23 - I can't believe.

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Precisava de me sentir confortável, protegida, precisava de apoio naquele momento. Precisava do Scott, mas... A Caroline era a pessoa mais chegada a mim ultimamente, ela confiava em mim e eu nela. Era como uma irmã mesmo. Os seus braços rodearam-me, enquanto a minha cabeça estava pousada no seu ombro e as lágrimas ainda escorriam.

- Isto não podia acontecer, não à frente de alguém.

Caroline – Sabes que estou aqui para ti Dianna, podes desabafar sempre que quiseres comigo.

- Sim... Mas detesto que me vejam chorar.

Caroline – Estás comigo à 3 semanas, já me contaste várias coisas, acredita que demoraste muito a chorar, cheguei a pensar que não eras humana.

Revirei os olhos e sorri fraco, afastando-me dela. As suas mãos pousaram nas minhas bochechas, afastando todas as lágrimas e eu agradeci-lhe. Entrámos no carro e fizemos o caminho de volta para casa, mas sem muita velocidade. Os nossos telemóveis não paravam de tocar, a Jennifer ligava-nos de 2 em 2 minutos, mas nós evitávamos atender, pois estávamos a 5 minutos de casa. Quando chegámos, eles saíram de casa a correr e arregalaram os olhos, quando nos viram a sair da garagem, depois de nos terem visto a entrar com o BMW.

Jennifer – Mas vocês perderam a cabeça? A sair sem avisar e de carro? 

Caroline – Tem calma mãe, fui eu que tive a ideia.

- Ambas precisávamos de pensar e fomos até Santa Monica, só isso.

Tom – Santa Monica? Vocês não sabem mesmo medir as coisas. Logo num dia tão importante?

Caroline – Outro domingo com a casa cheia.

Tom – E importante para a Jennifer. 

Jennifer – Sabem que mais? Cansei de ser branda, eu pedi que me dissessem para onde vão. – Lambi os lábios. – Esta semana, eu vou levar e bucar-vos à escola, sem saidas e sem pessoas cá em casa.

Caroline – Credo mãe..

Tom – Credo? Mas tu perdeste a cabeça? Caroline tu não és assim e não tens que ser. Se queres sair, apenas diz-nos!

- Pedimos desculpa.

Jennifer – Vão comer qualquer coisa e podem ir para os vossos quartos.

A Caroline entregou a chaves à Jennifer, entrando em casa super furiosa. Eu apenas mantive a cabeça baixa, enquanto passava por eles e subia as escadas, não queria discutir e logo hoje, que tinha ficado bastante embaixo com a conversa sobre o Tyler e o Scott. Ainda não tinha conseguido tirar o meu irmão da cabeça e todos os momentos que passámos.

Flashback on.

- Devo-te a minha vida. – Murmurei entre lágrimas. – Se não tivesses chegado...

Scott – Não termines a frase Dianna, és minha irmã, jamais deixaria que o pai te espancasse ou pior. Vou estar sempre para e por ti, prometo. – Beijou-me a testa. – Agora tenta dormir, vou ver da mãe, sim?

- Obrigada por seres a melhor pessoa do mundo Scott.

Ele sorriu e apagou a luz do meu quarto, fechando a porta, assim que saiu.

Flashback off.

Era impossível dizer que ele não me fazia falta. Só queria pegar novamente naquele carro e conduzir até à cadeia onde ele está. Mas isso, era sinónimo de entrar em Chino e mostrar a toda a gente que estou viva, fora do BootCamp e que deixei tudo para trás, para ter uma vida luxuosa. Se contasse à Jennifer ou ao Tom, eles conseguiam ajudá-lo, mas também estaria a quebrar uma promessa feita. E não o queria fazer, mas também,não queria que o meu irmão estivesse preso e sabe-se lá o que acontece na prisão. Ele era a minha única família, tinha a certeza que ele estava vivo e a aguentar mais 5 anos de cadeia. Ele foi preso com 18 anos e está perto de fazer os 20. Despi-me lentamente, enquanto lágrimas havia formado novamente nos meus olhos. Tentei livrar-me delas e ante de ir para a cama, passei a face por água. Quando me sentei na cama, peguei no telemóvel e respondi ao Luke, pois no meio de tantas chamadas, também recebi uma mensagem dele.

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