Delegacia de Wes Livingston – Texas.
72 horas antes.
Meus dedos batiam contra a madeira da mesa, o silêncio parecia ser uma maneira nova de tortura. Ninguém aparecia, dizia ou explicava alguma coisa. Tudo que eu sabia era que eu estava sendo acusado de ser cúmplice de Caitlin Blake.
Nos primeiros minutos só pude pensar que aquilo talvez só tivesse sido um engano, mas nas duas horas seguintes e um pouco de sangue a menos percebi que não.
– Chaz? – a porta abriu e eu soltei o ar aliviado. – O que está acontecendo?
– Acho que você sabe. – revirou os olhos arrastando a cadeira. – Vem, você foi liberado, por agora.
– Por agora? – falei um pouco alto. – Chaz me diz o que está acontecendo!
– Aqui não! – ele gritou, o que me fez se calar de imediato. – Por favor, vamos sair daqui e eu te explico tudo.
Concordei com a cabeça e olhei para o vidro ao lado, com certeza alguém estava observando. Levantei-me limpando as mãos suadas no pano fino da calça, pelos corredores da delegacia eu era encarado com duvidas e risos escondidos, como se aquilo fosse uma grande atração.
Encarei Chaz no banco do lado, ele ligou o carro e permaneceu em silêncio até que eu fiz um movimento para falar.
– Você pode ir preso. – ele disse. – Como cúmplice. – virou o rosto minimamente para me encarar. – Porque não disse que tentaria esconder provas Justin? Eu sou seu amigo!
– O que? Você acha que eu fiz isso? – minha cabeça latejou. – Você sabe que eu não seria capaz de passar por cima da justiça.
–Eu não sei mais do que você é capaz. – admitiu seriamente e eu deixei a decepção visível. – Não depois que você conheceu aquela garota. Justin, eu sei como é amar alguém e vê-la em perigo, sei que se fosse eu no seu lugar eu faria o mesmo. Mas eu queria que você confiasse em mim! Nunca te entregaria.
– Chaz eu confio em você. Sabe disso. – passei as mãos pelo rosto. - Agora eu preciso que você retribua e acredite que eu não fiz isso, não escondi provas, não tentei inocenta-la desse jeito. E eu acho que não é por isso que estão me acusando porque pegaram meu sangue.
– Lembra do carro azul e da mancha de sangue que não sabíamos de quem era? – anui. – De alguma forma eles acham que é seu sangue lá, não me disseram muita coisa, mas está por fio.
E parecia que Vivih estava no banco de trás rindo, me encarando pelo retrovisor com aquele olhar maldito.
– Aquela desgraçada estava certa! – bati minha mão contra o painel do carro. – Ontem ela me disse pra parar.
– Ela quem?
– Vivian. - o encarei. - ela disse que eu deveria parar de procurar ou eu seria o culpado.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Injeção Letal.
FanfictionNos Estados Unidos, 34 de 50 estados são a favor da pena de morte. Caitlin Blake é condenada por ser acusada de matar três pessoas: Hanna Cruz, sua melhor amiga, George Martin e Wes Montês, o filho do renomado primeiro ministro e também acusada de t...