Capítulo 15

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LU

Gemi, colocando o travesseiro no rosto. Não adiantou muito. O barulho irritante continuou. Virei-me e olhei o relógio: 04h10min da manhã. Escutei o barulho novamente e franzi o cenho, olhando na direção de origem: minha janela: Edu! Levantei em um pulo antes que ele acordasse a casa inteira, abri a janela com o rosto amassado e ele estava lá, lindo, com um olhar cauteloso. Não consegui dizer nada. Porra! Quando se tratava dele, isso era bem comum.

—Posso entrar? ― disse sério, com sua voz mais baixa. Não era um sussurro, mas mesmo assim me fez ter um arrepio. Estava com saudades dele entrando... afastei-me e pulou minha janela. No instante seguinte, me puxou e me abraçou, beijando meu cabelo.

—Eu esperaria até amanhã cedo pra vir atrás de você, mas vi sua mensagem ― me afastei para olhá-lo.

—Você viria aqui? ― já queria sorrir igual a uma idiota. Ele iria vir atrás de mim!

—Conversei com a Bruna ― meu sorriso sumiu. Fiquei petrificada. Ódio mortal daquela vaca. Me puxou para nos sentar na cama e se virou de frente para mim, dobrando uma perna, assim como eu.

—Eu fui lá. Estava disposto a arrastá-la até um médico, qualquer coisa dessas. Mas, quando cheguei, ela estava de tolha e ficou nua na minha frente ― disse, me olhando fixamente, e eu acho que vi vermelho. Levantei-me num pulo e me forcei para não gritar. Que merda, eu queria berrar! Mas não queria meu pai com a espingarda ali.

—Você fodeu com ela? ― levantou-se no segundo que pronunciei e me agarrou, segurando meu pescoço me fazendo encará-lo.

—Não, Lú. Eu só quero você, e eu só desejo você. Isso que ela fez só me lembrou o que você disse, e eu me toquei que eu era...

—Burro? ― completei, com uma menção de sorriso em meu rosto. Ele sorriu, mas lentamente seu sorriso se transformou e seu olhar queimou o meu. Eu sabia que estava diante de outro Edu...

—Você não deveria dizer coisas assim ― encostou a boca no meu ouvido, e daquela vez ele sussurrou: ― Estou me fodendo que alguém vá te escutar. Vou te ensinar a ser uma boa menina ― me advertiu e mordiscou a ponta da minha orelha, me mandando arrepios no corpo inteiro. Eu gemi e senti minhas pernas amolecerem quando passou aquela mão grande por minha coxa e subiu por baixo do meu camisão de dormir, puxando a calcinha para o lado com dedos hábeis e roçando meu clitóris de leve antes de meter um dedo. Gemeu no meu pescoço, junto comigo.

—Também senti saudades ― disse contra meu pescoço e subiu a boca até parar perto da minha, mordiscando meu lábio inferior. Sua mão estava segurando firme na base do meu pescoço, com dois dedos me penetrando ao mesmo tempo em que ele começou a me beijar – daquela forma louca e sensual do Edu beijar. Caralho, eu já estava latejando de vontade, eu precisava dele.

—Por favor... eu quero muito, Edu ― implorei, quando liberou minha boca e a mão do pescoço e envolveu meu seio, apertando por cima do tecido.

—Eu sei. Eu também.

—Por favor...

—Por favor, o quê? ― ah, caralho, eu tinha que dizer... Essa adaptação de foda com pegada me deixaria de joelhos. Perfeito, rendida... foda-se.

—Por favor, senhor.

AMORES DE LÚOnde histórias criam vida. Descubra agora