Presos no Limbo II: O Devorador de Almas

Escolhas Complicadas

   Thalia continuava a lançar água contra Yaclos, o mesmo se defendia dos golpes usando areias feita de sombras junto com sua dominação de ar, jogado rajadas de ar na direção de Thalia, ela se defendia com muito custo usando gelo para isso, lançava os golpes de Yaclos para longe, ambos ficaram uma hora sem chegar perto um do outro, apenas usando os golpes contra o oponente, destruindo a praça pouco a pouco, logo a imprensa chegou para filmar tudo, a luta de Thalia para a sua sobrevivência, ela estava convicta de que dali sairia somente uma pessoa viva, que dentre ela e Yaclos ela precisava ser esperta o suficiente para assegurar que ele morresse, assim livraria o mundo de alguém como ele, seria o fim definitivo daquela relação, assim como ele queria. 

   Rapidamente Yaclos consegue desferir um golpe em Thalia que a fez para longe, para não dar  de frente com a parede ela saiu deslizando na água, olhou para Yaclos, as lágrimas dela insistiam em cair mesmo ela sabendo que ainda amava ele, e tudo que ele fez para destruir esse sentimento, parecia que com um simples estalar de dedos faria ela voltar, engoliu as lágrimas e o sentimento que tinha por ele, não conseguia se enganar mesmo tendo se envolvido com Jonny, muito pelo contrário, a relação deles se assemelhava a antiga que ela tinha com Yaclos. 

   - Talvez você deixou eu ir para depois me ver assim, fraca e voltando para você assim que estalasse os dedos - diz tomada pela tristeza.

   - Pensou que realmente iria facilitar pra você?! 

   - Eu ainda vou apagar seu nome de minhas lembranças, esquecerei seu rosto ainda, você se tornara uma triste lembrança para mim um dia. . . - diz lançando gelo contra ele, que se defende quebrando os espinhos de gelo em vários pedaços.

   - Ao estalar os dedos sem duvida vai voltar para mim.

   - Desta vez não - assim que ele se aproxima dela, Thalia o pega pela barriga e o lança longe usando seus tentáculos de água com espinhos de gelo na ponta para desferir golpes que arrancaram sangue do braço direito de Yaclos.

   Yaclos segurou o braço esquerdo, rindo de tudo aquilo, olhou para ela de uma maneira que despertou um sentimento forte dentro dela, algo que a fez querer lutar contra o que estava sentindo ali, as lagrimas voltaram a rolar no rosto dela, a fazendo se lembrar de tudo que viveu ate ali, chorando sem parar esperou Yaclos se aproximar o bastante dela, juntou a maior quantidade de água possível, criando um espinho de gelo muito grande, ele a olhou serio, ela estava jogada no chão, de joelhos olhando para baixo, engolindo todas as lagrimas que escorriam por seu rosto, ele a puxou para ver o seu rosto, a abraçou fortemente, a mão direita dela tremia, estava indecisa se seguiria em frente, enfiando o espinho de gelo nele ou não, mas chegou a conclusão de que era o melhor a se fazer.

   - Ainda te amo saiba disso - diz ele sussurrando no ouvido dela - Eu te amo, você sempre sera a mulher que amarei. . . 

   Chorando ela levanta o espinho de gelo e enfia na barriga dele, de modo para não o matar, mas para o machucar, ele rapidamente soltou os braços dela 

   - Me perdoe meu lindo, mas você matou o que eu sentia por você a muito tempo - diz limpando as lagrimas e o encarando friamente - Você afundou o nosso amor com sua ambição por magia e conhecimento 

   - Vai se arrepender de não ter me matado agora, eu irei fazer se arrepender 

   - Eu não tenho medo de você, não mais! 

   Seu tom indiferente despertou toda a ira de Yaclos, ela sentia que o tempo havia passado e ela ficou para trás, que os sentimentos que tinha por ele eram confusos e complexos demais para ela entender, mas que o mais certo era mostrar desprezo a ele pois assim não cairia novamente em suas mentiras, ambos mudaram demais e nada estava mais igual entre eles, as mudanças de Yaclos foram tornando a situação cada vez mais insustentável, mas Thalia sentia que ela era a unica parte humana que restava de Yaclos, que ele não enlouqueceu de vez por conta dela, e que essa relação toxica na qual ela mergulhou a fez sentir raiva de si, antes era paixão intensa, um amor que os guiava, agora era só ódio, revolta e trevas. 

   Lentamente ela sentia que Jonny estava ocupando o espaço que um dia foi de Yaclos, não havia razão de impedir que esse sentimento tomasse conta dela, a mesma pensava isso, que deveria se entregar ao amor por Jonny, pois ali havia cumplicidade, nada de ilusão, eles eram unidos e isso a fez sentir pena de Jonny por ter enganado ele durante boa parte do tempo, agora depois dessa luta sentiu que as coisas iriam para o rumo certo, continuou seu caminho ate a casa dela. . . 

   Yaclos partiu para o seu enorme castelo, ao chegar la foi para a sala onde estava as areias da Magia, a ampulheta gigante mostrava que a Luz estava muito mais fraca do que antes e que a fonte de poder dos 5 Mestres estava diminuindo gradativamente, fazendo com que eles perdessem a vantagem que ainda restava a eles, Yaclos comemorou com tudo aquilo 

   - Marianne e Almora estão se achando demais, acho que ja esta na hora de mostrar do que sou capaz né - diz para Helena, a mais jovem feiticeira que estava a servir ele 

   - Sim, talvez com a morte de Thor ou Lara as elas sosseguem um pouco - diz fazendo uma massagem longa nele, rapidamente ele a encarou feliz e com um tom maligno no olhar 

   - Realmente tem razão, a morte de um deles faria as duas sossegar um pouco, vou novamente mostrar do que sou capaz e se elas continuarem matarei o que sobrou dos Mestres, tem sido divertido ver como eles estão sofrendo com essas mortes que tenho provocado 

   - Assim eles irão ver com quem estão mexendo, alem de pensarem duas vezes antes de fazer algo contra você novamente - ao dizer essas palavras Helena passou perto de Yaclos que a puxou para perto de si 

   - Como minha mais nova serva você tem que me servir em tudo que eu quiser - diz descendo a mão pela barriga dela e a fazendo ficar sentada de frente com ele 

   - Uma grande honra, servir ao Lorde das Trevas e proporcionar momentos de prazer a ele - diz inclinando-se para o beijar. . .