Capítulo 3

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O corpo de Mia gelou.

Narrando...Mia...

Senti minhas pernas fraquejarem, aquilo não podia ser verdade! A pesar de fazer sentido, não podia ser verdade. Então de repente senti uma dor que parecia que meus órgãos estavam sendo espremidos.

Eles pararam de gritar, provavelmente sentiram meu cheiro.

Consegui me erguer e entrei no escritório.

Meu pai me olhava atentamente pra mim já o "alfa" me olhava como sempre, com desprezo.

— Eu só vim dizer que vi intrusos perto da fronteira...Atrapalhei alguma coisa?— encostei na prateleira de livros.— Será que podem me dizer por que não me disseram nada?

— Não é da sua conta.— diz Oliver.

— Não? É dá minha vida que estamos falando! É da minha conta sim! Agora pode explicar o que está acontecendo?
Não pude esconder minha confusão, eu realmente gostaria de saber o que está acontecendo aqui!

Meu pai olhou para Oliver desafiadoramente e se comunicou através de telepatia, creio eu porque ambos se encaram por algum tempo e ambos rosnaram, estavam conversando por telepatia.

— Estou do lado fora, qualquer coisa grita.— dá um beijo no topo da minha cabeça. Apenas concordo.
Sabia muito bem o que Oliver era capaz de fazer em momentos de raiva. Ele saia do controle e acabava fazendo merda, e adivinha que sobrava? Pois é, eu!  Por algum motivo Oliver me odiava e nos seus dias descontrolados ele descontava em mim, gritando comigo, certa vez ele chegou a me machucar, desde então eu me tranco no quarto.

— Você toma porção? Por que eu nunca soube?— deitei no sofá.

— Não ía fazer diferença. Vamos aproveitar que está aqui, você vai para Lua de Ouro no Brasil. Pode sair da minha sala._ apontou para a porta.

Ri. Não, eu não iria sair.

— Não. Nós vamos conversar!— olho atentamente para o loiro idiota à minha frente.

— O que quer saber? Não, eu não gosto de você. Foi uma grande merda você ter sido destinada a mim!

— Não gosta de mim, beleza! Eu não acredito em você, companheiros se amam e isso deve ser efeito da, maldita, poção que está tomando!

Ele sorri de lado, mas não era um sorriso legal, era um sorriso malicioso.

— Você ainda não sabe discernir quando alguém gosta de você? Já não tem exemplos suficientes das surras que leva das suas colegas de escola? Você não tem amigos, sua única amiga é minha irmã e ela só tem 11 anos.

Não era pra me sentir atingida mas doeu. Eu não tinha amigos, por algum motivo as meninas não iam com minha cara e os meninos também não, talvez por eu ser a típica nerd da escola. Geralmente as filhos e filhas dos betas são populares, mas eu não. Até meu irmão mais novo é popular.

— Você é muito idiota.— bufei, mas não saí da sala.

— Eu sou seu alfa, me deve respeito.— rosna mostrando as presas já saindo.

— Você não merece meu respeito.— me viro bruscamente apontando o dedo a ele. Ele parece estar irritado, seus ficam vermelho mas eu não me intimido.

— Você só está viva por minha causa.— diz indignado.

— Viva? Não, eu estou apenas respirando por que você faz da minha vida um inferno, alfa.

Prometida Ao Supremo [Parada] Onde histórias criam vida. Descubra agora