(completo) A cobaia 00 de 17 anos planeja, há anos, fugir do laboratório terrível da Mercile, ela enfim arranja coragem depois da morte do único amigo que tinha, será que 00 conseguirá fugir? se sim, como ela viverá depois? se não, estará preparada...
nota: como prometido o novo capitulo vai sair antes da meia noite, e obrigado por acompanharem <3
obs: meu marido deu a idéia de colocar o nome da 00 de Lucrécia rsrsrs
><
Nete
As ruas não mudaram muito desde que vim pela última vez, há pouco movimento em Hollis, típica cidade pequena, nenhum ponto turístico interessante ou pessoas interessantes. Morar aqui tornou-se pior depois do incidente.
Talvez por isso eu acabei por sair, foi uma fuga necessária.
Ao meu lado alguém está fascinada com tudo, todas coisas são interessantes para ela, seus olhos brilham, atenta a tudo do lado de fora do veículo. Exceto por sapatos, agora a pouco minhas sandálias foram jogadas pela janela e ainda escutei um "vocês humanos tem muito mal gosto". Estou decidindo se gosto ou não desse jeitinho abusado dela, mas acho que eu gosto sim.
lá se foi meu par preferido no lago Botá.
ㅡ Já escolheu um nome? ㅡ indago. E mais uma vez sou bombardeado com um olhar desconfiado, quase posso ler seus pensamentos: "como diabos você sabe que não tenho um nome? "
ㅡ Não é da sua conta ㅡ ela me responde seco.
Olho-a levantando levemente a sobrancelha, é compreensivo que ela tenha esse tipo de atitude, eu fiquei surpreso quando não foi dilacerado quando a toquei, o lugar de onde ela veio... as pessoas ficam loucas, sedentas pelo sangue daqueles que lhe infligem dor. Ainda estou tentando entender o motivo dela não ter fugido de mim na primeira oportunidade que teve.
ㅡ Você está na minha casa e vai comer da minha comida, então é da minha conta sim, ou deseja ficar por conta própria?
Digo mais para irritá-la, sei que são chamados por números, mas estou pegando gosto por aborrecê-la. Por vezes peguei-a concentrada, pensando, havia dor no seu rosto, por isso estava pegando gosto por irritá-la, dar-lhe motivo para ficar chateada comigo. Isso tirava seus pensamentos de momentos difíceis de sua vida ㅡ mais uma coisa, nunca mais aponte uma arma para mim ㅡ falo em um tom sério.
ㅡ Só não deixar a vista ㅡ ela responde resmungando.
Do estacionamento da lanchonete, vejo nitidamente o xerife Kelly, sentado mordendo uma rosquinha, ele conversa com uma das atendentes, que, por sua vez, está visivelmente desconfortável com a interação.
ㅡ Espere no carro ㅡ Esperando um contra argumento, mas não chega. Algo que viu na lanchonete a deixou com tanto medo que se encolheu no banco. Sem sombra de dúvidas fui muito maltratada nas escalações da indústria.
Entro e me sento no mesmo lugar de sempre, no balcão.
ㅡ Como vai, pequeno Nete? Fiquei sabendo da venda da casa, sinto muito.
Débora, uma senhora da lanchonete, pergunta me entregando o cardápio. Desde que Mary me livrou de pular de casa em casa e finalmente me adotou eu passei a tomar café nessa lanchonete, Débora sempre me tratou com gentileza. Minha estadia não durou muito tempo.
Quando Brie foi roubada eu tinha dezessete anos, Mary estava passando por uma crise financeira que na época não entendia, os agentes do governo vieram me pegar alguns dias depois, ela não tinha condições legais para me sustentar. Deve ter sido duro para ela perder duas crianças na mesma semana e me ver indo embora também. Toda cidade parou quando Brie Sumiu, procuravam em todos os lugares, emissoras renomadas ajudaram a divulgar a imagem da bebe. Era realmente grato pela bondade dessas pessoas.
ㅡ Tudo bem, só não quero ter mais contato com esse lugar, o de sempre por favor.
Kelly se vira no banquinho ao lado, me observando, o uniforme esticado no abdome, o bigode sujo de resquícios do doce que ele estava comendo. Kelly Engole o conteúdo da boca, e prevejo merda saindo dela.
ㅡ As vezes coisas ruins acontecem, é inevitável ㅡ seu tom é contido, solene, seus olhos dizem outra coisa. Há tempos tenho vontade de fazer coisas ruins com ele. Sempre desconfiei da sua conduta. As pessoas falavam, afinal Hollis se banqueteia com fofocas. Desde sua chegada aqui, anos atrás, crianças desapareciam, nenhuma tão novinha quanto Brie, e sempre era abafado, por parte da polícia local. Ao ganhar voz na mídia, a pequena cidade milagrosamente parou de sumir com crianças e bebês. Os federais estavam de olho.
ㅡ Sim xerife, e ainda vão acontecer.
O intimido com meu tom sério, e depois ignoro-o esperando meu pedido. Podia sentir os ventos de mudança pairando no ar, eu não era mais uma criança indefesa, agora podia aguentar tudo que viesse para mim.
Debora pergunta por Mary quando entrega meu pedido, elas eram conhecidas de longa data, e eu respondo que ela está tentando, Steve não é mencionado, os amigos de Mary mantinham um ódio por ele profundamente enraizado no coração e pareciam regá-lo todos os dias para crescer. Nenhum dos dois teve qualquer tipo de culpa, Stive a abandonou, mas ela já havia abandonado ele anos atrás, desde aquele dia.
Devolvo o sorriso triste de Débora e saio.
Mal abro a porta do carro e vejo minha hóspede inspirar alto.
ㅡ Espero que goste de sanduíche e café ㅡ Aviso entregando a sacola em suas mãos e fechando a porta.
Parece que que não tem ninguém a notando comer, Cabelos Neon saboreia o sanduíche com tanto gosto que me sinto mal por não ter feito um café decente em casa, só estava ali para vender a propriedade e resolver coisas do trabalho, por isso a cozinha não estava abastecida.
Neon parece perfeitamente bem, nem de longe posso dizer que ela foi atropelada, estava entrando na cidade quando bati nela, tentei desviar, mas já estava em cima. Obviamente estava fugindo das instalações da merciele.
Entre mordidas seus lábios soltam breves ronronos, mas ela não percebe, imagino que não davam comida decente naquelas instalações. Só de pensar sinto meu sangue ferver.
ㅡ Meu nome é Liv ㅡ por pouco não consigo entendê-la, Liv diz com a boca cheia, mantenho o foco na estrada, espero ela falar mais ㅡ uma amiga sugeriu o nome, ela dizia que era perfeito para mim ㅡ Ela para de falar, virando o rosto, olhando seu lado da janela, pensativa ㅡ Livre. Mas onde não há lei, não existe liberdade ㅡ Liv divaga citando Jonh Lucke.
ㅡ Me parece que você criou suas próprias leis. Eu me chamo Nete, Nete turner.
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Gostaram do nome ? nos próximos capítulos teremos rala e rola alguém apoia os dois?
