Capítulo 28

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Depois do exílio internético da semana passada, voltei hahaha <3


― Como é? ― Eu estava chocada.

― Isso que eu disse, Lú. Tudo mentira. ― Flávia repetia pra mim, e eu pisquei novamente. Tudo bem, eu imaginava que a vaca era ardilosa, mas saber com certeza era diferente. Uma novela se desenrolando na minha frente.

—Foi mais fácil do que a gente pensou ― Vivi disse e eu sorri. As abracei. Na boa, não me levem a mal, mas nunca na vida alguém terá amigas melhores do que as minhas. Fato.

—Quero saber tudo! Me contem tudo! ― me sentei na minha cama, e elas fizeram o mesmo.

—No dia em que você ligou pra gente, dizendo que a Nathalia queria ajudar... ― Vivi começou e eu a parei.

—Nathalia está nessa? ― as duas balançaram a cabeça e Flávia exclamou.

—Cala a boca! Deixa a gente falar. ― eu só conseguia sorrir e acenar. Vivi continuou.

—Então... peguei o telefone dela com o Felipe e ela topou na hora. Nos encontramos e almoçamos juntas, perto do escritório dela. Ela contou que não era muito fã da Bruna, e que depois do que aconteceu em Amsterdã, teve certeza que ela não prestava. Ficamos confabulando como iríamos começar quando me partiu a ideia... Ana Paula trabalha no laboratório da cidade, certo? ― ela me perguntou e eu me bati. Como não lembrei disso? Burra. Estava adorando o caminho da história, e só acenei. Flávia tomou a vez e continuou.

—Liguei para Ana. Ela disse que estava trabalhando, e partimos até lá. Conversamos com ela e falamos, por alto, o que tinha acontecido, e que a gente precisava da ajuda dela. Não podia fazer muito. Disse que só consultaria os cadastros, mas não ia mostrar nada pra gente. Nathalia disse que era advogada e que estava tudo bem. Ela pesquisou o nome completo da vaca que a Nathalia deu... Acredita que o nome dela é "Bruna Sardinha Fonseca"? Tipo, podia ser Bruna Piranha, é tudo peixe mesmo. ― Flávia começou a viajar e eu revirei os olhos. Ela riu e Vivi continuou.

—Ela disse que não constava esse nome no sistema nos últimos cinco meses que consultou. Sentimos o negócio esquentando. Mas acontece que ainda tinha o outro laboratório e o laboratório do hospital, então, partimos com a indicação da Ana de procurar um tal de Rogério, que trabalha em ambos. O achamos no outro laboratório. O rapaz até que era bonitinho... Flávia usou seu poder e lábia, tipo... Igual naquele dia com o porteiro, e ele disse também que não tinha ninguém com esse nome no sistema dele. Tava muito bom, de verdade. Decidimos voltar pra casa e combinamos que íamos no dia seguinte no hospital. Mas então você chegou aqui à noite, bufando de raiva, dizendo que o Edu tinha ido atrás dela. Ficamos meio perdidas, e aí que a Nathalia entrou, com tudo... ela desenrolou o resto.

..."No dia seguinte, quando você saiu cedo e depois vimos o Fernando arrebentado e fomos te contar, recebi uma mensagem da Ana. Ela disse que o tal do Rogério estava de plantão no hospital. Fomos lá e o encontramos. Nathalia não atendia ao telefone... Não sabíamos do acidente do Edu, e não nos encontramos lá. Voltamos pra casa com a pulga atrás da orelha, e o tal homem não quis mostrar nada pra gente. No dia seguinte, eu fui no Felipe para ver se me dava o telefone do escritório da Naty ou outro, e ele contou do acidente. Essa parte você sabe..."

Ela me olhou e eu nem pisquei. Minhas amigas eram terríveis.

—Caramba... Mas, então, como confirmaram isso? ― perguntei.

—Aí que a Nathalia entra. Ela ficou no hospital e mexeu os pauzinhos dela. Quando eu fiquei te esperando, ela me contou por alto que viu o Rogério, quando ele foi recolher sangue para uns exames no Edu, e ela o pressionou. Usou aqueles termos de advogada... ela jogou no escuro, disse que já sabia. E sabe como é... sabe blefar. E o cara caiu e contou que fez o exame do hospital, usou o de outra pessoa e alterou os dados.

AMORES DE LÚOnde histórias criam vida. Descubra agora