Capítulo 21 - Bahamas is coming

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– Regina volta a narrar –

Em um jantar na quinta conversei com Killian sobre a viajem, disse que era algo restritamente profissional e por isso ele não poderiair, pra variar, ele engoliu a historia em meio a inúmeras declarações tediosas. Decidi não ir para a OceanTur na sexta de manhã para organizar minhas malas, para minha surpresa Kristin veio despedir-se pois voltaria para Amsterdã logo mais a noite.

Kristin: Você vai levar tão pouquinha coisa Regina. Achei que vossa majestade estaria organizando pelo menos umas cinco malas. – a mulher disse gesticulando sentada em minha cama me olhando arrumar duas malas. –

Regina: É um breve fim de semana em uma ilha Bauer, além do mais, meus planos não incluem roupas exatamente. – virei-me de frente para Bauer e sorri maliciosamente voltando a mirar meu closet. –

Kristin: Espera! Seu namoradinho bibelô vai com você? – a mulher bufou incrédula – Ai que desperdício, meu Deus... Se eu não fosse casada iria fazer essa viajem valer muito mais a pena. – seu tom malicioso nos fizera gargalhar. –

Regina: Estou indo a trabalho querida, e obviamente a presença de Killian nessa viajem não faz parte dos meus planos. – falei seca ao lembrar de Emma que certamente não iria depois do que houve. – Se você não estivesse casada nem se quer estaria aqui, então fique quieta.

Kristin: Tem alguma coisa que você não está querendo me dizer Regina. Quem vai com você? Ou iria. – Bauer me fitou séria fazendo-me ir a sua direção e deitar ao seu lado, respirei fundo buscando forças para falar. –

Regina: Convidei Emma para viajar comigo, queria sei lá, mostrar um lado divertido que não tenho, mas achei que pudesse inventar um com ela. – falei triste mirando o teto. – Mas não importa mais, se antes ela me achava uma vadia sem alma, agora ela tem certeza disso. – virei-me para Kristin sorrindo de forma forçada levantando-me para terminar as malas. –

Kristin: Está desistindo Regina Mills? Que vergonha. – a mulher disse como se fosse algo inacreditável. – Você a quer, então mostre isso a ela. Não fizemos nada aquela noite, e ela deve saber disso. – Bauer me olhou séria, suas palavras cravaram em minha mente, mas não tinha forças para ir atrás. –

Regina: A única coisa que eu quero é ver o pai de Emma falido, sem nada. Apenas. – falei mirando o fundo dos olhos da loira. Kristin apenas assentiu incomodada. –

Kristin: Você quem sabe. – a mulher levantou-se indo na direção de meu armário e puxando algo que a principio não pude ver do que se tratava. – Que baú lindo, está trancado. O que guarda nele? – Bauer o colocou na cama. –

Regina: Deixe-me mostra-la, apenas a aviso que me achará louca. – peguei a chave de dentro da minha gaveta e abri o baú que guardava como minha vida. Kristin ficara boquiaberta com tudo que vira; inúmeras manchetes sobre a família Swan, fotos minhas quando bebê, entre inúmeras pequenas lembranças. –

Kristin: Oh my god! Você planeja isso há muito tempo. Agora mais do que nunca espero que saiba o que está fazendo. – Kristin parecia chocada, mas abriu um enorme sorriso ao ver uma foto minha quando bebê nos braços de meu pai. – Tão linda! Ele foi um pai incrível! – seu olhar doce para a foto me enfraqueceu fazendo com que algumas lágrimas caíssem sobre minha face. Apenas assenti que sim. Henry foi um pai incrível. –

Nosso momento foi interrompido pelo celular de Kristin, Úrsula já estava a sua espera, pois elas ainda tinham uma reunião em uma empresa qualquer. Levei Bauer até a porta.

Kristin: Estou feliz por finalmente poder esquecer nossa fase ruim. Espero que encontre sua felicidade Regina, e que não seja nessa sua sede por vingança. Mas de qualquer maneira, boa sorte! – suas mãos seguravam firmes as minhas, seus olhos marejados fixavam-se aos meus. – Ame outra vez. – minha ex-namorada beijou-me a testa de forma doce e tirou um cartão de sua bolsa, me entregando em seguida. – O que precisar Regina, só me procurar.

Regina: Não se preocupe comigo. E ainda pretendo conhecer Úrsula, em breve as farei uma visitinha em Amsterdã para comemorar a minha vitória. – sorri observando aquela loira tão incrível aguardar a chegada do elevador. –

Henry terá muito orgulho de você Regina Mills! – foram as últimas palavras de Kristin antes de entrar no elevador e seguir com sua vida de glamour e sofisticação ao lado da mulher que realmente mereceu seu coração tão machucado por mim. –

Fui almoçar com Killian para me despedir, minha vontade de perguntar por Emma era tamanha, felizmente não precisei, Killian disse que a irmã estava trabalhando como uma louca nos últimos dias, imaginei o porquê. Após nos despedirmos passei em minha empresa para deixar tudo em ordem, mandei um sms para Swan, embora eu não acredite em esperança, foi exatamente isso que tive ao enviar a mensagem para a loira, e como eu já esperava; nenhuma resposta.

Cheguei ao aeroporto às cinco e meia, viajaria com mais quatro empresários do hotel que haviam vindo para o evento no fim de semana anterior, faltavam cinco minutos para as seis e minhas mãos soavam de nervoso, meu celular já se encontrava desligado e nada de Emma, cheguei a perguntar umas três vezes se não havia nenhuma loira no hall do aeroporto, e a resposta era sempre a mesma, não. As seis os homens já pediam que decolasse, mas algo em meu coração negro falou mais alto.

Regina: Sirvam-me seu melhor vinho. Viajaremos depois que eu bebê-lo. – os homens ficaram intimidados com minha postura, o que não me surpreendera. Aos poucosa bebida já não tinha gosto algum. –

Levantei-me e caminhei a porta do jatinho, fitei todo o local e nenhum sinal de alguém que não fosse os empregados do lugar, senti as borboletas murcharem e morrerem lentamente em meu estômago.Ordenei que decolassem imediatamente até que ouvi uma voz familiar aos berros pedindo para esperarem. O copiloto olhou-me de olhos arregalados me fazendo praticamente correr de volta a porta.

Regina: Isso são horas de chegar Swan? Odeio atrasos, você devia saber. – Foi o que eu disse parada a porta do jatinho encarando-a ainda sobre a pista de decolagem. –

Emma estava ofegante, meu sorriso não foi nada discreto, eu realmente estava feliz por vê-la, nada seria mais doloroso do que viajar acreditando que nunca teria Emma em meus braços outra vez, ainda sim, decidi manter ao máximo minha postura.

Emma: Já devia ter ido a mais de meia hora. – a loira entregou sua mala ao copiloto – Disse que não me esperaria senhorita Mills. – sussurrou em minha orelha me causando um arrepio. –

Regina: Eu sabia que viria, tinha um tempo livre, decidi tomar um bom vinho e esperar. – a encarei de forma esnobe fazendo Emma arquear a sobrancelha e me encarar séria. –

Emma: Você sabe que eu não viria. – a loira disse sentando em sua poltrona ao lado da minha. –

Regina: Tive esperanças. – sentei na poltrona ao lado da janela a encarando. –

Emma: Você não acredita em esperança Regina. – a mulher parou de ajeitar seu cinto e me olhou incrédula. –

Regina: Não. Mas a Regina que você conhecerá nessa viajem talvez acredite. – a expressão de Emma ao me ouvir dizer aquilo fora inexplicável, sorrimos docemente uma para outra. –Já podem decolar.

Revenge: O preçoOnde histórias criam vida. Descubra agora