60 - The End

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September, day 8. 10pm.

Era hoje ou nunca. 

Seria o nosso oitavo mês juntos. O nosso dia, o nosso momento. Seria hoje que iria falar com ele, desculpar-me por tudo. Deixei passar dias, horas, minutos, segundos, desde que cheguei. Já podia ter falado com ele resolvido tudo. Mas adiei. Adiei com medo de o magoar, com medo que ficasse mal por e ver. 

Sabia que ele estava nos Lions e que estava mais empenhado que nunca. Caroline, havia-me contado que cada jogo, era uma vitória. Que ele já saiu na primeira página do jornal com a sua equipa. Na sua equipa adorava-o e disseram que ele era a peça que faltava para serem imbatíveis. 

Não podia estragar a felicidade dele ou permitir que se distraísse. Talvez, até falar com ele esta noite não devia de acontecer. Estar sem ele tem sido o pior para mim. Sentia-me daquelas raparigas apaixonadas, que quando vê o rapaz que ama, sente algo inexplicável. Que chega ao quarto e chora por sentir a falta dele, por querer que tudo volte.

Eu estava assim. 

Deprimida, com saudades dele. Sempre que olhava as nossas fotos, lágrimas subiam-me aos olhos. Ele era a única pessoa que rondava o meu pensamento ultimamente. Por mais gargalhadas e sorrisos que pudesse dar, não estava totalmente feliz. 

Vesti qualquer coisa quente, só para não ir de calções curtos e de top, pois estava um bocado de frio e caminhei até à minha varanda.

Saltei para a varanda dele e as cortinas estavam fechadas. Não sabia se ele estava sozinho ou acompanhado por alguém. Até mesmo por outra rapariga. Lambi os lábios e decidi bater à janela, mesmo sabendo que podia ser negada. 

Alguns segundos depois, as cortinas começaram a ser desviadas e quando finalmente o consegui ver, um sorriso surgiu nos meus lábios. Acho que até os meus olhos sorriram. 

Ele olhou para mim e os seus lábios separaram-se, abrindo um pequeno "o". O meu sorriso desapareceu imediatamente. 

Ele balançou a cabeça com um brilho nos olhos e eu olhei para baixo, ouvindo a janela a abrir. Antes que pudesse reagir, senti os seus braços fortes a envolver-me num abraço e logo lágrimas invadiram os meus olhos. Quando ele se afastou e sussurrou o meu nome, não evitei e simplesmente desabei. 

Comecei a chorar e voltei a aconchegar-me no peito dele.

Ele voltou a abraçar-me.

- Desculpa.

Justin - Pensei que nunca mais te ia ver. - Ele sussurrou com a sua voz rouca. - Fodasse Dianna.

- Não te venho pedir que voltes para mim, que tudo volte a ser como era. - Murmurei. - Só precisava de te ver e de me desculpar.

Justin - Então porque é que vieste logo hoje? Logo quando fazíamos oito meses? - Lambi os lábios e afastei-me dele, virando-lhe costas. - Explica-me, porquê hoje?! - Ele falou alto.

- Porque o teu último jogo do primeiro campeonato foi ontem. - Sussurrei. - Não queria aparecer aqui quando voltei, não queria que te desconcentrasses.

Justin - Quem disse que me ia desconcentrar? Quem disse que queria que aparecesses aqui? - As palavras dele foram como uma facada.

- Pois, ninguém. - Dei um passo em frente, pronta para me ir embora. 

Justin - Eu juro que se tu sais deste quarto, nunca mais volto a olhar para a tua cara. - Virei-me para ele.

- Então o que é que tu queres? - Falei alto, já perdendo a paciência. - Dizes-me essas merdas e depois não queres que me vá embora? 

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