Paralisada

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[ 20 de maio, Segunda feira, de 2022 / Casa de S/n  ]

19:30

Matar alguém em um lugar público, para alguém normal, sem ser pego, é praticamente impossível.
Mas para alguém com poderes espirituais não.

Aquela idiota. Vadia. Vou tirar a coisa mais preciosa pra ela. Pouco à pouco, ela não terá nada.
Absolutamente nada.

Me levantei da cadeira e me virei para a janela do quarto. Abri as cortinas e os vidros, sentindo o vento tocar meu rosto e balançar finos fios do meu cabelo.

— Risan Gentei!

Uma luz abrangiu do meu amuleto, fazendo-me ficar invisível.

Isso vai ser divertido.

(...)

O restaurante onde o Senpai foi não era tão longe. Era uma Cafeteria estilo francesa.  Mesinhas redondas com porcelana francesa... Típico. Algo que normalmente me faz ter um certo nojo. Algo muito clichê. Muito menininha. Muito romântico.

O Senpai é meu. E eu não vou permitir que um sorriso consiga drenar-lo.

Eu observava calmamente ao lado do meu Senpai, o fluxo da relação entre eles. Eles conversaram sobre coisas aleatórias, nada que comprometesse minha relação com meu Senpai. Acima de tudo, eu tinha que ser extremamente cautelosa, aliás, um passo em falso e eu nunca conseguiria declarar meu amor ao Senpai.

Eu o amava. Eu tinha certeza. Eu não quero perde-lo. Ele é uma das coisas mais importantes pra mim. Não como um objeto. Como alguém especial. Alguém insubstituível.

Em alguns minutos, a garçonete chegou e anotou os pedidos deles. Seu cabelos eram róseos e me lembravam uma garota que odiava bióloga e queria ser amiga de uma assassina.

Pena que ela seguiu o caminho  errado.

Segui a  garçonete até sua área de serviço onde ela deixou os pedidos, na cozinha. O cozinheiro veio analisou o papel com indiferença e preparou dois capputino é um pequeno Red Velvet.

O Red Velvet era do Senpai e o capputino era da Asu Rito.

Me aproximei do pedido enquanto ninguém estava perto e coloquei um pouco ou muito de laxante intestinal de 1000mg. Isso vai dar uma bela dor de barriga. Mas isso não vai mata-la. Eu planejei muito mais que isso. Algo muito maior. Ela vai desejar nunca ter nascido e eu vou fazer o Senpai se afastar dela.

Passaram alguns minutos até que Asu Rito levou suas mãos até seu abdômen e fez uma careta.

Senpai: — Está tudo bem, Rito-chan? - Perguntou num tom preocupado.

Asu Rito: — Um mal-estar... Eu vou ali no banheiro e já volto. - Falou tentando dar um sorriso enquanto fazia uma careta involuntária, o que a deixava meio estranha.

A segui a até o banheiro e  vi a mesma se apoiar ambas as mãos na pia enquanto encarava seu rosto contorcido de agonia no amplo espelho do banheiro.

Ela ficou parada. Parada por alguns minutos. Peguei uma seringa que continha um líquido meio transparente e apliquei nela que apenas sentiu a pontada da agulha, já que não podia me ver de modo algum.

Ela passou as mãos pelo local, mas eu usei uma agulha extremamente fina, que por obséquio, não deixaria marca alguma.

Ela tentou mover-se mas suas pernas não se moveram. Elas fraquejaram. Ela caiu no chão com o efeito do conteúdo da agulha. Nada mais nada menos que botox modificado. Botox em feridas abertas e em alimentos provocam paralisia. Esse botox modificado, faz o mesmo, sendo injetado no organismo, com uma velocidade notável.

My Senpai...Onde histórias criam vida. Descubra agora