❝Memorias❞

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Eu estava apressada para poder falar com meu pai... Falar com ele é algo raro, mas sempre que isso acontece... Várias memórias vem à minha mente...

Minhas memórias mais antigas...

Eu me lembro... De médicos, hospitais, exames... Eu era... Quebrada.

Os médicos tentavam me consertar... Meus pais tentavam me explicar o que havia de errado comigo... Eles tentavam me explicar, o que me tornava diferente das outras crianças... Eu não entendia.

Eu ouvia os médicos admitirem que não podiam me concertar... Eles disseram que eu nunca serei  uma criança normal... Ou teria uma vida normal.

Conforme eu cresci (7 anos), eu acabei por entender o que havia de errado comigo... Eu via as outras crianças ficarem felizes, tristes, bravas... Mas... Eu nunca senti essas coisas... Eu só  me sentia... Vazia, pouca, incompleta...

Meu pai, naquela época, queria me ajudar desesperadamente. Mas minha mãe... Ela não tava nem um pouco preocupada. Ela não estava preocupada comigo... Afinal de contas, ela disse que era exatamente como eu quando criança. Ela me disse que algum dia eu ia conhecer alguém em especial que me faria sentir completa.

Meu pai não queria ouvir as palavras da minha mãe. Ele queria uma criança normal mais que tudo no mundo...

Ele tentou de tudo pra me fazer feliz... Mas... Nada funcionou.

Eu nunca me senti... Feliz. Mas eu senti... Pena. Eu senti pena do meu pai é do homem que ele se tornou. Ele cada vez mais se afundava em vícios. Eu não que queria que ele se preocupasse mais comigo... Então, eu comecei a agir como as outras crianças. Eu comecei a fingir ser normal.

Meu pai estava feliz. Nós finalmente nos tornamos uma família normal. Mas... Eu acho que ele sabia, do fundo do seu coração... Que eu só estava fingindo.

Ah, na escola primária? As outras pessoas me maltratavam. Eles me tratavam mal por eu ser estranha para eles. Aquilo era... Inconveniente.

Eu descobri que se eu queria ser tratada devidamente eu teria que agir como as outras crianças. E eu comecei a fingir ser normal. Então os mal-tratos pararam.

Eu aprendi que tudo era mais fácil se eu me esforçasse para agir como uma criança normal. E eventualmente, eu estava fingindo ser normal quase todas as horas... De todos os dias.

Eu fingi ser amiga das pessoas. Eu fingi ter hobbies. Eu fingi me importar quando tragédias aconteciam.

Mas era tudo falso. Eu não sentia nada. A única coisa que eu sentia era um vazio.

Um pouco mais tarde (12 anos), em uma noite de sexta feira, eu havia acabado de chegar da escola.

Meus pais... Estavam brigando. Meu pai estava bêbado... O principal condutor daquela discussão era... O fato da minha mãe ter matado uma colega de trabalho íntima do meu pai. Ele não estava pensando bem... E estourou a garrafa vazia de vodka na cabeça da minha mãe. E sem perceber minha presença... Ele a matou.

Quando percebeu que eu estava ali e o que ele havia feito... Ele me pediu perdão... Incontáveis vezes. Mas... Eu não sentia nada. Apenas o vazio de sempre.

Quando eu envelheci (17 anos), eu fiquei recentida com a minha condição.
Eu queria sentir e experimentar a vida como as outras pessoas. Eu queria sentir alegria, tristeza... Eu tentei de tudo que eu podia fazer para sentir algo... Para sentir... Alguma coisa... Qualquer coisa.

Mas... Nada funcionou. Não importava o que eu fizesse. Não importasse o quão estremo... Eu não conseguia sentir nada.

Os conselhos da minha falecida mãe sempre vinham à minha mente...

“ Um dia você vai conhecer alguém em especial que vai te fazer sentir completa „

Eu pensava naquelas palavras o tempo inteiro. Era a única coisa que me fazia levantar... A única razão que eu tinha para viver... Conhecer a pessoa que iria me salvar... Que iria me consertar... Me completar...

E então... Naquele dia... Na nova escola... Eu o encontrei...

E eu não posso perder ele... Eu devo proteger ele... Eu devo torná-lo MEU... E não posso deixar ninguém tira-lo de mim... Eu preciso dele. Ele é tudo... Ele vale tudo. Qualquer coisa... Qualquer sacrifício... Só ele importa... Ninguém mais importa...

ELE SEMPRE SERÁ MEU.

Ele não tem a escolha...

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[ Jutsu de invocação! ]

Hi~

Gente, o vídeo original tá lá em cima caso não tenham percebido... E essa é minha versão do passado da Yandere Chan. Embora não tenha mudado muita coisa, esse capítulo é importante.

Créditos do vídeo: fanduba o sanduba

Bye bye bye bae!

[Jutsu de transportação!]

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My Senpai...Onde histórias criam vida. Descubra agora