Dois dias se passaram.
Passei-os a tentar convencer o Tuper a ajudar-me e ele acabou por ceder. Alguma sedução, foi o suficiente para ele aceitar ajudar-me. O alívio que senti quando ele disse que me ajudava, foi tão grande. Acho que nunca me senti tão aliviada, como me senti quando ele aceitou.
Hoje, era o meu primeiro trabalho, digamos assim.
Dentro de meia hora, o Tuper vinha-me buscar a casa da Hannah, para me deixar num bar, onde se realizam lutas livres. Tuper, fora roubado por um dos lutadores e queria matá-lo. Como ele havia dito, nenhum fim da puta lhe trai.
Muito menos rouba ou interfere nos seus planos. Eu iria matá-lo. E para não levantar suspeitas, tinha que inventar uma história, para conseguir lutar e ganhar a confiança e a admiração deles.
Não ia ser difícil, pois raparigas em forma, que sabem lutar, não frequentam aqueles tipos de bar. A maioria das pessoas que lutavam, eram de gangues, abandonados ou a necessitar de dinheiro. Eu precisava de dinheiro, as também estava em "missão".
Terminei de me vestir e desci as escadas, encontrando-me com a Vanessa e com a Hannah na sala, onde estavam deitadas a ver televisão.
Vanessa - Onde é que vais Dianna? - Levantaram-se ambas. - Tu disseste que não ias fazer nada.
Hannah - Não te arrisques por causa de mim, pedi-te por tudo!
- Tenham calma, já sobrevivi a coisas piores. - Aproximei-me delas. - Vai ficar tudo bem, prometo.
Hannah - Não podes ir. Eu preciso de ti a meu lado.
- E eu vou estar. - Olhei para ela e sorri-lhe. - Vou voltar dentro de 3 ou 4 dias, irei ter parte do dinheiro necessário para a cirurgia. Faço-o de livre vontade, porque sempre disse que faria tudo por ti. - Ela ficou com lágrimas nos olhos. - Não me podes pedir para me sentar e ver-te sofrer, não podes mesmo.
Hannah - Tu deixaste-os todos em Beverly Hills e agora vens para aqui, para fazer merda? Eles vão ficar desiludidos contigo Dianna! Tu não percebes o que está em causa?
- A tua vida está em causa. - Murmurei. - Eles não me importam agora. Estou muito agradecida, devo-lhes a minha vida, mas sempre disse que não ia mudar.
Vanessa - Mas mudaste, porque não tinhas motivos para ser assim com eles.
- E errei. - Sentei-me no sofá, entre elas, que se sentaram depois. - Eu mudei e não queria. Sentia-me controlada, presa, demasiado certa. Não é que isso seja errado, mas não sou eu. Não me sentia bem comigo mesmo.
Hannah - E o Justin? Não o amas? O que é que aconteceu? Tu chegaste aqui e não nos deste explicações, nós estamos preocupadas.
- Claro que amo o Justin.. - Sussurrei, sentindo-me um bocado mal. - Amo-o como nunca pensei amar alguém. A relação tornou-se monótona, cheia de discussões e eu não aguento mais isso. Por mais que goste dele, nenhum de nós estava feliz.
Vanessa - Acabaram? - Assenti. - Eu acho que não devias de ter acabado Dianna, muito menos teres vindo para cá. Só te vais meter em merdas e depois vai ser tarde demais. Tu já viste a recuperação que tiveste? Saíste da escuridão.
- E vou por-me outra vez. - Falei séria. - Quando é que planeavam contar-me o que se passa? Pensei que seria das primeiras a saber do teu problema Hannah! - Levantei-me e virei-me para elas. - Eu preciso de fazer isto. Tanto por ti, como por mim.
Hannah - Devias de dar uma explicação ao Justin... Nós ouvimos-te ontem.
Vanessa - Han...
Hannah - Hannah nada, ela é nossa amiga! - Interrompeu-a.
