Injeção Letal.

Onde está seu exército? Parte 1

       Unidade Polunsky - Prisão de segurança máxima.

Point Of View – Justin Bieber.

– Não tenho certeza disso. – falei andando de um lado para o outro. – Isso não é certo, estamos quebrando umas dez leis federais aqui. Acho melhor pararmos enquanto é tempo.

– Você vai ser um bundão agora? Desde quando? – Chaz revirou os olhos. – Você sabe que já está envolvido demais nisso, até o pescoço, acha mesmo que deixar uma garota que invadiu o FBI é o maior dos seus problemas? – o encarei em silencio, eu queria poder dizer que ele estava errado, mas isso seria só uma desculpa. – Sinceramente, eu sei que ela é bonita e tudo mais, mas você não deveria ter caído na dela. Mas o que está feito, está feito e agora se você não ir fundo vai ficar com uma pulga atrás da orelha e, cara... Eu sou a pessoa que mais te conhece e sei que se você estiver errado nunca vai se perdoar.

– Isso vem sendo uma desculpa! – joguei as mãos pra cima respirando fundo. – Sempre com “se você estiver errado nunca vai se perdoar.” Mas já pensou se eu estiver certo? Como eu vou me perdoar por estar... Por estar transando com ela? Um rostinho bonito e adeus Bieber? Qual é! A história está clara aqui, já sabemos que ela matou a melhor amiga!

– Cale a boca! – gritou. – Faça isso antes que fale algo que não deveria. Provas podem ser montadas, o que importa é o instinto. Foi isso que nós aprendemos. Talvez ela tenha matado a melhor amiga, o namorado dela e aquele George, e eu digo Talvez porque não sabemos a historia por trás dos fatos. E se você me perguntasse o que eu acho desse caso há um mês eu diria “Vá em frente e condene essa vadia.” Mas agora eu quero saber aonde essa história pode chegar.

– Porque você está tão confiante que tem algo de errado? – ele mordeu o lábio inferior e passou a mão no cabelo.

– Porque, depois de muito tempo, eu não via Justin Bieber ter dúvidas sobre um caso. – deixei o ar sair devagar, me fazendo acalmar um pouco. Sua mão repousou no meu ombro quando bateram na porta. – Está pronto?

– Estou.

           *              *                *

Ryan estava de um lado, Chaz sentado na minha cadeira de braços cruzados, Caitlin com os punhos fechados sobre as coxas enquanto encarava Jéssica balançar a cabeça de um lado para o outro sem parar.

– Não. –Jéssica disse bem alto. – Acham que eu sou boba? Isso é só mais uma para aumentar minha pena, de jeito nenhum! Diretor você sabe que está bem claro que eu não posso tocar em um computador então não adianta!

– Sei que você achou um site fantasma do primeiro ministro. – disse e ela repousou seu olhar em Caitlin. –Não foi ela. Presumi que foi você, afinal, Caitlin não sabe mexer em computadores desse jeito.

– Como você pode ter certeza disso? – Caitlin me olhou de cenho cruzado.

– Você sabe rackear alguma coisa? – ela parou, olhou em volta e sorriu fazendo um não com a cabeça. – Foi o que eu pensei. Agora, Jéssica... Se você quer ajudar é melhor fazer isso.