira maliciosa. –

Regina: Lembrem-se, não permitam que nada nem ninguém nos atrapalhem entendidos? – os homens assentiram positivamente. – E não importam o que ouçam, não entrem a menos que os gritos sejam claramente um pedido de socorro. – os homens sorriram maliciosos me fazendo quase gargalhar, como dizia Emma... eu não tinha limites. –

Segurei na mão da loira que entrelaçou os dedos aos meus com força como quem pedisse proteção, puxei Emma gruta adentro e pude ver algo que vingança nenhuma poderia pagar. A gruta estava iluminada com imensas tochas que refletiam na água perfeitamente azulada, no canto esquerdo preso a areia branquinha havia um balde de gelo com champanhe e duas taças, confesso que os empregados daquele resort eram incrivelmente competentes. Podia ver as chamas das tochas refletindo nos verdes dos olhos de Emma que me encaravam com um sorriso tão grande que não cabia em seu rosto. Sim, eu sabia que estava condenada a partir do momento que esperei por Emma naquele jatinho, o preço seria devastador? Obviamente seria. Então seja lá o que fosse acontecer quando voltássemos, eu queria que nosso último momento ali fosse de veras inesquecível, como se algo me dissesse que o que viria a seguir talvez fosse a certeza de que meus momentos ao lado de Emma não passariam de um rápido lampejo de luz em meio a um oceano de trevas.

Revenge: O preçoOnde histórias criam vida. Descubra agora