Capítulo 48 - Você é o amor da minha vida!

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O caminho até Grenoble parecia mais distante do que deveria, o frio cada vez maior nos mostrava quão perto estávamos de nosso destino, as montanhas geladas eram cada vez mais visíveis e chamativas, Emma permanecia concentrada nas pilhas de papeis que tirava da pasta para conferir, enquanto eu apenas admirava a paisagem em um fúnebre misto de culpa e orgulho. Estava tudo tão formidável, meus planos em seu caminho sem curvas ao contrário do meu coração atordoado pelos malditos sentimentos que Emma me causava. Era uma traição, certo? A pior de todas elas. Não sabia mais se era para vingar meu pai, ou me vingar de Cora, a minha...arg...mãe que sempre duvidou que eu poderia tornar-me quem sou. O que eu sabia era que sairia daquela cidade com tudo que planejei praticamente concluído.

Emma: Senhorita Mills? – Ouvi a voz ao longe que insistiu novamente despertando-me, Emma me olhava tranquila, porém curiosa como quem tentasse decifrar meus olhares tão perdidos. – Ici, nous sommes arrivés . (É aqui, chegamos.) – Disse inclinando-se para o motorista. -

Regina: Eu ouvi Emma. – Disse em meu tom seco e superior enquanto ajeitava minha bolsa para sair do taxi arrancando um "o quê?" sussurrado da loira. – Me chamou de senhorita Mills, aqui? – a encarei levantando a sobrancelha. –

Emma: Estou ensaiando para quando entrarmos e começar a ouvir uma enxurrada de perguntas sobre meu noi... enfim, vamos amor. – Emma disse me dando um selinho e respirando fundo antes de sair do carro, me incomodava ouvir sobre Neal, mas com certeza não tanto quanto incomodava à própria Emma. –

"Margot industry corporations", li em voz alta pondo-me de frente a entrada do lugar, a rua era movimentada e o prédio de uns onze andares com sua frente repleta de mármores na cor marrom parecia ser a única coisa futurista por ali. Passamos pela imensa porta espelhada onde quadros e poltronas decoravam a imensa entrada com 4 elevadores à direita e em seu centro uma recepcionista Francesa que chamava tanta atenção quanto seu balcão extenso.

Emma iniciou um diálogo extenso com a moça, o pouco que eu entendia era uma explicação sobre o que estávamos fazendo ali, pelo visto as duas já se conheciam, consegui traduzir a mulher falando para irmos ao último andar e quando ouvi um "como estão as coisas entre você e Adéll" apenas dei as costas e me dirigi ao elevador, as portas já estavam fechando quando a loira se colocou entre elas quase sendo esmagada, sorri da maneira mais irônica que podia.

Emma: Porque não me esperou? – disse ajeitando sua roupa e encarando as portas do elevador com sua postura profissional. –

Regina: Quis deixar você em seu belo diálogo francês com aquela... menina? Quantos anos ela tem? Dezoito? – a encarei como se tivesse visto mais que uma conversa entre as duas, a boca do meu estômago doía, que sensação inconveniente. –

Emma: Na verdade, ela tem 27, mas exibe ótimas formas e sotaque ainda...É Inglesa. – seu sorriso me deixara irritada, muito irritada. –

Regina: Não perguntei! – disse seca virando o rosto. –

Emma: Ciúmes? - as portas daquele cubículo finalmente se abriram. -

Regina: Poupe-me Swan! Se me trocar, a única que perde aqui... é você! – sussurrei com meu hálito no rosto de Emma dando as costas para a loira e adentrando o andar cheio de gente elegante, finalmente! –

Emma: Vous êtes impossible!!! (Você é impossível!) – ouvi Emma dizer enquanto bufava e mais uma vez tentava acompanhar meus passos que fizeram eco no espaço voltando todos os olhares para nós. Não ia confessar, mas éramos um casal de muito poder. –

+++++++++++++++++

~ Mais tarde naquele mesmo dia, de volta a Paris. ~

"Porque estou vendada Regina? É sério! Não tem absolutamente a MENOR graça" – Emma quase gritava dentro do carro enquanto eu segurava suas mãos para que a loira não jogasse a venda fora e estragasse tudo. Desde que entrei na vida de Emma havia deixado tudo de cabeça pra baixo, e depois de assinar aquele contrato me senti devendo ainda mais, como quem vende a alma ao diabo... não tem volta. Precisava fazer algo! Descemos do taxi, levei Emma com dificuldades até o local... -

Revenge: O preçoOnde histórias criam vida. Descubra agora