Capítulo 1 - Agiotas De 15 Anos Do Ensino Médio Vem Me Cobrar

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Completei meus 15 anos há pouco tempo, em dezembro do ano passado. Poderia ter sido em um dia melhor, mas o acaso quis que eu nascesse no mesmo dia em que o mundo celebra o nascimento do tão esperado Messias. Como poderia eu competir por atenção com o próprio Jesus? A vida, às vezes, parece jogar suas cartas de forma um tanto injusta... no meu caso, quase sempre mesmo.

E isso foi uma coisa que de fato, eu nunca entendi.... Tipo, tudo bem, eu entendo que a vida de um velocista, é complexa e repleta de autos eu baixos(muito mais baixos, pra falar a verdade) no entanto, parece que a realidade pesou a mão ou esquece de usar o medidor quando o assunto se trata de mim.
Não me leve a mal, não é que eu tô me fazendo de vítima e ou sendo dramático (tudo bem, confesso que as vezes eu realmente sou) mas é que, tudo já começou a dar errado antes mesmo de eu nascer.. e eu não estou brincando.

Desde do ventre da minha mãe, quando foram realizados alguns testes, uma das informações que veio nos resultados, era que, o tão esperado filho dela, vulgo eu, tinha fortes chances de nascer um mero humano.

E pense comigo, um mundo onde ele é dominado pela raça Anumanos — termo utilizados para nomear o mutantes — qualquer ser humano que não fosse mutante, a vida dele seria um inferno. E sempre é assim, nós meros humanos, quando temos o zar de nascer assim, a nossa espectativa de vida raramente passa dos 12 anos, e quase nunca chega aos  15....
Por sorte, meus pais conseguiram me proteger tempo o suficiente. Mas todo esses anos não foram fáceis, para dizer o mínimo.

Mas vocês pensam que as coisas melhoraram depois de eu ter ganhando os meus poderes? — Há! Queria eu — mas simplesmente os problemas só foram trocados por outro. Foi como eu disse, a vida de um velocista é uma grande corrida e problemática... Mas caramba véi, as vezes parece que tem alguém por trás escrevendo uma grande piada de mau gosto sobre minha trajetória de vida... — Puts grila hein — não consigo entender.

• • •

Mas bem, com o início do ano, as aulas ressurgiram, trazendo consigo o desafio de uma nova escola. Não sei bem por quê, mas a minha natureza introvertida muitas vezes me coloca à parte, tornando a tarefa de fazer amigos um verdadeiro mistério. Enquanto me preparo para o primeiro dia de aula, sinto aquela inquietação comum a todos. Ainda não domino o caminho a pé até lá, o que me obriga a gastar dinheiro com o ônibus. Se apenas conhecesse o trajeto, bastaria dar alguns passos e chegaria lá em segundos, isso claro, se não tiver nenhum fiscal por perto (eu ainda não tirei minha carteira Velocista)

Meu primeiro dia de aula foi bastante peculiar. Um grupinho de caras decidiu fazer uma entrada dramática no meu cotidiano escolar, como se estivessem atuando em um daqueles filmes adolescentes clichês sobre escola, mas a diferença era que isso estava realmente acontecendo comigo. Não tinha como eu esperar algo diferente disso, afinal... Sabe aqueles moleques delinquente que são expulsos da escola? Pois é, o que ninguém conta, é o que acontece com eles depois de serem expulsos.

Normalmente nenhuma escola quer receber eles, mas, sempre há uma exceção né, e o Colégio BocaUva era uma delas, aceitava qualquer tipo de gente, então, praticamente todos, eu disse TODOS, os dodói da cabeça vão estudar naquela escola....(e ninguém me avisou sobre isso antes. E por favor, não me pergunte o por que eu vim parar essa aqui, isso é papo pra outra história... E também, não é como se isso tivesse haver com alguma garota.. não, claro que não puff)


— E aí, menó, trouxe minha grana? — disse um dos caras do grupo, com uma mistura de desafio e sarcasmo.

— Eai...? - respondi com medo e inseguro. — Acho que você está me confundindo com alguém — eu disse meio confuso

— Tô confundindo nada não, é tu "mermo", se tu não trouxer o meu dinheiro, amanhã tu vai ver o que vai acontecer pivete — erguendo o punho feito de aço metal pesado.

— Pivete? — pensei com uma expressão facial de interrogação.

Os garotos seguiram seu caminho e, sinceramente, eu simplesmente os ignorei. Pareceu apenas mais uma das muitas bobagens que aconteciam naquela escola.

Depois desse showzinho desses garotos, eu, subi para a minha sala de aula e me preparei para mais uma aula monótona, como qualquer outra. Ah, esqueci de mencionar que meus pais me inscreveram em um preparatório para super-heróis, onde aprendemos a dominar nossos poderes, algo realmente incrível para aqueles que almejam se tornar heróis oficiais ao completar 18 anos.

Mas voltando ao que interessa, após o término das aulas, corri para almoçar, o que era sempre uma experiência estressante naquela escola. A fila para o almoço dos garotos era interminável, e todos pareciam famintos como feras dispostas a fazer qualquer coisa para furar a fila. Era uma verdadeira bagunça. Quando finalmente terminei de comer e olhei para o relógio, percebi que estava atrasado. O curso começava às duas da tarde, e o relógio já marcava duas e dois...

— O quê?! Meu Deus, estou atrasado — exclamei, entrando em pânico.

Saí em disparada em direção ao ponto de ônibus, mas, antes de chegar lá, tropecei em outro velocista. Fiquei furioso e quase nos machucamos, mas mais tarde descobri que ele era o Max, um futuro amigo. No entanto, naquele momento, não tinha tempo para brigar, então simplesmente ignorei e consegui chegar a tempo para a aula. Foi uma experiência incrivelmente interessante.

Bem, esse foi o meu primeiro dia de aula. Mal posso esperar para o que o amanhã nos reserva (no curso, porque a escola me assusta).

Jack Fast E A Corrida Do Tempo: A Ascensão Do Herói Onde histórias criam vida. Descubra agora