Demônio violento

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CAPITULO 17 - Fighthing

Lis segurou-se para não gargalhar diante da expressão apática do príncipe assim que o médico afirmara a sua virgindade e por um segundo viu se questionando o motivo de ter feito aquilo. O motivo de estar se esforçando para mostrar o quão errado o príncipe estava.

Talvez eu só queira entende-lo.

Pensou ao entrar no carro ao seu lado em silencio. Michael não falara uma palavra desde que recebeu o veredito, e ainda assim mantinha a sua expressão impassível. E a última coisa que a jovem desejava era puxar conversa com ele mesmo sabendo que poderia tripudiar em cima de seus argumentos naquele instante.

— Deve ser a primeira vez que encontra uma prostituta virgem, não é? – Lis se viu tripudiando em cima sem ao menos hesitar. – Como é a sensação de descobrir estar errado?

— Isso apenas mostra que não está fazendo orgias com todos no palácio – Respondeu sério ao continuar dirigindo tentando não olhar para a jovem sentada ao seu lado.

— Nunca vai dá o braço a torcer – Percebeu ao bufar levemente. – E como pretende me destruir agora? Sou inocente, príncipe sádico.

— Ninguém é inocente – Rebateu ao fazer uma curva muito fechada fazendo com que Lis o encarasse perplexa – Não sou suicida – Disse ao olhar de relance para ela, e por algum motivo Lis percebeu o modo como a voz de Michael havia modificado por um breve segundo.

Tristeza? Raiva? Ressentimento?

Que sentimento foi esse?

Questionou-se ao olhar para o retrovisor, estranhando o modo como um carro vermelho estava exageradamente perto deles.

— É normal o carro estar tão perto? – Perguntou ao olhar para Michael, estranhando o seu sorriso largo. – Quero dizer, ele está perigosamente perto – E assim que terminou de fala sentiu seu corpo ser empurrado para a frente devido ao impacto da batida. O carro vermelho havia batido na traseira do carro – O que esse idiota está fazendo? – Gritou.

— Ele está me divertindo – Michael sorriu exibindo suas covinhas ao acelerar, sempre olhando pelo retrovisor, enquanto desviava dos demais carros. A situação o deixava excitado, fazendo-o lembrar dos momentos em que esteve no exército. Dos momentos antes de tudo ruir. – Meu pai não deve ter falado, mas por sermos ricos ás vezes sofremos atentados.

— Atentados? – Repetiu assustada ao segurar o cinto de segurança com força. – Agora estou em perigo por ter ficado sua noiva. – Constatou perplexa.

— Achou que Sebastian estava ao seu lado para flertar? – Meneou a cabeça – Ele estava ao seu lado para protege-la. E por incrível que pareça não apenas de mim.

— Mas você não tem nenhum segurança.

— Meu pai acha que eu não preciso. Aquele desgraçado – Falou ao fazer mais uma curva fechada, enquanto retirou o celular do bolso. Com uma mão segurou o volante e com outra apertou uma tecla da discagem rápida – Sou eu, estou sendo seguido. Carro vermelho, placa XSD 09 SJU 78. Estou próximo a rodovia principal, entrando em um terreno, vou ativar a localização. – Desligou no segundo seguinte – Vamos ter companhia logo, mas acho que eu deveria brincar um pouco com a pessoa que está tão interessada ao ponto de me perseguir. – Parou o carro abruptamente ignorando os pedidos de Lis. Abriu a porta, estralando as mãos e sorrindo ao ver dois homens descerem do carro vermelho. – O que acha de vir me pegar? – Michael gritou ao olhar para os homens. Eles se entreolharam seguindo em direção ao príncipe. Lis continuou incrédula, sentada no carro até arrepender-se e sair. A cena era surreal.

DARK - Amor Sombrio (Degustação até junho ou julho)Onde histórias criam vida. Descubra agora