Uncontrolled Love {Hiatus}

Página 41 - Não desista

- Ki? - ouço meu nome ser chamado ao longe, mas suavemente pelo timbre grave que arrepia até o cabelo do...

- Hm? - resmungo mostrando, ou ao menos tentando, que estou escutando o que diz

- Vamos levantar? Tem que ir pra escola. - diz no mesmo tom acariciando deliciosamente meus cabelos e quase me fazendo dormir novamente, até que percebe o que faz e para - Vamos amor. - sinto um beijo ser depositado em meu ombro, e após... O silêncio. Mas me sento na cama. Olho para Hyunwoo com seu rostinho inocente como sempre e desço pros seus lábios carnudos, lembrando de tantas vezes em que fui acordado com um beijo de bom dia.

- Tudo bem?

- Hmhum. Vou tomar banho... - afirmo sem realmente querer ir mas tendo que aceitar meu destino de ter que ir para aquele inferno chamado escola, e olha que nem é implicância minha. As vezes da pra ver o fogaréu saindo daquele lugar, mas enfim.
Me levanto, tomo um banho não demorado por estar frio, visto roupas que não dê para morrer com uma pneumonia, e desço para tomar café.

- Tem mingau aqui. - Hyunwoo aponta pra mesa. Me sento nela e tomo o mingau - Dormiu bem?

- Dormi, e você?

- Senti sua falta na cama, então... Me revirei à noite inteira. - confessa, o que faz meu rosto queimar. O silêncio cai sobre nós com cenas de quando ainda estávamos juntos e isso se torna incômodo pro meu coração que martela pesado dentro do peito.

- Você ainda trabalha, certo?

- Sim, porque?

- Vou pedir carona à Hyungwon para me trazer de volta. - caminho até o carro dele e entro no veículo, Hyunwoo logo aparece ao meu lado.

- Vou morrer de saudade - admite enquanto dirige à caminho da escola. Sorrio.

- Eu sei, sou irresistível. - rimos

- Não sou capaz de discordar. - olho pra ele que mantém um sorriso fofo nos lábios. Ergo minha mão até seu rosto e o acaricio, sua pele sempre foi tao invejavelmente macia que me lembro de quando éramos crianças e eu quis ser cirurgião plástico só para tirar o rosto de Hyunwoo e o colocar em mim. Deixo que minha lembrança saia em voz alta arrancando risos de ambos.

- Vou lembrar de colocar um cadeado no meu rosto à noite, pode deixar.

- Seu idiota, eu era uma criança!

- Uma criança não tem vontades assim, você sempre foi um mini demônio

— Diferentemente de você que sujou minha bunda de chocolate na quarta série e fez as pessoas pensarem que eu tinha feito merda na calça... — rimos — eu até que era normal

— Não importa como você era, o que importa é que eu sempre te amei e você sempre será o único. — as palavras de Hyunwoo tocam meu coração e ele entra em sua maratona diária de corrida, e olha que o dia nem clareou. Não sou capaz de responder a altura, ainda há uma peça fora do quebra cabeça para voltarmos a ser como antes... Eu não sei. Embora Changkyun tenha pedido para ouvir Hyunwoo, e eu ouvi, sinto falta de um conselho e do ombro dele para chorar minhas incertezas. Eu sou louco por Hyunwoo, mas porra, por mais que ele tenha mentido para me salvar, ainda assim foi uma mentira, e sobre meu passado, tudo bem que eu poderia ser morto, e entendo o lado dele porque, se eu tivesse descoberto antes teria sido achado por aquelas pessoas que estavam atrás de mim, eu sou esquentado demais e não ficaria boa a situação. Mas o que me incomoda é ter vindo de quem veio, eu confiei nele, se ele mentiu sobre meu passado desde pequeno, sobre o que mais poderia mentir?

— Hey — chama antes que eu saia do carro, olho pra ele — eu te amo.

— Eu também te amo Hyunwoo. — dou-lhe um sorriso fraco e saio do veículo em seguida.