47 - Prom. (Parte 2)

476 24 0
                                    

Megan – Parece que quem precisa de crescer, és tu. – Deu-me uma chapada.

- Oh fodasse. – Dei-lhe um empurrão e ela foi contra o tronco da árvore.

Comecei a andar até à entrada do baile e ouvi os saltos dela atrás de mim. Ela ia a chamar-me de tudo, o que me enervou seriamente. Virei-me para trás e ela deu um pequeno pulo, pois provavelmente não estava à espera que me virasse. Ela empurrou-me também e eu revirei os olhos, respirando fundo. No momento em que fechei o punho, senti uma mão, à volta da minha e ouvi a voz do Luke, a pedir que se afastasse.

Ele puxou-me lá para dentro e levou-me até à mesa onde estava o pessoal. Soltou a minha mão após ver o Justin a olhar e eu simplesmente balancei a cabeça, sentando-me ao lado dele. O pessoal estava todo animado, a falar e a cantar as músicas que passavam, eu estava a jogar no telemóvel, só para não olhar para pessoas indesejadas.

Justin – Vais continuar assim?

- Vou. – Respondi curta.

Justin – Não tens motivos.

- Claro, porque o teu fato e o vestido dela não combinam nada. – Falei irónica.

Justin – Fodasse Dianna, eu não quero saber da Molly! – Falou bastante alto e colocou a mão no meu queixo. – Estamos sempre nestas merdas, ciúmes e mais ciúmes, será que não dá para confiares em mim?

- Se calhar não. – Ele arregalou os olhos. – Eu confio em ti Justin, apenas estou num dia não.

Justin – Vou ignorar o que disseste primeiro. – Dei de ombros. – Danças comigo?

- Não sei dançar essas coisas.

Justin – Claro que sabes.

Ele sorriu e levantou-se, esticando-me a mão. Guardei o telemóvel e acabei por agarrar na mão dele, sentindo um puxão. Os nossos corpos ficaram bem juntos, olhei nos seus olhos e ele sorriu, dando-me um beijo rápido nos lábios. Fomos para o centro da pista e começámos a dançar lentamente.

Os nossos lábios colaram-se entretanto.

Parei o beijo e abracei-o, pousando a cabeça no peito dele, enquanto nos balançávamos lentamente ao ritmo da música, que era romantica até. Ouvi-o a rir baixinho ao meu ouvido e arrepiei-me, o que lhe fez rir novmente.

- Qual é a piada?

Justin – Estares aqui, comigo, neste momento, assim vestida, num lugar luxuoso como este.

- As coisas mudam.

Justin – Muito mesmo. – Suspirou. – Mudaste a minha vida, foste a melhor coisa que me aconteceu estes últimos anos.

- Digo o mesmo. Não sei como é que consegui dizer-te o que sentia e estar assim contigo. Acho que por um lado sei, que ninguém te vai tocar. Eu não vou deixar.

Justin – Eu sei proteger-me babe, acredita que não há nada que me meta medo, nada que me impeça de estar contigo.

- Tu sabes cuidar de mim, sabes como me fazer feliz. Há imenso tempo que não o faziam e eu esqueci-me o que era sentir-me assim. Ter alguém assim perto de mim. Posso saber defender-me, mas não há nada melhor do que ter alguém que cuide de nós.

Justin – És mesmo adorável. Adoro o facto de falares assim comigo, depois de me teres tratado mal. – Riu-se. – E dito que nunca olharias para mim dessa forma, até que ficámos de castigo na escola. – Ri-me. – O facto de seres uma badass e de não seres sempre romantica, atrai-me tanto, porque não me farto de ti, porque fazes com pequenos momentos assim, sejam lembrados.

- Em cinco meses, acho que foi a quarta vez que fui romantica para ti, não sei do que falas.

Justin – E tinhas que estragar tudo. És mesmo parva, fogo. – Reclamou.

- Amo-te.

Quando a música acabou, fomos buscar algo para beber e fomos para perto deles. O Harry e a Caroline não estavam na mesa e pelo que a Alli disse, tinham ido dançar. Assenti e ela e o Luke também foram, ficando apenas eu, o Jai, a Bri e o Justin.

Os minutos iam passando, enquanto nós estávamos ás gargalhadas. Saímos do baile perto das três da manhã, pois o espaço que havia sido alugado, ia encerrar. A festa para muitos ia continuar em discotecas ou onde quer que decidissem, para mim e para o Justin já havia terminado, pois ele ia ter o último jogo e o decisivo da temporada da escola. 

Último jogo daquela equipa. Último momento juntos. A Caroline e o Harry foram para casa dele, pelo que percebi. A Bri, a Alli e os rapazes iam fazer uma direta, mas prometeram que estavam presentes no jogo. 

Justin – Passas a noite comigo? 

- Não posso, temos que levar o Tom ao Aeroporto.

Justin – Vá lá babe, eu acordo-te. – Ele pediu, estacionando o carro na sua garagem.

- Como não confio em ti, vou mesmo pôr despertador. – Sorri, saindo do carro.

Sai da garagem ouvindo-o a reclamar por ter dito que não confiava nele e depois ouvi a sua risada adorável. Ele saiu da garagem também e esperou que ela fechasse automaticamente, entrelaçando as nossas mãos de seguida e levando-me até à entrada da sua casa. Abriu a porta e fechou-a assim que entrei. Fomos pelas escadas acima e entrámos no quarto dele. Logo, ele dirigiu-se ao roupeiro, tirando uma camisola comprida e umas calças de fato-de-treino, daquelas que eram largas nas pernas e justas em baixo. 

Vesti-me rapidamente, retirei a maior parte da maquilhagem e sai da casa de banho, vendo-o a despir a camisola, ficando de boxers. Aproximei-me dele e estiquei-me, dando-lhe um beijo na bochecha, fazendo-o virar-se para mim e abraçar-me pela cintura, beijocando os meus lábios.

- Não vais ter frio? – Murmurei.

Justin – Achas? Durmo sempre assim e para além do mais, não sou tão fraco quanto tu. – Revirei os olhos e ele deu-me um beijo rápido.

Deitei-me ao lado dele e programei o despertador para as 8am, pois o voo era ás 8h45 e tinha uma certa noção que levariamos uns 20 minutos a chegar lá. Pousei o telemóvel na mesa de cabeceira e virei-me para o Justin, sentindo imediatamente os seus braços à minha volta.

Justin – Que me dizes do baile?

- Que nunca pensei chegar tão longe.

Justin – Mas chegaste babe e não fica por aqui.

- Eu sei que não. – Sorri e aninhei-me nele. – Não tens a noção do quão apegada estou.

Justin – A mim?

- Sim. – Engoli a seco. – Tornaste-te tudo para mim, acredita.

Justin – É bom saber isso. – Começou a mexer nos meus cabelos. 

- Nem sei se isto é bom ou é mau. Pode simplesmente acontecer algo e fazer com que sigamos caminhos diferentes e ai, eu vou sofrer comó' caralho.

Justin – Não vai acontecer nada, não penses nisso. – Bocejei. – Não vou deixar. – Sorri, ouvindo-o supirar.

- Estás nervoso para o jogo?

Justin – Se estou, é o último jogo. Significa imenso para mim a vitória, pois trabalho imenso para isso.

- Vocês vão ganhar, acredita em ti.

Justin – Eu acredito.

Não lhe respondi, limitei-me a fechar os olhos e a respirar fundo lentamente, sentindo-me a entrar num estado em que não tinha a noção de nada.

#BREATHEOnde histórias criam vida. Descubra agora