O começo é difícil de escrever, você precisa juntar informações que irão dar sentindo para toda a trama depois , mas o final também é difícil, amarrar todas as pontas soltas e se por um acaso uma for esquecida, todo o resto se solta.O ser humano é assim.
As linhas são os que te mantém no equilíbrio vivendo a base da cultura e idealismo de uma pátria perfeita e corajosa. Mas enquanto encarava aquelas paredes na noite passada eu pensava seriamente: esse país é realmente perfeito?
Quando algo que você acredita, agarra com toda a sua fé e em seguida é perdida, como recuperar? Desde criança pude ouvir as pessoas dizendo em quão orgulhosos eram por seus filhos servirem ao país, em quanto a obediência e uma bandeira jogada em cima de um caixão eram honroso, em como ser americano é grandioso. Mas esse país não merecia nada daquilo. Nenhuma daquelas pessoas.
– Você pode dizer qualquer coisa para mim. – Senhora Bloon ajeitou o óculos em cima do nariz. – Não tem mais restrições.
– Já posso ir? – disse depois de um tempo a encarando. O rosto sem nenhuma expressão, o cabelo penteado para trás.
Ela acenou com a cabeça, cruzando as pernas em sua saia azul lápis. Fiquei de pé, a cadeira rangeu quando se arrastou pelo piso, estava quieto, quieto demais para que eu pudesse pensar em outra coisa. Esse lugar fazia jus ao nome.
– Posso perguntar uma coisa? – virei minimamente o rosto para encara-la sentada. Ela fez um sim com a cabeça me encarando dos pés a cabeça. – Eu e ele. Porque você se interessa tanto?
Sua boca se entornou em um sorriso, como se estivesse pensando por um tempo.
– É intrigante a maneira que aconteceu. – ela disse. Intrigante? Boa escolha de palavras. – Você quer que eu esteja lá?
– Se você quiser. – apertei a maçaneta com força. – Será bom ver rostos amigos.
– Você o viu? – ela fechou o caderno de couro preto, deixando a voz ecoar pela sala vazia. – Pela ultima vez?
– Hoje de manhã. – pisquei algumas vezes. Minhas coxas pinicavam pelo macacão novo. – Tchau senhora Bloon.
Seu sorriso aos poucos tomou um ar reconfortante, sai da sala deixando com que a porta vibrasse atrás de mim. Um corredor diferente, paredes frias e compridas de concreto pintadas de branco. Eu não imaginava aquele lugar desse modo.
Por um segundo ouvi uma risada, mas no outro eu sabia que era coisa da minha cabeça. Uma risada doce e simples que conseguia fazer meu sangue esquentar. Era a risada dele, hoje de manhã. Pela primeira vez em dias.
Flashback On
– Por favor, deu muito trabalho pra eu conseguir isso! – disse Chaz debruçado sobre a mesa. A TV chiando entre um intervalo e outro. – Divirta-se um pouco, por mim.
– Ora, é claro! – disse Justin com ironia. – Ficarei feliz de assistir um jogo gravado de três anos atrás.
– Merda... – Chaz balançou a cabeça antes de sorrir graciosamente. – Esqueci que você era o cara que mandava nisso aqui.
– Que engraçado! – Justin lançou um soco em sua direção, levemente acertando seu ombro esquerdo. Os dois caíram na risada na pequena sala de Tv sentados um do lado do outro.
Eu poderia entrar ali, encarar os dois e desligar a Tv para que conversassem como duas pessoas normais, mas aquele sorriso era bonito demais para estraga-lo. Encostei-me a parede gelada cruzando os braços, encarando os dois em alguma conversa estranha sobre futebol.
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Injeção Letal.
FanficNos Estados Unidos, 34 de 50 estados são a favor da pena de morte. Caitlin Blake é condenada por ser acusada de matar três pessoas: Hanna Cruz, sua melhor amiga, George Martin e Wes Montês, o filho do renomado primeiro ministro e também acusada de t...