Pagina 7 - Confuso

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Depois de uma recepção calorosa no hall do condomínio de Chang, nós subimos pro apart. Seus pais haviam saído então só estava ele e o Nian, uma bolinha de pêlo muito fofa que Changkyun tinha encontrado na rua à alguns meses, desde então não se desgrudam. Falo com ele que faz festa em mim como se nunca tivesse me visto e eu rio sendo lambido, já disse que eu amo cachorro? Eu amo qualquer animal, mas cachorro tem um lugar especial no meu coração, Chang sossega Nian depois de um tempo

-Como você está? - ele começa se sentando ao meu lado no sofá, aquela voz grossa de Changkyun lhe dá um ar mais sério, mas é o mais atentado de todos

-Eu to na merda - confesso suspirando, como sempre estive

-Relaxa, eu te faço compania - rimos do nosso próprio estado

-Comece - peço

-Meus pais vão passar um período curto fora por lance de trabalho - diz desanimado

-E você vai ficar? - olho pra ele

-Sim, odeio sair em "família" e eles ficarão melhor sem mim... mas e você? - ele retribui o olhar

-Meus pais vão visitar uma tia minha que está com câncer terminal e... - respiro fundo - Hyunwoo ficou encarregado de cuidar de mim

-Eu sinto muito, e você aceitou?

-Cara, com meus pais não tem essa de aceitar quando se trata do Hyunwoo, sabe disso, a última palavra é sempre a dele

-E o que vai fazer? Por que não vem pra cá? - eu amo muito o Chang mas as vezes sua inteligência falha um pouco e isso me irrita um bocado

-Porque eles não querem que eu deixe o japa paraguaio sozinho - Changkyun ri, ele sempre ri dos apelidos escrotos que dou a Hyunwoo, na verdade, esse foi um dos motivos para sermos amigos, na época, Hyunwoo e Chang não se gostavam nem a base de porrada, hoje em dia... bom, continuam do mesmo jeito e posso dizer que até um pouco pior

-Porque Minhyuk não faz compania a ele? - me vejo contando o ocorrido - Minhyuk não é uma má pessoa mas extrapola os limites da física, da teoria e da conspiração - rio e suspiro novamente, eu estou num beco sem saída, fui posto dentro dele através de mágicas e não posso cavar minha própria cova pra sair... pois já estou dentro de uma feita de chumbo...

-Eu to perdido - falo

-Não será nada se você vier algumas vezes pra cá, dúvido que ele vá querer te controlar - Changkyun pega minha mão acariciando a mesma, sorrio automaticamente pro ato

-Vindo de Hyunwoo, eu espero até o início do apocalipse zumbi - comento

-Acho que deveria manerar no sobrenatural e em The Walking dead - rio com seu conselho estúpido

-O que faremos hoje? - pergunto

-O que quer fazer? - pergunta

-O que você sugerir

-O que quer que eu sugira?

-Não sei caralho - ele ri da minha breve irritação, eu gosto muito desse idiota que as vezes me tira um pouco do sério mas ele é a melhor pessoa que conheço, além de Jooheon.

Jogamos conversa fora e vídeo game até a hora que a fome aperta.

Vamos pra cozinha e eu começo a fazer um sanduíche pra ambos, Chang me abraça por trás me fazendo sorrir

-Fome? - pergunto persolizando os sandubas

-Muita - ele sussurra perto do meu ouvido me arrepiando, ops, acho que alguém encontrou um dos meus pontos fracos. Divido os ingredientes duplo pros dois e dou o sanduíche dele enquanto mordo o meu

-Ficou ótimo - falo de boca cheia e ele concorda

-Qualquer coisa vinda de você fica ótima - ele sorri pra mim, fico meio abobado com seu sorriso inocente, sorrio voltando a comer. Como pode uma pessoa transmitir esse sentimento tão bom a outra quando tudo parece desmoronar a qualquer momento? Minha vontade é de guardar Chang num potinho e protegê-lo de todo mal, essa criatura não merece um mundo como este.

Quando terminamos, vamos pro quarto dele, pulo em suas costas nos derrubando na cama, rimos alto quando ele tropeça antes de cair, até nisso essa anta se atrapalha. O ajudo a vir pra cama, ele segura minha cintura em seguida circula seu braço nela enquanto faço o mesmo em seu pescoço, acaricio seu rostinho de bebê olhando em seus olhos

-Gostaria de reverter isso - ele sussurra, permitindo-me sentir seu hálito fresco

-Eu também... - olho em seus olhos sentindo meu coração acelerar quando ele aproxima o rosto do meu, sua respiração calma bate em meu rosto, acaricio seu queixo e subo pros seus lábios, Chang deposita um beijinho em meu dedo, o que teria me feito sorrir se não estivesse tão hipnotizado por seu efeito tentador Chang sedutor. Fecho os olhos quebrando contato visual e sinto seu nariz tocar o meu, nossa respirações se misturam enquanto seguro seu rosto mantendo a leve acaricia...

-Chang? - abro meus olhos encontrando os dele fechado bem perto dos meus ouvindo a voz da sua mãe, ele respira fundo me fazendo rir baixo mas por dentro me tremo todo, iamos nos beijar... Céus! Pera que a ficha ainda não caiu

-Estou no quarto, já saio - ele avisa afastado

-Tenho que ir, não posso chegar tarde em casa - levanto de sua cama me ajeitando

-Promete que volta?

-Assim que possível - afirmo me virando para olhá-lo, seus olhos fitam meus labios, beijo meus dedos os encostando em seus lábios, sorrimos

-Ótima garantia - admite

-Eu sei, sou foda rapá - rimos saindo do quarto

-Seu idiota - me xinga rindo

-Boa tarde sra e sr. Lim - cumprimento seus pais que sorriem pra mim retribuindo

-Quanto tempo Yoo! - sra. Lim sorri pra mim simpática, seus pais trabalham com arquitetura então... viajam bastante porque são os melhores mais procurados

-Sim, prometo voltar outro dia, tenho que ir

-Vou cobrar - a mãe de Chang é um amor de pessoa.

Vamos pro elevador e eu o abraço por trás encostando minha cabeça em seu ombro sentindo um carinho gostoso em meus cabelos (Changkyun, melhor pessoa), a porta se abre, ele me leva até a saída, nos despedimos com um aperto de mão e uma puxada de ambos os lado, sorrio e lhe dou um beijinho no canto de seus lábios o vendo sorrir.

Não estou certo de meus atos mas isso não importa quando a pessoa é Chang, só quero pensar melhor no que fazer, nós sempre fomos muito próximos e algumas brincadeiras são normais para nós dois, mas nunca nos beijamos.

Mas é aquele ditado né: para tudo há uma primeira vez.

Uncontrolled Love {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora