35 - I love you.

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Ouvimos a campainha a tocar e ouvimo-los a dizer que iam andando para as salas. O Justin separou um pouco os nossos lábios, ao abrir os olhos, reparei logo no sorriso que ele tinha na face. Deu-me um beijo rápido e afastou-se ainda mais de mim.

- Falta à aula... – Murmurei.

Justin – Mas tu pensavas que ia? – Sorri, sem mostrar os dentes e ele esticou-me a mão. – Vamos?
Assenti, segurando a mão dele. 

Ele deu-me um pequeno puxão e levou-me até aos túneis perto da escola. Era uma entranda para carros, como uma garagem, onde todos iam fumar nos intervalos ou almoçar em grupo nas horas de almoço. Não havia cadeiras nem nada, mas era um bom sítio para se estar com amigos e na altura das aulas, ninguém ia para lá, dai o Justin ter ido para lá. Ele encostou as costas à parede e puxou-me para si, fazendo-me bater contra o seu peito lentamente, sem nos magoarmos. Levantei a cabeça, olhando para ele e ele sorriu novamente, dando-me um beijo na testa.

Justin – Finalmente. – Ele murmurou. – Gosto de raparigas difíceis, mas tu abusas no difícil.

- Não comeces oh. – Murmurei de volta. – E a Molly?

Justin – Ela apenas tem que aceitar. Não pretendo agarrar-te e beijar-te à frente dela, porque também não a quero magoar novamente, mas também não pretendo ignorar-te, sempre que estivermos no mesmo sítio.

- Depois do que ela disse no Natal, ainda tens pena? 

Justin – Não viemos para aqui para falar dela Dianna.
Assenti, suspirando.

Justin – Isto vai soar de uma forma estúpida, infantil e à filme, mas pronto, temos que fazer sacrificios. – Riu-se e lambeu os lábios. – Namoras comigo?

Ri-me.

Justin – Não gozes meu! – Coloquei as mãos nas bochechas dele, aproximando-me.

- Namoro Justin. – Murmurei roçando os nossos lábios. – Mas vou continuar a gozar contigo. – Comecei-me a rir novamente.

Justin – Mas assim deixa de ser romantico. 

- Também não ligo a essas conversas de romance. – Ele puxou-me pela cintura, encostando os nossos corpos.

Justin – Mas já podes dizer que me amas? – Sorri novamente.

- Como sabes que não estarei a mentir? – Ele ficou sem reação. – Pronto, estou a brincar. – Ele continuou sério e eu revirei os olhos. – Amo-te. – Desta vez, ele arregalou os olhos e sorriu.

Justin - Também te amo. – Sussurrou contra os meus lábios, quando parámos o beijo. – Vou lembrar-me do dia 8 para sempre.

- Idiota. – Dei-lhe um beijo na bochecha e sentámo-nos no chão. 

Ele sentou, afastando e dobrando as pernas. Eu sentei-me entre as pernas dele e deitei a cabeça para trás, no seu peito. Ele começou a mexer nos meus cabelos e eu senti-me um pouco estranha com o que estava a acontecer. Ele esteve semanas a tentar "convencer-me" do sentimento que ambos tínhamos e que não lhe ia acontecer nada. Mas eu, evitei sempre começar uma relação, com medo do que o Tyler pudesse fazer. Respirei fundo e ele parou de mexer nos meus cabelos.

Justin – Que se passa?

- Nada. 

Justin – Tens a certeza?

- Sim Justin, apenas sinto-me meio estranha com isto.

Justin – Afinal passa-se algo. – Dei de ombros. – Estranha porquê? Não queres?

- Se não quisesse, não estava aqui. Não tinha dito que te amava, apenas... – Suspirei. – Não sei, sinto que vou ser uma merda para ti.

Justin – Estás a pensar nisso porquê? Já se passaram 3 minutos desde que namoramos e ainda não estou a chorar.

- Não sejas parvo, estou a falar a sério.

Justin – Tu é que estás a ser parva, estás a pensar nisso para quê? – Sentei-me e virei-me para ele. – Eu sei como és, conheço o teu mau feitio, mas também sei que és quem me faz feliz. Não me faças ser lamechas. – Sorriu. – Oh Dianna, a sério, não precisas de pensar nisso, é que não há mesmo razões.

- Estás certo e olha que odeio dar razão a alguém. – Sorri. – Apenas... – Ele pressionou o dedo contra os meus lábios. 

Justin – Sem pensar em algo negativo. Estamos aqui sem ninguém, sem problemas, não achas que mereço que me compenses pelo tempo que esperei?

- Disse que te amava, não venhas com coisas. – Rimos. – Obrigada.

Justin – Não tens que agradecer. – Abriu os braços e eu enrosquei-me neles. – Apesar de seres mais forte que eu, estou aqui para ti.

- Eu sei e duvido que tenha mais força que tu. Olha-me esses braços. – Passei as unhas pelo braço dele, e os seus pêlos levantaram. 

Justin – Realmente tenho mesmo. – Riu-se. – E também sei lutar, não é à toa que estou num ginásio e tenho assim os braços.

- Calma boss! Estou a tremer de medo. 

Justin – És mesmo parva. – Dei-lhe um beijo rápido no pescoço. – Mas não faças isso muitas vezes, porque se fizeres, não é só a esta aula que faltamos.

- E ficamos por aqui?

Justin – Sabes que não, banco de trás do carro. – Ri-me e voltei a dar-lhe um beijo no pescoço. – Estás mesmo a pedir!

- Achas? Nunca. – Ri-me, encostando a cabeça ao peito dele.

Continuámos a falar até à hora do intervalo. Mesmo assim, quando a Caroline me ligou, não nos preocupámos em levantar e ir ter com elas, pedimos que viessem ter connosco ao tunel. Uns 2 ou 3 minutos depois, ela apareceu com o Harry, ambos olharam para nós naquela posição e sorriram. 

Começaram a mandar bocas, do tipo: 

Harry – "Já não conseguia ouvi-lo a falar de ti!"

Caroline – "Nem eu a vê-la deprimir e a olhar para o nada, pensando no Justin."

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