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Trip to Miami – 4:50am – Beverly Hills Airport.

A última chamada para o Voo 347 havia sido feita.

Após as despedidas, seguimos o corredor que nos levaria para o exterior. O avião era enorme comparado com os que sobrevoavam sobre mim, quando andava na rua e assim. Era a primeira vez que ia andar de avião, não me assustava, simplesmente era "novo". Subimos a bordo, procurámos os nossos lugares esentámo-nos, colocando o cinto. 

O meu lugar era ao lado da janela, por onde conseguia ver os "pais e as mães" a acenarem, despedindo-se de quem havia embarcado. Pais e mães, como avós, irmãos e assim. 

O Justin ia ao meu lado e ao lado dele, ia uma mulher com um bebé. O menino era adorável e a rapariga parecia ter os seus 20 e poucos anos. Quando era pequena, dizia imensas vezes que queria ter um filho ou uma filha com a mesma idade, 20 e poucos anos. Continuei a pensar assim, até me envolver seriamente com as pessoas de Chino. Depois, a ideia tornou-se numa ilusão, pois deixar uma criança crescer no mesmo ambiente que eu tinha crescido, era horrível.

Agora, nem sei o que quero.

As hóspedeiras verificaram se todos os cintos estavam apertados e de seguida, deram a informação ao capitão, que através do microfone, disse-nos que íamos descolar em segundos. Continuei a olhar pela janela e acenei, olhando depois para a frente. Pousei a cabeça no ombro do Justin, devido a estar ensonada e fechei os olhos.

{...}

Um dia e catorze horas dentro daquele avião. O meu rabo provavelmente estava em forma de quadrado, devido ao tempo sentada. Faltavam uns 10 minutos para aterrarmos, já conseguíamos ver a fantástica cor do mar e as luzes a piscar. Miami parecia ser mesmo linda e um lugar com muito para ver.

- Que lindo. – Murmurei.

Justin – É mesmo, sempre foi um lugar que quis visitar. – Pousou o queixo no meu ombro, olhando pela janela também. – Miami, sem adultos, com o melhor grupo e contigo, é muito melhor do que havia imaginado.

- Eu nunca imaginei sequer a sair do bairro. – Engoli a seco. – Portanto nem sei o que achar. 

Justin – Não estás feliz agora?

- Claro que estou! Isso nem é questionável.

Após a aterragem um pouco brusca, saímos do avião e respirámos o ar puro de Miami. As pessoas começaram a andar de um lado para o outro, abraçavam-se, choravam abraçadas, corriam e corriam, as vozes eram imensas. O Justin entrelaçou as nossas mãos e seguiu o pessoal para o lugar onde estavam as nossas malas de viagem. 

Pegámos nas malas e saímos do aeroporto, chamámos 3 táxis e demos a morada da casa que nos esperava. Demorámos mais duas horas e tal a lá chegar, pois ficava longe do aeroporto e bastante perto a praia, que era quase na outra ponta. Quando chegámos, pagámos aos táxistas e saimos do mesmo, caminhando para a entrada da casa.

Harry – Antes de entrarmos, deviamos de ir procurar alguma mercearia ou algo do género, para comprarmos comida.

Caroline – A minha mãe tratou disso. Esta manhã algumas pessoas contratadas pela minha mãe colocaram lençóis, comida, electricidade, gás e tudo o que precisamos. As contas estão todas pagas, só pagamos a comida quando faltar e o que comprarmos.

Jai – Altamente, vamos é ver a casa!

Entrámos na casa, deixámos as malas à entrada e fomos explorar. Era uma casa bastante simples, um pouco incolor e confortável. As vistas não eram nada de muito bonito, era para campo, pois a casa ficava num lugar um pouco afastado da civilização, devido ao possível barulho que vamos fazer, com música alta, brincadeiras e assim. 

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