Página 39 - Se apóie em mim e erga-se

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— Kihyunnie, eu tô cansado... — Changkyun reclama enquanto arrumamos a zona que ele chama de quarto, até copo sujo eu achei embaixo da cama, mas ok

— Já tiramos três sacos de lixos daqui, Chang, claro que está. — tiro a roupa de cama as trocando enquanto ele termina de trocar a cortina do quarto

— Ki... — ouço um baque no chão de madeira assoalho e ergo meu tronco para vê-lo, mas olho para a cortina branca de sua janela e sorrio

— Ficou ótimo. — forro a cama dele e trocamos as fronhas

— Finalmente! — suspira — Preciso de um banho.

— Vá primeiro, vou colocar essas roupas na área.

— Não era eu quem devia fazer isso?

— Fique a vontade — sorrio. Eu já estou cansado, sobrecarregado e com um peso enorme no coração e essa besta ainda me pergunta algo desse tipo, se reclamou, ele que o faça.

Changkyun chia ao que entro pro banheiro. Demoro embaixo dágua, e é graças a isso que o outro entra pro banho junto comigo.

—Que porra é essa?!

— Cala a boca Kihyun, a gente toma banho junto desde pequeno, para com a vergonha. Não há nada aí que eu já não tenha visto. — diz de costas pra mim, mas quanta audácia!

Saio do banho com uma toalha enrolada na cintura e visto uma roupa dele que estava sobre a cama.

Devido ao cansaço por termos faxinado o quarto, não o espero para dormir e acabo pegando no sono...

•••••••

Abraço mais meu corpo sentindo falta de outro corpo pra me manter aquecido... Outro corpo com mais massa muscular que o meu, maior do que eu, mais quente do que o meu... O corpo dele

Mesmo que eu receba mimos, carinhos e abraços de outro, nunca vai ser a mesma coisa e nós sabemos disso. Suspiro derrotado com a ideia de ter que ir pro colégio depois de tudo isso

— Tem algo que eu possa fazer pra te deixar um pouco melhor? — o timbre grave de Changkyun murmura próximo à mim

— Nem eu sei o que fazer, só sei que eu quero sumir... — minha voz falha. Eu nunca me senti tão perdido e tão sozinho quanto agora. Eu sei que Changkyun está comigo e tudo, mas ele não é Hyunwoo. Eu sinto falta dele, mas a maior parte de mim quer distância de toda a dor que ele me fez sentir com tantas mentiras, ele sabia de tudo desde o começo, ele sabia da verdade, e por mais que ela tivesse um preço alto, ele decidiu ocultar a verdade de mim e ficar do lado dos pais. Mas claro! Porque ficaria ao lado de um estúpido órfão que foi negado pelos próprios pais?

Na escola, evito à todo custo Hyungwon e Hoseok, a essa altura já devem estar sabendo do que aconteceu ontem depois que foram embora, e eu não estou nem um pouco afim de ouvir meu melhor amigo defendendo meu ex namorado. E o único problema de ter amigos numa hora como essa, é que quanto mais quero ficar sozinho, menos meu desejo é realizado.

Dentro de uma semana, minhas duvidas sobre meu peso ter diminuído se confirmam, minhas roupas que antes caíam em tamanho ideal para meu corpo, agora ficam mais larga e meu sentimental deu sinal de ausência depois daquele primeiro dia em que compareci na escola após o ocorrido.

— Kihyun. — Changkyun me chama, viro meu corpo para olhá-lo, me encostando na grade de ferro da sacada de seu ap. Ele se aproxima passando pela porta e parando bem a minha frente

— Sim?

— Kihyun, eu... — suspira como se tomasse coragem para algo — me desculpa Kihyun — e de fato, ele me beija delicadamente e eu simplesmente não sou capaz de recusar, não pelo beijo, mas pelo carinho que recebo durante ele. Apoio minhas mãos em seus ombros, mas as desvio, circulando os braços na cintura dele logo que partimos o ósculo. Chang me abraça protetor, escondo meu rosto em seu pescoço inspirando seu aroma suave, e posso sentir a calma que Changkyun me transmite

Uncontrolled Love {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora