Estrada

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CAPÍTULO 1

TYLER FONTAYNE

Eu não sou um salvador
Eu não uso nenhuma coroa

- Kaleo

A chuva lá fora castiga amargamente o solo, às árvores e tudo àquilo que toca. Preocupado com o temporal e com medo de não chegar a tempo ao meu destino, olho para o parabrisa que embaça com a recente chuva que caí sem piedade me obrigando a ligar sem pestanejar o limpador para que acidentes não aconteçam. Começo a ficar nervoso com o sacolejar da caminhote e aumento a velocidade. 

Odeio uma bendita estrada de terra, ainda mais em dias de chuva, e exatamente por isso, quanto mais cedo eu chegar naquele bendito fim de mundo, melhor será pra mim. E também para Tara. Uma velha amiga muito folgada que mais uma vez faz com que eu me pergunto por que mantenho essa amizade abusiva.

Tara é uma ótima pessoa. Meio louca e muito surpreendente a maior parte do tempo. O problema; é que ela, infelizmente, consegue me fazer de sua cadelinha a hora que quiser e que bem entender. Às vezes não sei se sou muito bom amigo, ou apenas um bobalhão carente que a mantém por perto com medo de ficar sozinho em relação a amizades.

Foco meus olhos dispersos na estrada quando vejo ao longe alguma coisa jogada no chão. Coço e tento ao máximo focar eles naquilo no meio da estrada com medo de estar vendo uma miragem. Aos poucos vou diminuindo a velocidade até chegar em uma distância razoável daquilo. Quando a luz do farol ilumina com precisão, me espanto ao notar se tratar de o corpo de uma pessoa e não algo ou um animal. Preocupado desço do carro sem me importar com a chuva que me deixa no mesmo instante todo ensopado.

Quando me abaixo ao lado do corpo, enfim posso ter uma precisão exata de se tratar de uma mulher. O local escuro, apenas com a luz do farol e a chuva torrencial que caí sobre nossas cabeças dificultam tudo. Felizmente logo fica claro que está apenas inconsciente, me dando liberdade de a pegar no colo com o máximo de delicadeza que consigo exigir do meu corpo. Em meio às circunstâncias, a coloco dentro da caminhote bem ao meu lado e foco em seguir viagem com a velocidade bem acima do limite, não deixando de a todo momento conferir sua pulsação. Quando chego na casa de Tara, todos no mesmo instante se prontificam a me ajudar com aquela mulher. Não demorando muito para a levarmos em condições melhores direto para o hospital.

Isso que faço com extrema preocupação!

[...] Algum tempo depois

No hospital...

- E aí? O que o médico disse?

- Ela vai ficar bem, disse que apesar dos graves ferimentos pelo corpo e da lesão na cabeça ela não vai morrer. Mas a garota está grávida. O médico disse que foi um milagre o bebê ter continuado vivo depois de tantas lesões na barriga e no útero, ele disse também que essa criança tem grandes chances de nascer prematura. Ela ainda não acordou, mas como o próprio médico disse, ela vai ficar bem, só precisa de alguns dias em repouso para o corpo se recuper e talvez quando ela acordar precise de acompanhamento com um psicólogo. Não sabemos nada sobre a identidade dela, então acho melhor você ir até a delegacia contar sobre tudo e ver se tem alguém a procura dessa garota. - Apesar de contrariado e com o coração um pouco mais leve, decido fazer o que Tara me recomendou. Assim que saio do hospital vou até a delegacia, onde conto todo o ocorrido e depois de alguns processos feito pelo delegado vou para minha casa tomar um banho e  arrumar algo descente para aquela misteriosa garota vestir quando sair do hospital.

[...]

- Parabéns Tyler Fontayne. Você é um salvador. Pelo visto sua mãe estará deixando o legado do hospital em boas mãos. - O médico mais respeitado desse hospital fundado pela minha família me parabeniza com um aperto de mão e eu sorrio sem graça.

Eu? Um salvador?

Bom, tanto faz. Agora eu só rezo para que ela fique bem. Esse título realmente não vai me importar se eu não tiver 100% de certeza que ela ficará bem e se recuperará de tudo isso.

Olá

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Olá.

Eu modifiquei o capítulo. Na verdade ele foi reescrito. Perdoem-me pelos erros de agora e os futuros.

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