Revisão em breve.
"Somos todos parte de algo, mas nem sempre será algo bom."
No escritório de Mahara, Morgan andava de um lado para o outro roendo suas unhas, enquanto eu olhava através da janela lateral que dava para um pequeno lago. Meu coração se apertava e gritava. Perin estava morta, assim como Fitzmoore. A tia Clarke havia concedido a permissão de ler a carta informando o coven do assassinato das mulheres, enviada por Alina Lawrence que dizia ser a nova presidente do Instituto, já que agora o cargo estava em aberto e Greenwick havia passado essa graça a ela. Morgan estava surtando, pois sabia o que viria a seguir. Eu apenas ficava em silêncio. Perder mais uma pessoa, mais uma que amava tanto, estava me quebrando por dentro.
—Mamãe vai acabar com o Instituto. —falou Morgan.
—Você precisa se acalmar. —Mahara suspirou.
—Me acalmar? Sabe o que ela vai fazer com as garotas que não tem para onde ir?! Elas são minhas amigas também! —gritou.
—A ordem ainda não foi dada, por enquanto as alunas continuarão na mesma rotina. Além do mais, é fim do ano letivo a grande parte vai para casa.
—Vai mesmo, vai pegar uma passagem só de ida!
Mahara que estava sentada em sua poltrona atrás da mesa se levantou e foi até uma mesinha na lateral da sala, pegou um copo e uma garrafa despejando o liquido dentro dele. Virou o copo de uma só vez, não fazendo nem mesmo careta. Eu odiava beber, sentia que não me fazia bem, mas ultimamente precisava de algo que me apagasse. Caminhei até ela e fiz o mesmo, virando o copo de seja lá o que fosse. A bebida desceu queimando me fazendo tossir. Não deveria ter feito isso, mas quem se importava.
—Vamos atrás dela. —falei por fim.
Mahara ergueu as sobrancelhas.
—Será morta se for, e não digo pela Greenwick, digo pelos demônios.
—Já os matei, sei bem como funciona. —murmurei.
Ela cruzou os braços.
—Você matar um ou dois não significa que consegue matar um exercito deles. Greenwick não vai deixar barato.
Encarei seus olhos castanhos.
—Como tem tanta certeza que é Greenwick por trás disso?
—Quem mais seria? Alina? Ela é poderosa, manipuladora, mas não seria capaz de fazer isso, pois sabe das consequências. Mas Greenwick? Ela é o poder máximo em Salem! Tem mágica a suficiente para criar um exercito de demônios.
—Então por que matar o próprio povo? —perguntei.
Ela bufou e revirou os olhos.
—Não sei talvez essas garotas tenham algo em comum.
Encarei o chão. Ela tinha razão, talvez houvesse realmente algo em comum entre elas. Precisava pensar direito, pensar como ligaria os pontos e como os levaria até o meu ataque. Porém, ainda era incompreensível a morte de Fitzmoore e Perin, o que elas tinham no meio disso?
—Mas e Fitzmoore? Não faz sentido.
Ela pareceu pensar.
—Na carta diz que foi um ataque surpresa de demônios a Fitzmoore, mas não fala sobre a Perin em específico, só diz que foi igualmente morta. —entreviu Morgan.
Encarei-a.
—Não, não diz.
Estava começando a achar que tudo isso era uma grande mentira, pois todos tinham consciência da minha ligação com Perin, porém não entendia o motivo de colocar Fitzmoore nisso. Estava sentindo lá no fundo que Greenwick sabia da minha localização e que logo estaria aqui.
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Instituto Bruxas de Salem
FantasiaSéculos após a caça às bruxas, Salem continua intacta. Escondidas em um Instituto para jovens bruxas, meninas de todas as partes dos Estados Unidos, aprendem a lidar com seus poderes e a esconder seus segredos. No meio de tantas garotas está Claire...