Um Amor De Infância (Revisando)

Capítulo 28

    

      Alegria e tristeza dois sentimentos que estou sentindo ao mesmo tempo, depois de saber para onde meu namorado vai eu não sei o que dizer. Por um lado estou alegre, ele conseguiu foi aceito em Arquitetura, por outro lado estou triste, iremos nos separar?

A verdade é que eu não sei.

Roger passou a tarde comigo, ficamos abraçados a tarde toda, grudadinhos. A viagem dele está marcada para o dia 20 de fevereiro, e a minha para o dia 25, cinco dias depois, contando desde agora temos dois meses juntos. Daqui a dois dias será natal, irei passar na casa de Roger, finalmente, irei conhecer sua família. A família de Roger não é muito presente, vive viajando a negócios.

25 de dezembro de 2015

Hoje é o grande dia. O dia que irei conhecer os pais de Roger. Estou em frente ao espelho me olhando pela vigésima vez, cabelo bem alinhado, maquiagem leve e um vestido lindo, ele é laranjado e tem umas rosas brancas, coloquei um colar para dar um destaque no look.

Roger chegou e eu já estou indo para o carro dele, mamãe irá passar o Natal com meu pai (no interior).

- Estou nervosa.- digo dentro do carro.

- Não precisa ficar nervosa, eles não irão te morder.- ele sorri.

Chegamos na casa do meu namorado, é a primeira vez que eu venho na sua casa. Ela é bonita, grande e está toda decorada, Roger mora em um bairro nobre, e eu não sabia a anos que eu o conheço.

Adentramos na casa e a sala é linda e chique, vejo seus pais sentados no enorme sofá branco, bebendo um líquido transparente, suponho que seja champanhe ou vinho branco.

- Mamãe, papai- eles se levantam e caminham até nós- essa daqui- ele segura na minha cintura- é Sophia, a minha namorada!- eu dou sorriso Colgate.

- É um prazer conhecer a senhora e o senhor.- sorriu.

- Senhora não querida.- ela pega em minha mão- me chame de Odette.

- E eu, pode me chamar Winston. Estou vendo que meu filho sabe escolher, pois você é muito linda.

- Obrigada.-sorrio e sinto minhas bochechas esquentarem, acho que estou ficando vermelha.

- Vamos nos sentar. Fique a vontade, querida.- Odette fala, a casa está cheia de convidados, Roger diz que são tudo parentes, vejo que a família é grande.

- É natural?- olho para mulher que faz a pergunta, ela é tia de Roger. Eu não entendo sua pergunta e ela percebe- seu cabelo, é natural?

- Ah, sim, sim é natural, nunca pintei.

- É lindo.- eu apenas sorriu.

- Venha, vou te mostrar uma coisa.- Roger segura minha mão conduzindo-me a enorme escada que há no centro de sua casa.

- Sua casa é uma mansão.- falo sem perceber.

   Subimos a escada que nos leva ao um enorme corredor, que mais parece um labirinto. Roger me guia para uma sala e nela há um piano, logo atrás do mesmo há uma sacada.

- Eu gosto de ficar aqui.- ele fala sentando-se no banco perto do piano- venha chega mais perto.- ele me chama com sua mão.

- Aqui é lindo.

- Lá embaixo tem muita gente.- ele toca uma nota- você sabe tocar?- balanço a cabeça dizendo que não- fácil, ponha sua mão com a minha.- ele começa a induzir minha mão.

- Como vai ficar nós dois?- pergunto tocando as notas. Ele me olha pensativo- Ainda não conversamos sobre isso.- digo parando.

- Não vamos nos separar!- ele diz, eu olho para sua boca- qual o curso que você irá fazer?

- Moda.

- Eu vou conseguir te transferir para o campus de Paris. Lá irá ser melhor, é a cidade dá moda.

- Como você vai fazer isso?

- Eu tenho meus contatos!

   Ficarei muito feliz se Roger conseguir que eu vá para mesma faculdade que ele, se não for a mesma, pelo menos alguma universidade perto da dele já está bom demais.

   Voltamos para a sala aonde estão todos reunidos, vejo sua prima a Sabrina e também Gabi. Vou até elas.

- Gabi, você está aqui.- falo abraçando-a.

- Amiga- ela me olha surpresa- o que você está fazendo aqui?

- Vim conhecer a família do Roger.- Gabi bate com suas unhas na taça em que ela está segurando.

- Ah é, sempre me esqueço que vocês estão juntos...- ela me olha e pensa- quem diria que vocês iriam está juntos um dia em?

- Pois é, né. Logo eu, que vivia dizendo que nunca iria ficar com ele.- Roger chega por trás e me abraça, envolvendo seus braços ao redor dá minha cintura.

- Eu consegui domar esse coração.

    A noite foi cheia de alegria, rimos, comemos e ficamos chapados. Pela primeira vez peguei um porre valendo, enfim, estou entre família... Bom pelo menos eu me sinto entre família. Agora estou deitada no colo de Roger, estamos nos balançando na rede que está no jardim, Roger olha para estrela admirando a mesma, e eu fico olhando para ele, admirando-o, como nunca pude perceber Roger? Como não percebi esse amor de pessoa que ele é! Tão carismático e generoso.

- O que você está olhando? Tem algo de errado comigo? Estou sujo?- Roger pergunta e eu nem percebi que estava vidrada em seus olhos verdes.

- Não, na verdade estou me perguntando, como não percebi esse lado seu! Como eu fui tola com você e grossa ao mesmo tempo. Eu queria poder voltar no tempo e mudar toda história, e pegar aquele tempo perdido.- Roger acaricia meu rosto com seu polegar e diz.

- Meu amor, se fosse fácil você nunca iria perceber o meu valor e eu nem o seu. Tudo é em seu tempo, nossas histórias estavam escrita desse jeito, vamos esquecer o passado, focar no agora e deixar o futuro pra lá! A vida nos mostrará com o tempo. Só quero que meu futuro seja com você... Só você- Roger olha no fundo dos meus olhos e me beija. Um beijo calmo e apaixonado.

  

Continua...