Bom diaaaaa!!!!!
Bom, primeiramente, mil desculpas pelo sumiço. Precisei me ausentar por assuntos pessoais, mas enfim, estou aqui!! E para compensar, vamos postar muito, a semana toda, a qualquer hora do dia!! Fique ligado, atualize o app, dá F5... vamobora!
EDU:
Subi na moto com a afirmação dela na cabeça. "Eu também. Muito, na verdade"... É, Lú, você já era minha, e eu iria fazê-la dizer isso. Com cada letra.
Por duas vezes naquela noite tive que me lembrar do meu propósito de não correr até a casa dela e pular a janela novamente. A forma que se entregava e como se moldou em mim foi tão perfeita que eu sabia: Lú era a garota certa para mim, só faltava ela se ligar nisso. Não consegui deixar de sorrir e ficar excitado lembrando os momentos que passamos. Aquele olhar que me deu me disse tantas coisas. Ela era muito gostosa, e ainda loirinha! Balancei a cabeça, ainda rindo, quando fui atender o telefone sem fio na sala.
—Alô?
—Eduardo? ― uma voz familiar me deixou tenso. O que Bruna ainda queria de mim? Ela fodeu com a minha vida, e ainda queria o que mais?
—Bruna, o que foi dessa vez?
—Eu estou de volta ao Brasil. Preciso te ver.
—Me ver pra quê? ― esfreguei a mão no rosto, indignado, decidindo por que eu não desligava na cara dela.
—Escuta, eu não queria que fosse assim, por telefone. Eu preciso te contar uma coisa ― prendi a respiração alguns segundos tentando não soltar um palavrão.
—Bruna, eu não preciso saber de nada que venha de você. Eu já disse tudo, e você também. Vai viver sua vida, porque eu estou vivendo a minha e...
—Estou grávida ― me cortou, e eu paralisei. Fiquei mudo. "O quê?".
—Dú?
—O quê? Como? ― perguntei igual a um idiota.
—Como assim "como"? Eduardo, eu me lembro de muitas ocasiões em que isso poderia ter acontecido.
—E a porra do seu anticoncepcional? Você fez essa merda de propósito?
—O quê? Claro que não! Eu estou assustada, Dú.
—Assustada?! E qual a garantia que o filho é meu? ― "Eu não acredito nisso!" Andei de um lado para o outro como um animal enjaulado.
—Não mistura as coisas, você está sendo infantil.
—Infantil? Caralho! Você diz na minha cara que está apaixonada por outro justamente quando eu tento passar mais tempo com você, aproveitando para escolher a porra do lugar que a gente casaria, e você vem me dizer que eu sou infantil?!
—Eduardo, me escuta! ― soquei a parede na minha frente.
—Escuta você! Eu não vou assumir porra nenhuma sem fazer um DNA.
—Você está me ofendendo! Eu não saí com ele, você veio embora e tudo ficou claro. Por favor, eu preciso te ver.
—Ficou claro como? Ele te deu um pé na bunda depois que te comeu e você vem atrás do idiota que ficou com você por anos?! O que você quer? ― eu estava com tanta raiva que, se eu a visse, não responderia por mim.
—Não fala assim comigo. Eu não fiquei com ele, eu estava encantada... Mas quando ele me beijou, eu vi que era você, meu amor ― ela disse, chorando. Era uma vaca, mesmo.
—Eu não quero nada contigo, Bruna. Eu conheci uma pessoa que vale muito mais do que você jamais valeu. E sabe por quê? Porque ela é real. Ela é o que é! Sem máscaras, ao contrário de você.
—Você não pode fazer isso comigo. Eu te amo e você me ama!
—Amor? O que você sabe dessa porra? Sabe nada, Bruna. Eu nunca amei você, agora vejo isso. Tenho mais é que te agradecer por ter fodido com a porra toda, agora eu sei o que as coisas são.
—Eduardo ― suspirou.― Eu realmente estou cansada, e você está nervoso demais agora. Vou te dar um tempo. Tente processar a notícia, depois nos falamos ― fechei os olhos e respirei pesado pelo nariz. ― Você sabe que eu sou feita pra você. Ninguém te entende como eu. Aprendemos juntos muitas coisas, lembra? ― ouvindo aquilo, eu só conseguia ver, que sobre amor, estava aprendendo ainda. Pensar nisso me fazia querer ir pra Lú novamente, sem porra de fetiches, noiva, aparências ou amarras. O que eu queria era ser livre...
—Boa noite, Bruna ― desliguei, na cara dela. Eu não poderia deixá-la me manipular. Conhecia a Bruna o suficiente, sabia que era capaz de jogar.
∙ ∙ ∙
Acordei depois de meia hora de sono. O dia de trabalho foi longo, cansativo, e eu não me concentrei em nada. Nathalia passou em casa depois do telefonema de Bruna, e eu só consegui contar que ela estava de volta. Nem preciso dizer que a minha irmã odiava de morte aquela vadia, e eu não precisava piorar as coisas - eu nem ao menos sabia se o filho era meu.
Estava nublado e escuro, mas eu não me importei. Saí mais cedo e peguei a minha moto, decidido a procurar a Lú, contar toda a merda pra ela e dizer que, se ainda me quisesse, eu apostaria na gente. Estava nervoso quando cheguei à casa dela, preocupado que fosse fugir de mim. Mas eu precisava tentar. Sabia como ela era, e se eu ligasse e desse alguma indicação de que a conversa seria séria, ela podia escapar por entre meus dedos... E eu lutaria com tudo que tinha para começar uma história nova, mas ela decidiria.
—A Lú foi dar uma volta na praia, na altura do quiosque do Paulo ― a mãe dela me atendeu sorrindo amavelmente.
—Obrigado, Dona Cristina. Vou lá vê-la. Venho com mais calma depois ― me despedi com um beijo em seu rosto e subi na moto novamente. Parei no quiosque do "Seu Paulo" e sorri quando passei me lembrando de poucos dias antes. Lú era tão divertida...
Avistei sua forma em um moletom, sentada na areia com os cabelos loiros da cor do sol voando com o vento. Ela olhava para o mar, e ao mesmo tempo vi Fernando, sentando ao lado dela. Ela encostou a cabeça no ombro dele, e eu queria matá-lo... e ela. Eu era um fodido mesmo. Eram todas iguais. Não importava que não estivéssemos oficialmente juntos, eu não pagaria pra ver. Voltei no mesmo passo e subi na moto, indo embora. Porra, Lú, você não vai mudar. Nunca vai ser de ninguém... nem minha. Porra!
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AMORES DE LÚ
RomanceLuciana, mais conhecida como Lú, é uma jovem desencanada com a vida. Ela curte tudo o que pode e se recusa a se prender em um relacionamento convencional e se tornar, como ela diria, "uma menininha". Sua vida está toda no lugar e se classifica livre...