Sim, a escola me assusta... Por que? Ah não preciso nem explicar né? Já chegou o segundo dia de aula e também o segundo dia da semana. Eu acordei até que tranquilo — É só eu não mexer com ninguém, que ninguém irá mexer comigo, não é? — hum, continuem lendo e vocês verão.
Após eu me arrumar, enfim fui pegar o ônibus, seguindo a mesma rotina de ontem e mais um dia sem tomar meu querido café da manhã (na real nem tão querido assim, detesto tomar café da manhã) mas... Vocês se lembram daqueles garotos do grupinho que vieram me perturbar ontem não é? Pois então..
— E aí, menoooó, lembra que eu te disse para trazer o meu dinheiro? — disse um dos garotos que se aproximavam de mim, sua presença era pesada pelo seu ego.
— Si-sim... Eu lembro...— respondi gaguejando um pouco, sentindo um nervosismo crescente já prevendo o que estava á acontecer.
— E então, Cadê ele? — perguntou o garoto.
— Eu não achei que era sério.... — o respondi bem baixinho e de forma embolada com um nó na garganta.
— Então já sabe o que acontece, né? — disse o garoto, começando a se transformar em uma adolescente de aço maciço.
Mas antes que algo pudesse acontecer, a supervisora passou por ali bem na hora perguntando: — Algo de errado aqui?
O garoto imediatamente voltou ao normal e brincou dizendo: —Ah não, ele é o nosso amigo, era só uma brincadeira.
A senhora não questionou se seguiu seu rumo subindo a rampa. Por azar meu, aparentemente a minha turma e também a deles estariam sem professores para o primeiro tempo e isso significa que.... É, tempo suficiente para eu levar uma surra.
Assim que a supervisora desapareceu de nossas vistas, eu dei um passo para trás, e o garoto veio correndo em minha direção.
Cada passo dele deixava pegadas profundas no chão devido à sua imensa massa corporal, já que ele não estava mais em sua forma comum como á segundos atrás. Seus amigos logo se juntaram à investida.
Um deles parecia possuir uma força sobrenatural, enquanto o outro tinha a bizarra habilidade de crescer, tornando-se gigante. E esses trio pesado avançava diante de mim, golpes desferido de cada um simultaneamente... a tensão no ar era palpável.
O cara superforte tentou com todas as suas forças desferir um soco avassalador em minha direção, bem no meio da minha fuça. O golpe foi lançado como um machado afiado cortando o ar. Foi um momento crítico, quase como se o mundo tivesse desacelerado, permitindo-me perceber a iminente ameaça.
Com minha super velocidade, consegui escapar por um triz, a milímetros de ser atingido pelo impacto fulminante. Foi um momento em que a destreza e a rapidez se tornaram meus aliados.No entanto, o garoto do metal aproveitou o meu foco no gigante e veio por trás me surpreendendo com um poderoso chute que me lançou pelos ares incapaz de desviar o tempo. Posso afirmar com certeza, se não fosse a Áurea de Movimento que reveste meu corpo, certamente eu teria quebrado minha espinha — talvez não seja tudo isso, mas com certeza algumas costelas seriam partidas em duas — Mas de qualquer forma, eu caí no chão, atordoado e com sangue escorrendo da minha boca.
Quando o fortão se moveu para o próximo ataque, usei minha velocidade para esquivar de seu soco que parecia se mover em câmera lenta em direção ao meu estômago. Em seguida, desferi uma série de golpes acelerados, parecendo um veloz enxame de abelhas movendo-se ao redor dele, finalizei o ataque com uma banda que o deixou caindo no ar em slow. Enquanto que, com um movimento ágil, subi nas costa do grandão, aproveitando sua altura impressionante, que parecia alcançar uns 25 metros, já que estávamos em uma área sem cobertura.
Cheguei ao seu rosto e, em uma fração de segundos, desferi uma rajada de golpes no olho colossal dele. Tudo aconteceu em um piscar de olhos. Por fim, o fortão finalmente caiu no chão, gemendo de dor, e o gigante também.
Restava apenas o moleque de aço. Eu sabia que qualquer tentativa de dar um mero soco nele, seria em vão, ele parecia inabalável. Foi então que tive uma ideia brilhante: o 'Soco de Massa Intensa', uma técnica que eu tinha lido em uma HQ.
Basicamente esse golpe consiste em correr a uma velocidade suficientemente alta para causar danos devastadores ao alvo.
— ele aparenta ter aproximadamente 1,78 de altura... De uma forma então mais simplificada, eu posso considerar isso como seu volume — pensei comigo mesmo.
Eu via ele se aproximar lentamente a cada passo. eu tinha que usar essa vantagem pela minha velocidade pra conseguir pensar logo em como aplicar essa técnica.
— Considerando que a densidade média de um aço resistente é 7850kg/m³, é só eu multiplicar isso pelo volume dele e assim, posso assumir que sua massa agora é de 13,7 toneladas. — continuei pensando...
E o garoto aproximava-se cada vez mais, mesmo com o tempo se esticando ao meu favor.
— se eu usar a fórmula da área da seção transversal de um cilindro... — calculei em minha mente — posso dizer que ele tem uma resistência aproximadamente de 88,2 milhões de newtons... — pus uma não na cabeça, de forma involuntária, para pensar melhor — ... Eu preciso correr o suficiente pra gerar uma energia cinética maior que a resistência dele, então...
O garoto já estava a um passo de mim e começou, ainda lentamente, a preparar seu maior golpe.
—... Já sei! Eu preciso correr 7452,5 metros por segundo para superar sua resistência física de aço!
Apesar de eu ser mais lento do que um velocista comum, resolvi tentar. Disparei em alta velocidade, cruzando o meu bairro inteiro, da ponta dele, até a escola novamente, em poucos segundos, voltando assim, com toda a força gerada pela velocidade, conseguindo então, realizar o soco de massa intensa em seu rosto.
O impacto foi avassalador, e o garoto de aço caiu inconsciente no chão e meu pulso girou 370° e pude sentir todos os ossos da minha mão se quebrando. Depois de derrotá-los, fui encaminhado para a enfermaria, eu e os outros alunos, nós fomos tratados com o necessário. Em mim foi posto um gesso na mão, mas que só foi preciso ficar apenas 3 horas com ele (Nós velocistas temos uma regeneração mais rápida). Logo fui levado a secretaria da escola, onde me esperavam com uma série de sermões... Mas nada realmente importante.
Após o incidente na escola, segui para o curso preparatório. Lá, acabei conhecendo um grupo de pessoas que me pareceram bem interessantes, e para minha surpresa, um deles também era um velocista. O sujeito era incrivelmente engraçado, com o nome peculiar de Max Mackenzie. Ao que parece, começamos a nos dar bem, e logo nos tornamos amigos. Ele era estranhamente familiar, e depois de algum tempo, descobri que ele era o mesmo cara com quem tinha esbarrado na rua no dia anterior. Naquela hora, não tinha a menor ideia, mas o destino adora brincar com as coincidências.
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Jack Fast E A Corrida Do Tempo: A Ascensão Do Herói
Ficção AdolescenteAo testemunhar uma série de acontecimentos caoticos e problematicos em sua vida, Jack Fast, um adolescente velocista, percebe que pode haver algo muito maior por trás de tudo isso. Em um mundo de Super seres, Jack se sente indefeso nesse universo de...