Oque um amor pode suportar?
Brigas, mentiras, decepções, mágoas, ex's revoltadas, não-aceitação da família, além disso. Vale a pena se machucar pela pessoa amada?!
Amor é algo único e inexplicável, e Maelle sabia disso.
Suas poucas experiências co...
Agora são 6:13 da manhã desde 5h estou acordada. Perdi o sono , todos estão dormindo e eu estou aqui observando o sol nascer,pensando em tudo que vivi aqui no Rio, todas as brincadeiras e brigas quando criança. Um filme de tudo passava pela minha cabeça e eu estava realmente triste por aquilo, não que eu me importasse. Em NY ou aqui eu seria a mesma e faria as mesmas coisas mas é que foram tantos momentos bons que marcaram minha vida e está sendo bem difícil me despedir. Estou perdida em um mar de pensamentos até que alguém aparece ao meu lado.
- Está sendo difícil se despedir né meu amor?- Minha mãe estava com uma xicara de café para ela e outra para mim. Ela estendeu a sua mão em minha direção oferecendo e eu aceitei. Óbvio!
- Aqui está minha vida. -Bebo um gole.
- Mais lá você começará uma nova vida ao lado de sua vó do seu primo e de todos nós Maelle. Você nasceu lá! Lá é seu lugar.
- Ah para né mãe, não é pq nasci lá que eu tenho que ir pra lá, além disso eu não tenho nenhum amigo lá.
- Mais pode fazer, olha só. Eu e seu pai...- a interrompi.
- Ele não é meu pai- Reviro os olhos.
- Ah, idai?? Continuando, eu e o HUGO estamos querendo o melhor a vocês duas, você viu oque aconteceu ontem, estamos indo tarde já.
- Mãe eu posso comprar minhas roupas lá, não quero arrumar as malas.
- Ah mais você vai fazer os 2, arruma só o necessário e compraremos o resto lá, preguiçosa. E trata de ir fazendo isso logo viajaremos as 9. - diz e se levanta.
Eu me levanto também e a acompanho, subo até meu quarto e começo a arrumar minhas coisas, pego algumas roupas, calçados e os acessórios que eu mais gostava parece simples mais me gastou um bom tempo. Em meio daquilo tudo vejo meu colar da metade de um coração escrito "best" e eu fração de segundos me lembro da pessoa que estava com a outra metade escrito "friends". Coloco ele na escrivaninha e vou para o banho, tomo meu último banho naquele banheiro privilegiado no qual eu tomei tantos banhos na vida . OK, ISSO AI JA ERA DRAMA.
Pego um roupa que havia separado para a viagem. Visto e calço meus tênis também separados para a viagem.
Roupa escolhida:
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Penteio meu cabelo, Respiro fundo e saio do quarto descendo rapidamente as escadas em direção a porta, com já estava um pouco encima da hora da viagem eu vou correndo despedir da Mika, mais chegando lá vejo que a Mika não esta, triste eu volto para a casa. Quando entro vejo minha única mala já na sala e minha mãe eufórica descendo as escadas.
- Que bom que você já está aí, pode levar sua mala lá pra fora? - disse indo para a cozinha.
Pego minha mala e coloco fora de casa e sento em cima dela, já são 8:40.
- SE VOCÊS NAO VIEREM VAMOS PERDER A VIAGEM E EU NÃO ACHARIA RUIM. ENYAO DEMOREM O TANTO QUE QUISEREM, VOCÊS SÃO OS DONOS DO AVIÃO, NAO É MESMO? - Grito.
- Maelle, não prescisa gritar, já sabemos- minha mãe me depreende.
Quando ela termina de falar Hugo já havia tirado o carro da garagem e a Diane já estava dentro, só que não iríamos no carro do Hugo porque não havia espaço. A Diane estava levando o rio inteiro dentro das malas.
- Mãe avisa pra ela que NY tem lojas, e que não prescisa disso tudo. - Arqueio as sobrancelhas.
- Ah, deixa ela. Vamos no meu carro. A Luana vai com a gente para voltar dirigindo meu carro.
Luana era a amiga da minha mãe. E mãe da Mika.
- Tudo isso por causa da Diane, eu MEREÇO. - entro no carro.
Passamos na casa da Luana e pra minha surpresa a Mika iria junto com a gente. Me alegro.
- Impressionante como a presença da Mikaele faz a Maelle mudar de humor. - diz minha mãe, inoportuna como sempre. Ignoro ela.
- Mika, agora há pouco passei na sua casa e você não estava. - digo. - Eu...eu, bom estava na praça. - Disse e eu a olho com um olhar. " Não mente que eu te conheço."
E ela me olha desesperada e eu saco oque que tinha acontecido.
- Bom, fui lá esparecer um pouco. - sorriu.
- Ah, entendo!.
Ela me trocou por um encontrinho pela manhã com o Miguel, bom. Eu fiquei um tanto chateada mais esqueci aquilo por minuto e optei por aproveitar o tempo com ela. Chegamos no aeroporto e tinhamos 5 minutos para embarcar, tempo apenas para um . "Tchau, vou ficar com saudades e me liga quando chegar lá" é um mísero abraço. MALDITA DIANE.
Minha mãe se despede da Luana e vejo lágrimas no rosto da Mika. Se eu não estivesse chateada com ela eu até sentiria dó.
Embarcamos e fomos os últimos por sinal, todos nós olharam com caras feias. Me sentei na poltrona que marcava o cartão de embarque e ao meu lado havia um menino, nada sociável. Aí vocês me perguntam.
" Ah Maelle, como é que você sabe que ele não é sociável sem ao menos o conhecer?"
Não precisava ser nenhum Einstein da vida para perceber que alguém com fone nos ouvidos e que estava finjindo estar dormindo, não ser sociável. Além disso ele é um péssimo ator.
Já iniciamos o voô a uns 15 minutos e a música daquele menino estava incomodando de tão alta que estava, ele ouvia um rock pesado, até bom mais que estava me irritando com os passar dos segundos. Não aguentaria ouvir aquilo mais.
- Você acha que se você quer estragar seus tímpanos, tem que fazer isso com os tímpanos de outras pessoas também? Você poderia abaixar Por favor?- Digo, mais ele parece nem ouvir e olha que eu até fui educada.
-Tô falando com você!!!.- mais uma vez a tentativa foi falha.
Eu já estressada e não suportando aquele rock mais em minha cabeça puxo bruscamente o cabo do fone do celular dele. Fazendo a música desligar automaticamente.
- Bem melhor-digo e suspiro.- Como silêncio é bom!- Começo a observar a paisagem pela janelinha do avião.
- Sua mãe não te deu mínima educação não?. - diz o ser não identificado com uma voz firme.
- A minha me deu sim, pelo jeito a sua é que não te ensinou que atrapalhar o sossego alheio também é uma falta de educação. - Digo ainda olhando pela janela.
- Era só pedir que eu abaixava. Sua Má educada. - Bufa.
- Eu até tentei, mas você parecia estar em outro mundo. - viro o rosto o olhando com a cara bem fechada.
- Sim, eu estava em outro mundo. Não só estava como sou!!!, Porque? Tem algo contra?- Ironiza e sorri.
- Talvez tenha sim, nunca me simpatizei com Et's.- Reviro os olhos.
- Me deixa ouvir minha presciosa música? EM PAZ?- Diz dando ênfase nas últimas palavras.
- Pode fazer oque você quiser, não me incomodando, ficará tudo bem. - pego o livro que eu estava lendo a um tempo atrás e começo a ler em busca de passar o tempo.
Ele liga a música novamente mas dessa vez mais baixa, quase nem se dá pra ouvir. Eu agradeci mentalmente e continuei a leitura....
