A face da natureza

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Um dia, a grande Mãe me perguntou
O porquê de tentarem matá-la
Se dela só brotou vida, paz e amor

E respondi que os humanos na "sua" mata
Dela não sabe preservar nem produzir
Apenas sabe dela explorar e deixar a terra escassa

E ela me perguntou: Por que de tantos desmatamentos?
E eu lhes disse: O mundo e seus mandamentos
Eles fazem suas leis e passam por cima dos primeiros

E ela chorou, mas não havia mais lágrimas
Seus rios secaram e só resta-lhe ao mar suas lástimas
Seus martirios despejados sobre a terra em erosão

E me encarou com seus olhos de céu
O universo inteiro como véu
Em seu rosto divino e angelical

Suas mãos mergulharam no mar
E dele com uma gota de sua lágrima misturou, sem deixar de martirizar

E depois derramou sobre a miniatura de Terra
O lar dos pecados, da dor e da fera
Seus lamentos a cair como chuva

E ela então trocou de face
E mostrou uma das mais belas artes
A lua no céu a brilhar

E mesmo com todos os tormentos
E com todos os seus sofrimentos
Se pôs prontamente a criar

O mundo não morre
Os humanos tiveram sorte
De achar o de mais belo

Desse coração singelo
A natureza nunca irá os destruir
E a humanidade com a desumanidade, irá ruir

E assim, por si só, cair.

Poesias De NinguémOnde histórias criam vida. Descubra agora