O chão molhado, o vento batendo contra a janela. Hanna abriu os olhos e toda a sua cabeça latejou, encarou a sua volta tentando lembrar-se de como tinha ido parar ali. Os joelhos deslizaram pelo chão áspero, um feixe de luz saindo da fresta da porta a deu chance de ver alguém deitado no chão, inconsciente.
Sua mão tocou os fios de cabelo, depois o rosto. Em seus olhos já podia sentir as lágrimas se formando. A porta abriu com força, seu coração parou por um instante e logo em seguida bateu tão forte quanto um caminhão em uma parede de concreto a 100km/hr.
– Você está bem? Hanna! – seus olhos se fecharam quase que instantaneamente pelo toque, Wes a encarou perdido, sentindo que aquele era o começo do fim. – Eu sei, amor. Desculpa. – pediu rapidamente. – E-eu não devia ter feito aquilo. Você... Não... – ele seguiu o olhar de Hanna atrás dele, o que o fez ficar em silêncio. – Porque ela está aqui?
– Wes, o que você fez? - Hanna sussurrou encarando Caitlin caída. – O que você fez?
Quando ele pensou em responder, alguém entrou no cômodo fazendo-os se calarem. O olhar frio, o sorriso fino nos lábios, a pele pálida como um algodão molhado. Um passo a frente, as mãos dentro dos bolsos da calça jeans, Wes o encarou como se estivesse encarnando a si próprio no espelho. Por alguns segundos passou pela sua cabeça o fato de ter feito uma coisa absurdamente louca, desumano com aquelas duas garotas. Mas depois concluiu que seria mais desumano se ele morresse sem saber a verdade.
– Então é você. – disse Wes. – Sempre foi.
– Tem noção do que fez? – disse o homem puxando o pano da calça para cima e se abaixando de forma que pudesse encara-lo. – Tem? Porque eu tenho. Tudo isso por... Uma coisa que você não precisava saber.
– Eu precisava! – Wes apertou a mão de Hanna. – Eu merecia.
– Você não merecia nada! – gritou, a voz ecoando pela cabana suja. – Eu te amava Wes, de verdade. Foi até uma coisa estranha pra mim, quando eu te vi, tão pequeno e indefeso. Era como se eu precisasse te proteger. Todos esses fatores me fazendo esquecer o que realmente tinha acontecido, ou quem realmente você é. Mas você precisava me fazer lembrar. Lembrar da sua mãe, do seu... A questão é que você sempre foi muito curioso.
– Porque eu não podia saber? Você tem medo? Achou que eu te abandonaria? – toda dor era descarregada em sua voz. – Eu nunca fiz questão do seu dinheiro, da sua reputação.
– Você ainda não vê, não é? – o homem voltou ficar de pé, sorrindo fraco. – Não é isso que importa aqui!
– Então diga! – Wes apertou os olhos e ficou de pé. – Está na hora de ser homem e dizer a verdade para o seu filho!
– Você não é meu filho! – Wes gemeu quando seu corpo foi lançado contra a parede. – Nunca foi e nunca vai ser. Sua mãe era uma vadia! Uma vadia que mentiu pra mim e destruiu a minha vida! – o homem ergueu a mão apertando forte a garganta de Wes. Hanna gritou se arrastando até chegar onde sua amiga estava. – Quando você nasceu, o meu filho morreu. Morreu! E eu jurei que sua mãe pagaria por aquilo.
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Injeção Letal.
FanficNos Estados Unidos, 34 de 50 estados são a favor da pena de morte. Caitlin Blake é condenada por ser acusada de matar três pessoas: Hanna Cruz, sua melhor amiga, George Martin e Wes Montês, o filho do renomado primeiro ministro e também acusada de t...