Prometida Ao Supremo [Parada]

Capítulo 23

Acordei no helicóptero. O cara pilotava com cara de louco. Eu estava amarrada. Ao me mecher um pouco percebi que a corda era uma merda.

— Chegamos à África, meu bebê.

Eu não falei nada. Apenas me soltei das corda. Eu não podia atacá-lo, se eu fizesse isso poderia o helicóptero cairia e eu eu poderia morrer. E pelo que via a baixo ele pousaria numa alcatéia.

— Não faça isso, ser que não sei o nome. Se você tem uma companheira ela deve amar muito você, né? Ele sentirá sua falta, se você me machucar, Oliver poderá matar você!— suplico. Eu sabia que ele não era perigoso, mas eu temia pela sua companheira, para estar com ele devia amá-lo muito. É insuportável a dor de perder um companheiro para morte.

— Se preocupando comigo? Não precisa! Ele sempre me ignorou sempre me considerou um inútil, mas agora estou aqui com você.

— Você vai morrer seu idiota!

— Se você também estiver morta vai valer a pena!— sorriu para mim. O helicóptero havia pousado. E magicamente a corda voltou para a minha mão e apertou. Eu voltei a ficar com medo naquele momento. O cara foi até mim e começou a me puxar.

— O problema de todos vocês é me subestimar princesinha!— Me empurra.

Nos caminhamos por meio da mata até chegar no vilarejo. O que não demorou. As pessoas que caminhavam pararam e é começaram a me olhar. Eu deveria estar linda.

— Vamos fazer um pequeno show.— sussurrou. No mesmo momento ele pegou um frasco e jogou o líquido em cima da mim. Aquilo começou a me dar coceira mas eu não podia coçar. No mesmo instante Oliver aparece sem camisa e com uma garota do lado. A raiva que senti foi indescritível. Eu estava com dor e enquanto isso ele se divertia. Eu podia sentir o cheiro de excitação emanando dele.
O cara me soltou. Sem ao menos perceber eu já estava na frente de Oliver.

— O que você está fazendo aqui, desse jeito? Está quase nua!— rosnou. Minha blusa estava rasgada e aberta, minha calça toda rasgada, parecia um shorts. Será que ele não via as manchas de sangue pelo corpo e as marcas de faca.

— O quê? Está falando sério, Oliver? Olha o meu estado seu idiota!— a coceira aumenta.

— Sim, estou vendo o que todos estão vendo, você de calcinha e sutiã! O que você quer? É algum tipo de teste?

— Eu fui esfaqueada e trazida até aqui, por um idiota que estava se passando por você na alcatéia.
Ele olhou para frente para onde estava o maluco e sorriu.

— Sério, é isso que quer eu veja? Está com medo de eu vê-la machucada e matar você, lenta e dolorosamente?.

— Não se preocupe ela está bem, mas todos vocês não!— no mesmo instante todos ficaram paralisados, incluindo Oliver.— Veja a sua companheira ser consumida! Naquele momento senti meu corpo esquentar, ao ponto de parecer que ele estava pegando fogo. Estava reprimindo o grito. Não faria isso na frente de todos eles! Eles, provavelmente, já me viam como uma coisinha fraca e inútil.

— Ela até que é aguenta uma dorzinha.— riu.— Vamos aumentar o nível. Vi ele pegar a faca que anteriormente havia usado e a tocou na minha cicatriz. Antes que eu corresse ele fincou a faca no meu estômago.

— Você vai ficar paralisada não poderá se mecher!

— Você é covarde. Paralisou Oliver para que Ele não pudesse brigar com você, porque ele estraçalharia você!— grito, mas me arrependo quando sinto sangue sair da minha boca.

— Você é idiota. Acha que eu me importo se matar ela?— Oliver riu.— Ela não é meu ponto fraco, e ao contrário do que pensa, eu jamais daria minha vida por ela. Ela é sim importante para mim, mas não à esse ponto.— Oliver ainda estava paralisado, mas seu rosto não parecia estar.

— Eu não acredito em você.
Eu acredito.

— Você quem sabe.— fechou os olhos.

Não sei porque, mas eu sabia que ele falaria e machucou muito. A minha cicatriz começou a arder de forma indescritível. O cara olhou para mim e sorriu. Ele deve ter percebido que minha cicatriz doía, pois eu só olhava pra ela. O cara em um gesto rápido enfiou a lâmina do início da cicatriz até o final. Ele girava a lâmina lá dentro.
Naquele momento me lembrei de como havia ganhado aquela cicatriz. Foi como se eu realmente tivesse voltado.

— Saia daqui.— rosnava em pura raiva.— Agora! Eu vou machucar você.

— Oliver, você precisa me escutar! Não foi culpa minha, eu não queria...

— Não? Você atacou alguém! Minha namorada! Acha que isso está certo? Ela é superior a você respeite-a!

— Cala a boca! Eu não fiz nada! Se quiser acredite, só não, morre! Eu não ligo! Vai pro inferno com aquela vaca! Você não é um alfa, é um projeto de lobo insignificante que jamais poderia governar a droga do nosso mundo.

Quando terminei de falar eu me arrependi. Oliver virou lobo, franzida o focinho para mim. Eu sabia que ele me atacaria, mas ainda assim não sai do lugar. Não sei porque mas os olhos dele me prenderam ao ponto de eu não conseguir sair do lugar.

— Você é estúpida.— a voz dele era tão grave a amedrontadora que eu não conseguia me mexer. Eu tinha certeza de que ele me machucaria sabia que ele não me pouparia. Dessa vez ele me atacaria.— Acha que pode me desafiar garota idiota?

— Desafiar? Eu não faria isso, apenas contei a verdade. Ao contrário de todos nesse maldito lugar, eles babam você e não te dizem a verdade seu garoto mimado!

— Você não está falando com Oliver, está falando com o Alfa Supremo!—

— São um só! Agora para de me paralisar e me deixa ir. O lobo mostrou os dentes. Nem preciso dizer que estava morrendo de medo.

— Eu marcarei você, — girou ao meu redor. — Eu posso sentir seu medo, leio sua mente. É pena que me ame, minha criança, vai doer bem mais do que gostaria.

Naquele momento Oliver pulou em cima de mim e me rasgou.

Deixou aquela cicatriz. Não só no meu corpo. Abro os olhos e olho para o lado, eu não sentia mais dor. Tudo parecia tão longe, não parecia ser real. As pessoas não estavam mais congeladas. Eles olhavam para mim...espantados?

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