Capítulo 20

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Narradora on****

Link sobe as escadas irado, ele bufava e rosnava visivelmente frustrado.

Não havia conseguido proteger seu planeta de uma invasão feita em uma nave tão antiga.

Não iria mais cometer erros. Faria o mesmo que seu pai um dia fez.

Link caminha até a parte mais sombria e abandonada do palácio.

Ele abre uma enorme porta de metal e adentra o cômodo.

Cabos e vigas se estendiam desde o chão até o teto, percorrendo as paredes.

Computadores desligados estavam espalhados pelo local.

E no centro do quarto, uma enorme câmara de recarga.

Link liga novamente os computadores que voltam a fincionar à todo vapor.

Logo a enorme câmara é acesa em luzes verdes.

Alguém, ou melhor, algo, estava lá.

Era uma silhueta feminina, cintura afilada e pernas grossas.

Toda feita em um metal indestrutível.

Possuía uma grande matriz em sua cabeça, como algum tipo de receptor de informações, como um banco de dados.

Suas cores baseavam-se no branco e no preto.

Duas grandes e redondas câmeras estavam instaladas em sua face para ser seu meio de visão e ela não possuía boca.

Todo o seu corpo de metal era flexível, desde os calcanhares até seu pescoço.

Link então aciona um botão na câmara que começa à bombear algum tipo de líquido verde para dentro da robô que após alguns minutos é ligada.

Os "olhos" da potente máquina são ligados, revelando uma tela azul reluzente.

Os dedos da robô começam à se mexer e logo depois sua cabeça vira de um lado para o outro como se estivesse se alongando depois de um longo sono.

Logo a máquina encara Link.

Link: 2-B, ordeno que saía dessa câmara. (Ele ordena sério)

A robô rapidamente obedece, se desplugando dos cabos com violência.

2-B então quebra o vidro da câmara e caí ajoelhada em frente ao seu senhor.

2-B: dê minhas diretrizes, meu senhor. (A máquina fala pausadamente)

Tirando o fato da voz ser distorcida e travada como o esperado de um robô, era possível sentir frieza vinda da mesma.

Link: eu agora tenho uma escolhida, e alguém conseguiu adentrar minhas defesas fracas. Sua diretriz é pertencer à Luna, obedecê-la e protegê-la a todo custo. (Ele ordena)

A robô se levanta e para em frente ao seu ex senhor.

2-B: apenas isso, Rei Link? (Ela pergunta pausadamente)

Link: não, quero que corrija toda e qualquer falha na segurança desse quadrante da galáxia e que fique responsável pelo exército, tanto o de robôs quanto o de Müls. (Ele por fim termina sua ordem)

2-B: sim, Vossa Alteza. (Ela termina sua fala e permanece parada)

Link tosse coçando a garganta.

Link: venha comigo até o quarto de Luna. (Ele diz constrangido por não ter reparado que ela estava parada em sua frente apenas para segui-lo)

A robô dá seus primeiros passos com dificuldades porém rapidamente pega o jeito e caminha dura atrás do príncipe.

Alguns empregados se assustam por verem a máquina de matar ligada novamente.

Sim, a mente brilhante de Link juntamente com a de Alfor foram capazes de criar a 2-B, uma robô progetada para guerra com um único objetivo, a perfeição em tudo o que faz.

E realmente, ela foi um sucesso no que foi programada.

Junto com Link, 2-B foi capaz de dizimar sentenas de milhares de civilizações rebeldes e garantiu a supremacia do clã Mül.

Nora estava saindo do seu quarto junto com sua mãe quando avistou a máquina.

O rosto da albina fica irado e ela caminha apressada até seu irmão.

Lucy a segue à fim de evitar algum tipo de atrito.

Nora: o que isso está fazendo aqui?! Você não prometeu que jamais ligaria ela novamente?! (Ela pergunta irritada)

Link: cale a boca, Nora! Você não tem voz aqui! A 2-B será minha garantia de que tanto Luna quanto o quadrante, sejam devidamente protegidos. Coisa que seu escolhido foi incapaz de cumprir. (Ele responde afiado fazendo Nora ficar triste)

Lucy: certo meu filho, tenha calma...(Lucy diz apoiando sua mão no ombro de seu filho)

2-B: minha Rainha, é uma honra revê-la. (A robô fala)

Lucy solta um sorriso forçado. Ela sabia quanto sangue aquele robô possuía em suas mãos.

Link: vamos, 2-B. (Ele ordena e segue seu rumo, sendo seguido pela robô)

Após alguns minutos, Link adentra o quarto juntamente com 2-B.

2-B: a forma humana de sexo feminino é minha nova imperatriz? (Ela pergunta com seu tom de voz costumeiro)

Link: sim, sua imperatriz e sua nova mestra, agora você só obedece à ela. (Ele ordena fazendo os circuitos do robô reconhecerem sua nova mestra)

Link sabia do perigo de manter 2-B desperta, por isso ele deixou bem claro que agora ela pertencia à Luna.

Assim 2-B não poderia ser haqueada ou corrompida, pois já tinha em sua memória uma mestra e uma diretriz fixa.

Link: agora fique aqui e vele seu sono, irei para a Lua Mechinks e voltarei em algumas semanas, não saía de perto dela em nenhum momento. Não sei se Félix voltará para matá-la...(ele diz bufando)

2-B rapidamente tira sua atenção da humana e encara seu rei.

2-B: Félix Amateur ainda vive? (Ela pergunta)

Link rosna.

Link: não por muito tempo. (É tudo o que ele diz antes de sair do quarto e bater a porta)

2-B então começa a flutuar ao lado do corpo de Luna.

A robô cruza as pernas no ar e entra em modo de vigilância.

Se algo tentasse adentrar aquele quarto seria pulverizado. Isso já era uma certeza.

2-B encara a humana. Ela realmente era um espécime belo.

Seu tom de pele incomum e seus cabelos armados.

Seu corpo mais voluptuoso que o normal e sua aparência serena.

Seus circuitos entendiam o motivo pelo qual seu Rei escolheu aquela humana.

Enquanto isso, no jardim do Palácio, Link caminhava irritado até sua nave.

Suas roupas ainda estavam manchadas pelo sangue de seu inimigo e isso atraía olhares de alguns súditos.

Aquilo só os amedrontava ainda mais.

Eu vou matar aquele desgraçado...


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