Capítulo 38 - Me deixa ir

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~Regina volta a narrar~

Depois que cheguei a meu apartamento só conseguia me xingar de todos os nomes possíveis, não sabia ao certo o porquê do meu tamanho desespero, se era por Emma ou por ter sido feita de idiota por uma mulher que pelo visto sabia muito mais do que eu poderia imaginar.
Mergulhei em minha banheira por horas, sentia vontade de vomitar em pensar naquela ruiva me tocando e me usando enquanto eu nem se quer sabia o que estava fazendo, se havia um lado positivo, o único era que eu não me lembrava de nada. Liguei para Emma inúmeras vezes, como eu imaginava seu celular dava desligado, me perguntava que diabos eu fiz pra vida para atrair tantas coisas ruins. Emma podia nunca me perdoar, mas Ariel iria se arrepender amargamente de ter cruzado meu caminho, sim ela iria.

No dia seguinte fui surpreendida por Emma em minha sala, queria abraça-la, beija-la, pedir perdão, mas não poderia, tinha ultrapassado qualquer limite e eu sabia disso assim como sabia que meu proposito não era ficar com ela e sim me vingar de seu pai, apenas queria que ela me odiasse por esse motivo e não por transar com a mulher que fudeu sua vida. Seu olhar era assustador, me surpreendi ao ouvi-la me humilhar e me ameaçar de tantas formas, poderia revidar, poderia coloca-la em seu devido lugar, mas Regina Mills sabe reconhecer quando perde uma batalha e essa eu havia perdido, não tinhas forças, nem se quer conseguia olha-la, sentia vergonha de mim mesma e deixei que Emma expressasse o quanto me odiaria pro resto de sua vida. Assim que a loira saiu desabei em lágrimas me sentindo a pessoa mais burra do mundo, burra por ama-la e burra por magoa-la. Estava com a cabeça baixa apoiada em minha mesa.

Belle: Quer que eu desmarque seu jantar com Killian?

Regina: Não Belle, aquele idiota não tem nada a ver com isso. – permaneci de cabeça baixa limpando as lagrimas. –

Belle: Você não acha que deveria ir atrás dela senhorita Mills? – sua voz temerosa soou baixa. –

Regina: Eu não acho nada Belle. – respirei fundo levantando meu rosto encarando-a com a maquiagem completamente borrada. – Além do mais, está feito, Emma Swan me odeia, você ouviu tudo não ouviu?! – a fitei sem raiva alguma, eu confiava em Belle, embora jamais fosse demonstrar. –

Belle: Ela deixou a porta aberta, desculpe!

Regina: Não se preocupe com isso. – encostei-me no encosto de minha poltrona. –Belle, eu vou machuca-la de verdade quando falir o pai dela.

Belle: O quê? – a moça arregalou os olhos incrédula. – Mas... isso não daria fim ao império que seu pai deu a vida para construir?!

Regina: Talvez. – nunca havia parado pra pensar daquela maneira, senti um nó se formar em minha garganta. – Tudo tem seu preço Belle.

Belle: Desculpe se for falta de respeito, mas pelo que vejo, e se você estiver mesmo falando sério. Seu único preço será um coração vazio e a dor de ter perdido a mulher que ama. Não vai poder voltar atrás Regina. – senti uma pontada no peito ao ouvir Belle falar "da mulher que amo", quis chorar novamente, e embora Belle estivesse certa, jamais confessaria. –

Regina: Eu sei. Agora faça seu trabalho, você não é paga para me dar conselhos amorosos ou me dizer o obvio. – arqueei a sobrancelha fazendo a pobre menina sair quase correndo. –

+++++++++

Mesmo sem clima optei por sai com Killian, tentava a todo custo interagir, porém nada tirava da minha cabeça as coisas que Emma havia me dito e a forma como a loira me tratou. Numa tentativa desesperadora cometi mais um erro, que embora inevitável, era um erro. Fui pra cama com Killian, sim ele era meu namorado e o curto caminho para a realização de meus planos, entretanto, a partir do momento que me...arg...apaixonei por Emma, transar com ele se tornou algo errado. O arrependimento corroía minha alma, assim que o homem dormiu fui para a varanda que já estava se tornando meu único refúgio, beber whisky e chorar, me permitir ser a Regina humana cheia de medos e sentimentos, ser a Regina dominada por esse maldito sentimento pela loira mais maravilhosa que havia conhecido em minha vida e que teria de esquecer...ou lutar.

Revenge: O preçoOnde histórias criam vida. Descubra agora