Capítulo 6

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Na terça feira, Liam acordou cedo e foi para a empresa, estacionou sua Ninja e subiu de elevador para o último andar. Ao abrir a porta viu sua secretária arrumando os papéis em cima da mesa.

- Bom dia Eunice.

- Bom dia Sr. Collins, hoje o senhor tem 2 reuniões, com o pessoal da distribuição nacional e com o comitê de organização.

- Obrigada, Eunice você sabe se o Sr. Sales chegou a empresa?

- Ele ligou avisando que não poderá comparecer, houve algum problema com a banda que vai tocar no casamento.

- Ah... tudo bem então.

Bruno trabalhava junto com Liam, ele era responsável pela área de logística, ou seja, cálculos de rotas para o transporte das cargas, vistoriando os portos, os aeroportos e as rodovias. Não era do seu feitio faltar no emprego, mas se faltava o motivo era sempre o mesmo: Tatiana.

Esperou Eunice sair e ligou para Bruno.

- Fala minha ruiva – disse o primo – a que devo o prazer de sua ligação?

- Onde você está? – perguntou Liam – Qual o problema com a banda?

- Eu e a Tati estamos aqui na produtora da banda, viemos assinar o contrato, só que ela deu um chilique, e quer por tudo que a baterista toque no dia da festa oficial. – respondeu Bruno, com uma voz cansada – O problema meu amigo, é que a moça não é da banda, ela nem toca profissionalmente, só estava substituindo o outro baterista.

- Que droga em... – Os pensamentos de Liam foram tomados pela lembrança de Alice, no dia anterior.

- É, e pior ainda, ela já está ameaçando a produtora, disse que vai pedir para o pai dela colocar horrores sobre a D'Ávila Records na revista dele. Tatiana está maluca.

- Isso ela sempre foi – riu – mas, e aí? O que vocês resolveram até agora?

- Parece que o empresário da banda é pai da baterista, e nós conseguimos uma reunião com a tal Alice. Aliás, não conseguimos, a Tati exigiu!

- Quando isso vai ser? – questionou Liam, todo curioso.

- A reunião?

- Não, o casamento do papa... – brincou Liam – a reunião!

- Só estamos esperando ela chegar. A Tati sempre consegue o que quer, e se não conseguir essa garota para tocar, não quero imaginar o que vai acontecer.

- E olha que você nem casou, ainda da tempo de fugir.

- Boa tentativa ferrugem, mas eu amo a Tati. E não vou desistir de ver você com a roupinha de bombeiro na festa, ou ganhar aquela Kawasaki. – Bruno riu com deboche – Ela chegou aqui, depois te ligo.

- Ok.

Liam desligou. Queria ir correndo para a gravadora e ver Alice, com a desculpa de que estava procurando por Bruno. Mas tudo tem seu devido tempo, e ele tinha seus planos, que começariam naquela tarde.



Alice desceu do ônibus bufando. Estava na metade do meio período de folga, dando banho no gato, quando seu pai ligou e a obrigou ir na produtora, não explicou o motivo, apenas exigiu sua presença. Ela já imaginava o que era, ele faria novamente aquele discurso de "venha trabalhar comigo" ou "saía daquele sexy shop", mas não importava, a decisão dela era sempre a mesma.

- Lu, onde está meu pai? – perguntou para a prima, que ficava na recepção.

- Ele está te esperando na sala 2.

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