CAPÍTULO 17
DIANA RAMOS
Chegar em um hospital e ser atendida com uma agilidade e preferência, é algo bem impressionante! A questão é que ser algo de Tyler Fontayne tem suas vantagens no mundo real, melhor dizendo: No mundo dos ricos.
Agora se vocês querem um conselho eu diria para não baterem a cabeça e nem sofrerem uma bolada.
De um jeito super engraçado e ao mesmo tempo triste eu cheguei ao hospital acordada, digamos que a parte engraçada se deve ao cara que chutou a bola na minha direção. Passei por exames sinuosos e além de uma péssima enxaqueca ganhei três pontos no local que entrou em contato com uma árvore casca grossa e um sermão digno de um pai preocupado sobre como é perigoso bater a cabeça, principalmente a parte de trás onde se encontra a fonte. Não posso esquecer que o neurologista que quis dar uma palavrinha com o moço de uniforme de futebol fez questão de contar sobre a minha perca de memória nem tão recente assim e de como a pancada que eu sofri pode agravar mais ainda o meu caso. Ah isso nem foi a pior parte, quando um tal de Jasper entrou no quarto para examinar meu ferimento quase surtou ao ler meu nome na ficha, eu falei quase? Desculpem-me eu quis dizer que ele FICOU LOUCO! Saiu correndo feito um foguete e nem cinco minutos depois Tyler entrou como um raio.
São ótimas comparações, eu sei!
— Tem certeza que você não está sentindo mais nada que não seja a dor de cabeça?
Acredito eu que essa deve ser a décima nona vez que ele me pergunta a mesma coisa.
— Tyler eu estou bem, tá legal? Foi só um corte bobo e um galo enorme no meio da testa. Eu estou sendo monitorada de cinco em cinco minutos pelas enfermeiras então não precisa se preocupar.
— Certo, então já que você afirma que esta sentindo só dor de cabeça eu vou voltar pra minha sala e deixar uma ordem explícita para que a qualquer mudança em seu quadro clínico eles me chamem. Você tem certeza não é?
— Tyleeer... por favor!?
— Tudo bem, eu já parei Diana, eu já parei... estou saindo. Eu estou indo embora, estou voltando pra minha sala, tem certeza que quer que eu vá? Por que eu estou indo, estou quase na porta, eu...
— SAIA DAQUI AGORA TYLER FONTAYNE!
A dor se torna quase insuportável quando eu grito, de qualquer forma foi necessário... Além de que ele ainda não viu o cara que me trouxe até aqui ou se viu não falou nada perto de mim. Na verdade depois que entrei no quarto pra fazer os curativos e os exames nem eu o vi mais. Queria agradecer pelo que fez, foi uma atitude bem legal não me deixar desamparada e assumir o erro, quer dizer, tudo bem que ele chutou uma bola bem na minha direção e que ela beijou a minha testa de um jeito nada delicado, é, eu acho que foi um erro. Jogar bola em uma área descampada onde crianças e pessoas circulam o tempo inteiro deveria ser proibido ou jogado de uma forma menos brusca, enfim, o importante é que estou bem, sem sequelas e sem uma piora em meu antigo quadro!
— Desculpa não ter vindo antes. Digamos que eu estava evitando o Grande Tyler Fontayne. À propósito prazer me chamo Heitor Sanchez.
Ele me estende a mão e eu a pego um pouco incerta, então com um cavalheirismo invejado, a beija enquanto me olha de uma forma engraçada.
— Esta tentando me seduzir?
Apesar do meu cenho estar franzido quero muito rir da situação.
— Depende do seu ponto de vista, gatinha!
Fala sério, esse cara é maluco!
— Hum, deixando meu ponto de vista de lado por enquanto, o que quis dizer com evitando?
— Ah, nada de mais.
— Tem certeza?
— Tudo bem, não quero que me ache um covarde, tá legal? Primeiro eu quero muito pedir desculpas pelo que fiz naquele parque. Eu nem se quer sabia que tinha uma garota sentada embaixo daquela árvore e eu me distraí com uma bunda deliciosa de uma japonesa que estava correndo ali perto e acabei chutando a bola pra direção completamente contrária do que se era esperado, foi por isso que a bola acertou você!
— Sério isso? Com uma bunda? De uma japonesa? Quer dizer... nada contra bundas alheias, muito menos bundas japonesas é só que... ah, deixe quieto vai. Eu te desculpo!
Ele começa a rir descontroladamente e eu só fico o olhando contida.
— Você é nova por aqui não é? Nunca te vi e olha que já vi muitas garotas gatas e gostosas e também não é só isso, qualquer pessoa normal sabe que aquela área que você estava é meio proibida quando se tem garotos jogando futebol americano. Acredite aquele pedaço se torna uma guerra.
— Primeiro que eu sei o que está fazendo quanto ao assunto sobre Tyler Fontayne e segundo que eu também sei que o médico te contou o porquê eu bater a cabeça pela segunda vez é algo sério, assim como também contou sobre a minha perda de memória, então eu não sei se eu já morava nesse lugar ou se eu só fui trazida e jogada feito um saco de batata naquela estrada morta. Eu não me lembro de quase nada a não ser sobre a minha infância e adolescência. O que sei sobre mim além do meu nome e essas duas partes da minha vida é o que as pessoas desse hospital me contaram, e eu também nem sei porquê estou me abrindo com um estranho, me desculpe por isso Heitor!
Ele sorri fraco e se ajeita melhor ao meu lado na cama. Pega minha mão e sem emitir som manda eu continuar o meu momento. Ele é um idiota bobalhão que está me fazendo querer chorar, malditos hormônios da gravidez.
— Eu sei que quem me achou em um estado deplorável foi o cara cujo você evita, sei que fui brutalmente agredida e que cheguei aqui praticamente com os dois pés na morte e uma grave concussão na cabeça. A melhor parte é o meu bebê ter sobrevivido a tantos impactos foi um milagre, a pior é que Deus pode ter me deixado viva, entretanto além de tirar uma parte da minha memória também me deu uma gravidez de risco. Sabe Heitor, eu sinto que eles me escondem algo pior e não querem falar para preservar alguma coisa dentro de mim, mas eu nem sei o que sentir quanto a tudo isso. Até a algum tempo atrás eu nem sentia que seria mãe. Eu nem deveria falar sobre isso com você, é que eu preciso entende? Então não me julgue! Acho que estou começando a me apaixonar pelo babaca do Tyler e esse é um caminho muito perigoso, não sei se você já viu uma mulher bonitona, cheia de curvas e ruiva passando por esses corredores, então, ela além de minha obstetra é namorada do cara que me salvou ou só fodeu ainda mais com a minha vida, eu sei lá... a gente se beijou, VOCÊ ACREDITA NISSO? MEU DEUS, eu e Tyler Fontayne nos beijando depois de Rebeca achar que a gente tinha transado, senhor eu sou uma vadia!? — Essa ultima parte eu tive que sussurar para que ninguém além da gente ouvisse. — Eu queria namorar com ele e fazer amor com ele, E ELE NAMORA COM UMA GOSTOSONA BEM SUCEDIDA. Santo Deus eu realmente sou uma vadia!
As lágrimas estão caindo de forma abundante dos meus olhos, encosto minha cabeça dolorida no ombro de Heitor e me permito pela primeira vez sofrer como uma pessoa normal tudo que venho passando.
— Você não é uma vadia! E qual o problema de ser uma vadia? Se eu quiser eu me torno uma vadia. E olha que sou muito macho em. — Heitor faz uma voz afeminada e eu rio fungando, — Você quase me fez chorar com toda essa desgraça sabia? Uma pena que sou duro na queda. Olha eu não sei dos sentimentos desse babaca que é um puto sortudo por ter uma mulher incrível como você, mas eu sei que você tem que viver. Foda-se o que esses idiotas estão escondendo, foda-se tudo apenas viva! Deus tem seus meios de trabalhar com a gente então não o culpe, você é linda e eu como seu mais novo melhor amigo não vou permitir que viva em um triângulo amoroso com esse cara. Antes de tudo lembre-se de se amar tá legal? E veja bem gatinha, Diana Ramos acaba de se tornar a mulher mais sortuda do mundo por conhecer Heitor Sanchez!
OPAAA QUE O HEITOR JÁ CONQUISTOU MEU CORAÇÃO! É UM GALINHA NATO, SÓ QUE COMO PODEMOS VER É UM AMORZINHO. E SE PREPAREM PORQUE O PRÓXIMO PERSONAGEM QUE VAI ENTRAR, NÃO VAI VIM PRA AGRADAR A
N I N G U É M !
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sob meus Cuidados
RomanceA HISTÓRIA VAI TRATAR DE DOENÇAS PSICOLÓGICAS, ABUSO SEXUAL E DE SUPERAÇÃO. O tempo nesse livro é a chave de tudo. *PLÁGIO É CRIME* "A vida inteira esperei uma resposta É engraçado como tudo aconteceu Quando parei de esperar Minhas escolhas me troux...