Capítulo 16

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Edu me olhou e deu o sorriso mais safado, que vi.

― Boa menina ― disse, com aquela voz rouca sexy, e andou lentamente até a porta do quarto, virando a chave. Voltou-se em minha direção, me olhando, de uma forma, que a minha vontade era me ajoelhar e ceder a todas as suas vontades... eu estava rendida, e estava adorando. Juntei as pernas e entreabri a boca, tentando acomodar a sensação de desejo que se apossou ainda mais de mim. Ele acendeu a lâmpada da escrivaninha, trazendo mais luminosidade ao quarto, e eu não pude deixar de ver o volume em sua calça jeans quando ficou totalmente de frente. Lambi os lábios em apreciação e ele parou diante de mim. Sua postura era tão dominante que eu tinha certeza que faria o que ele quisesse de mim.

—Você gosta do que vê? ― ergui o olhar para o rosto dele. Balancei a cabeça, timidamente. Estava meio que perdida. Tinha que falar ou não? Passou o indicador pelos meus lábios e eu instintivamente comecei a passar a língua, chupando aquele dedo e dando amostra do que queria fazer em outro lugar.

—Nós iremos brincar um pouco. Eu quero que me deixe dominar você ― parei. Confesso, fiquei com medo. Vai que quisesse colocar alguma coisa no meu mamilo e me pendurar no teto? Ele sorriu para minha cara.

—É uma expressão, Lú. Eu só quero que se entregue para mim. Não vou colocar nada em você, mas quero brincar. E, se for demais, é só dizer que eu paro, já disse que não sou nada disso.

—Tudo bem ― concordei e ele pegou o celular, colocando a melodia que povoava meus sonhos molhados antes de eu conhecer o meu próprio Jared Leto... O som de "Hurricane", do Thirty Seconds to Mars, inundou o quarto, e imagens sensuais povoaram minha cabeça e me deixaram mais excitada.

"No matter how many times that you told me you wanted to leave
No matter how many breaths that you took you still couldn't breathe..."

—Gostei disso ― passou a mão na barra do meu camisão de dormir. Lentamente puxou pela minha cabeça e me deixou só de calcinha. O caralho que eu abriria mão daquele homem... eu estava enlouquecendo só com as preliminares, estava ansiosa para o resto. Começou a me beijar lento ao som da música baixa, me conduzindo segurando meus quadris, até que toquei a cama. Sentou-me, ainda me beijando, e me liberou aos poucos, puxando meu lábio inferior antes de soltar.

—Quero sua boca ― ah, eu daria o que ele quisesse.

—Sim, senhor ― esticou a mão para segurar meu cabelo enquanto eu abria a embalagem que envolvia o presente de Natal... não me cansava de admirar. Era tão viril, e estava tão duro... Segurei a base com a mão e fui com a boca até onde consegui. Gemeu e eu olhei pra cima. Cerrou os olhos e continuou me observando, com aquela expressão de prazer e luxúria pura. Porra, ele não cansava de me deixar mais caída de tesão... eu gemia, lambendo e rodando a língua naquela cabeça incrível.

—Chega ― me parou, em um comando que eu não me atrevi a desobedecer. Tirei a boca e ele passou os dedos em meus lábios. ― Agora é minha vez ― declarou, me empurrando deitada na cama, e tirou rapidamente a roupa, revelando toda aquela glória. Puta merda, muito gostoso! E desceu minha calcinha... Ele prendeu a respiração segundos antes de engatinhar em cima de mim. Começou a me beijar com aquela língua pecaminosa, me deixando cada vez mais louca... perfeição. Os beijos molhados foram seguindo pro meu mamilo direito e ele começou a morder e girar a língua logo em seguida de cada mordida, repetindo no outro. Era tão bom... Vou confessar: eu estava curtindo aquela parada do Edu. Ergueu-se e me pediu uma venda. Eu tateei a gaveta do meu criado-mudo e achei uma que a Ana Paula me deu no meu aniversário: era num tom rosa bem forte, com estrelas brancas desenhadas no lugar dos olhos. Ele sorriu e colocou nos meus olhos, me deitando novamente. Suas mãos entrelaçaram nas minhas e ele as ergueu acima da minha cabeça, até que eu senti a cabeceira da cama.

AMORES DE LÚOnde histórias criam vida. Descubra agora