Lis entrou no apartamento seguida de Michael e por mais que quisesse fugir, se viu tentada a enfrenta-lo. Ela passou uma hora no escritório com Sebastian fazendo a sua segurança afim de evitar algum escândalo. A única coisa que ela desejava era se afastar de Michael, definitivamente. Se afastar daquele mundo que ela não quis entrar.
Um suspiro escapou de seus lábios assim que escutou a porta ser fechada, e escutando a sua intuição, se viu andando sem olhar para atrás em direção ao quarto. Ela pensava minuciosamente sobre os objetos que enfeitavam o quarto, buscando algo que pudesse lhe ajudar e ase defender do sádico.
— Onde pensa que vai? – Michael falou ao jogar as chaves que segurava no chão. O barulho fez a jovem parar e olhar para trás. – Realmente achou que iria fugir. Sou um homem de palavra.
Lis segurou o tecido do seu vestido com força ao olhar para os lados. Ela odiava sentir medo daquela forma. Sentir-se vulnerável e fraca, mas Michael parecia ser um mestre quando o assunto era lhe deixar daquela forma.
— Vai me bater, presumo.
— Bater? Não – Negou ao avançar em sua direção ao ponto de Lis andar para atrás assustada e sentir a parede em suas costas. O modo como Michael a olhava, como um animal faminto, a fez engolir em seco – Está sentindo o medo? É isso que quero gravado em sua mente. Não cometa erros e nem me faça parecer um idiota. Eu posso mata-la, e sabe o motivo? Você não é ninguém, e é por isso que posso fazer o que desejar.
— Você é um desgraçado – Murmurou ao encará-lo.
— Sim, sou um doente desgraçado – A corrigiu ao esboçar um sorriso frio – E o que pretende fazer agora?
— Ficar o mais longe possível – Falou antes de sorrir. Chutou Michael no meio das pernas e o empurrou, afastando-o. Ao passar pelas chaves, se abaixou e correu em direção a porta. Lis não pensou ao abri-la, afastando-se o máximo possível do seu noivo. Ela o temia e tinha certeza que quanto mais afastada ficasse, seria mais tempo viva.
Assim que entrou no elevador, viu o seu rosto avermelhado e o olhar repleto de pânico. A alça do vestido estava levemente caída, e inconsciente desarrumou o cabelo.
O que é isso tudo? Esse cara é um doente.
Pensou no momento em que as portas se abriram, e se viu andando em direção a única porta em todo o andar. Apertou a campainha e esperou até ver o olhar da pessoa que esperava poder ajuda-la.
***
Sebastian entregou a xicara de chá para Lis tentando não prestar atenção ao modo como seus olhos exalavam desespero. Ele se sentiu incomodo ao modo como estava vestido, apenas uma calça de moletom, exibindo seu físico e as poucas cicatrizes que conseguira ao defender o rei em diversas ocasiões.
— Ele a atacou? – Sebastian finalmente perguntou desde que Lis batera em sua porta. Ele não havia dito nada apenas a deixou entrar e a colocou sentada no sofá. Ele sabia que em situações como aquela, o melhor seria deixar que ela falasse por contra própria, sem pressioná-la.
— Ele é um monstro – Murmurou ao olhar para a xícara em suas mãos – Como alguém como ele ainda não está preso?
—Não é como se ele tivesse matado alguém – Desviou o olhar demonstrando desconforto. – E o rei costuma abafar qualquer confusão que ele faça.
— É claro, afinal aquele desgraçado é um príncipe – Respondeu – Eu não posso fazer isso. Não posso ficar morando com alguém que vai tentar me matar.
— Ele não a matará – Prometeu extremamente sério – O Príncipe Michael possui alguns problemas, mas jamais a mataria.
Ela sorriu com escarnio ao balançar a cabeça em sinal negativo. Para Lis, Sebastian era alguém cego pela realeza e por mais que ele enxergasse o obvio, temia conectá-lo a realidade. Sem nada falar, levantou do sofá e entregou a xícara a ele.
— Eu realmente tenho pena de pessoas como você – Falou ao ir para a porta. Ela sabia que sua única chance seria enfrenta-lo e mostrar que ela não era fraca e que não seria intimidada por ele.
Só espero sobreviver.
***
Michael passou a língua pelos seus lábios lentamente ao escutar o barulho da porta. O seu quarto estava no completo breu, e se viu sorrindo ao perceber que ela havia retornada. A maciez da cama o fez recordar do modo como o pescoço dela era suave, e em como seus olhos sempre se assustavam ao lhe ver.
O príncipe sádico, se divertia ao ver o modo como a sua noiva lhe mantinha entretido ao machuca-lo, xingá-lo e não se submeter a ele. A cada palavra ou gesto, via como uma nova fase do jogo que compartilhavam.
Vamos nos divertir
Pensou ao se levantar da cama ao passar a mão pelos cabelos, bagunçando-os levemente. Andou silenciosamente pelo quarto até abrir a porta e sorrir diante do olhar assustado de Lis. A jovem se encontrava prestes a entrar em seu próprio quarto quando ele a encurralou. O modo furtivo como Michael a encarou, a fez prender a respiração. O príncipe a olhava sem hesitar e com um perverso sorriso em sua face.
Sem nada falar, Michael deu um passo a frente segurando o pulso de Lis, puxando-a de encontro ao seu corpo em seguida.
Lis sentiu a mão de Michael pressionando o seu pulso, seus olhos foram em direção ao pulso e em seguida ao sorriso maquiavélico do príncipe. O medo a fazia tremer ao sentir o corpo dele próximo ao seu. Lis não desejava ser morta.
— Não faça isso... – Lis murmurou assim que seu corpo foi puxado em direção ao quarto dele. E em um único movimento, Michael a empurrou em direção a cama, fazendo-a cair sentada sob o colchão. – O que pretende?
Michael apenas sorriu ao avançar, colocou suas pernas no meio das dela, forçando-a a abri-las. E rapidamente, deitou sob Lis, tocou o seu cabelo levemente.
— A minha noiva fugiu depois de me bater. Isso me deixa triste, sabia? – Segurou uma mecha do cabelo com suavidade – O que deveríamos fazer para puni-la?
— Vá para o inferno. Sádico desgraçado – Esbravejou ao tentar lutar contra ele, mas percebeu ser inútil.
— Irei quando me acompanhar, já que vender a sua alma para o meu pai foi fácil.
— Do que está falando?
— O que acha? – Sorriu – Realmente acha que eu acredito que não fez nada para ganhar essa posição? – Segurou o rosto dela com força – Que não fez nada para ser a minha esposa?
Lis piscou confusa ao olhar para o ódio que exalava de seus olhos.
— Eu não sei de nada – Murmurou ao segurar a mão de Michael, tentando se soltar dele. – Eu não sei de nada – Repetiu ao encará-lo. – Largue-me.
— E agora pede clemencia – Gargalhou ao aproximar o seu rosto – Será o meu cachorrinho até que tudo isso acabe, entende? Não gosto de vadias que fazem tudo por fama e dinheiro.- A soltou se afastando – Saia desse quarto. Não quero ser contaminado com a sua promiscuidade. E não tente dormir com Sebastian, não quero trocar de segurança.
Os olhos de Lis se mantiveram fixos no teto, enquanto tentava acalmar suas emoções e esperar o seu coração parar de bater tão rápido. Ela havia imaginado que seria morta pelo príncipe, mas acabara descobrindo que ele a odiava por pensar que ela havia sido culpada para prende-lo. Lis não conseguiu se mover por alguns segundos até se levantar com dificuldade.
— Você é realmente doente – Murmurou ao passar a mão pelos cabelos e o rosto em seguida. – Nem todo mundo é um lixo como você e a sua família – Falou ao passar por ele, saindo do quarto o mais rápido que conseguiu.CONTINUA...
E agora gente?? Eu tô aqui super torcendo pra Sebastian kkkk
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DARK - Amor Sombrio (Degustação até junho ou julho)
Roman d'amourMichael August Stone pertencia a família real e mesmo que muitos o odiasse e o desprezasse precisavam manter a educação e sorriso na face ao se dirigirem ao segundo príncipe regente. Mesmo que o príncipe fosse um sádico e imoral. Todos conheciam a r...