Capítulo vinte e um: Homem e xixi na cama não combinam, certo?

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Faltam poucos cap para finalizar :') obrigada por acompanhar até aqui <3

^^

Nunca consegui entender como os humanos conseguem ser sangrentos e violentos com os próprios semelhantes. Li em algum lugar que era a única espécie a usar a maior capacidade cerebral. Ora, isso não é um paradoxo? Quanto maior a inteligência, maior a possibilidade de extinção. E sim, eu perco meu tempo lendo, quanto mais entender, melhor será de pegá-los.

Meu cabelo falso encosta na minha costa para lá e pra cá, me fazendo sentir cosquinha, Nete o comprou para mim alguns dias atrás. meus fios originais são chamativos demais.

É uma mistura de sentimentos quando se está assistindo uma briga de camarote, quase sinto pena, esse é o segredo, quase. Estou do lado de fora de um bar chamado Merlot. Dois machos humanos brigam sem motivo aparente. Espero e Espero. entro no carro quando o xerife é expulso do bar. Não dá para ver direito, mas acho que ele incomodava uma fêmea.

Ele sai se arrastando, descendo as escadas e apoiando seu peso no corrimão, sacode a cabeça, atordoado pelas luzes coloridas que piscam, vindas do letreiro, chega a seu carro e praticamente se joga no banco.

— Você não pode dirigir nesse estado, vou te dar uma carona — digo ao xerife apoiada na porta do carro dele. Seu estado é lamentável e o cheiro desagradável.

— Que tal uma carona até minha cama também? — ele não me reconhece, bom. Sinto nojo do jeito que me olha dos pés à cabeça, avaliando-me sexualmente.

— Hora, senhor policial, eu insisto que seja para minha cama — sorrio docemente.

...

— Socorro! alguém me tira daqui! — Kelly grita. Fiz uma boa escolha ao amarrar Nete com uma corda e trazer sua algema, apesar do barulho que o detetive faz, repuxando a algema, é um pouco incômodo, meus tímpanos também pedem socorro, mas dá de suportar.

Decido que gosto de sentir o cheiro de medo, é particularmente saboroso. Sabendo que ele é um dos humanos ruins, meu remorso e simpatia dormem tranquilamente, no fundo dos meus neurônios.

— Já quer ir? Está tão divertido, porque não fica mais um pouco *para uma xícara de chá — xerife kelly está amarrado a uma cama e, acredite ou não, ele se mijou quando me viu. Agora, sóbrio, ele sabe quem eu sou, o que me entregou: meus olhos? Meu cabelo? Minhas presas?

Pego uma cadeira velha no canto e sento, apoiando meu queixo no espaldar e observo. Sua cabeça está levantada, girando freneticamente procurando uma possível rota de fuga. Seus olhos olhos estão esbugalhados cheios de pequenas linhas vermelhas. Não há saída, pequeno rato, uma palha do que os NE passam todos os dias.

—isso é um mal entendido — o xerife diz amedrontado.

— CARTER — grito. Carter aparece todo cheio de graxa, um pequeno probleminha no nosso carro.

—Esse, por acaso, é o xerife kelly? — pergunto afagando meu queixo..

—sim, é ele.

—hora, hora. Então isso não é um mal entendido — se há algo que aprendi por anos sendo violentada é usar o sarcasmo. É libertador estar do outro lado.

— Acho que deve saber porque estou aqui, nos pouparia tempo e saliva se fosse condescendente Sr. Kelly — digo. Posso sentir os olhos de Carter nas minhas costas, ele não concorda com o que eu faço. Mas respeita, e eu respeito seus limites "Sem mortes", posso lidar com isso.

—não sei de nada — para quem se mijou, não saber de nada, bem peculiar, não?

—Tá vendo isso aqui? — mostro uma pequena mochila rosa, ela brilha em glitter rosa chiclete.

—Sua desgraçada, se você tocar um dedo nela...

—não seja rude xerife, sua filha desaprovaria seu palavreado.

Carter sai do pequeno cômodo, essa situação não é confortável para ele. Nós dois sabemos que no meio legal tudo é demorado, e por isso não interferiu quando lhe contei meu plano. Pelo contrário, ele disse que me ajudaria. Meu terceiro anjo.

— Endereços Xerife.

— Tudo bem, tudo bem — pego vários endereços, ele me conta tudo, sei que é verdade , seu coração o entregaria. Quando ele termina pergunta se eu o soltaria, lógico que disse que sim, mas antes uma pequena punição.

— Estou sentindo que você está com frio, um banho pode refrescar sua memória, sinto que sua língua não desabrochou o suficiente.

Depois de soltar as algemas empurro-o no chão e o arrasto para fora, a cada balde de água congelante jogada em seu rosto sinto suas batidas mais fracas.

— Por f-avor eu falei tudo...

— Sim falou, tudinho, mas deveria ter falado antes, e por pessoas como você muitos morreram, não acha justo que você morra também?

—não por favor, minha filha... sou casado...

— Deveria pensar nisso antes — dou uma piscadinha, ele começa a se debater, e em algum lugar no fundo da minha alma eu queria, realmente queria achar pena.

*Chaves 


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