O abraço do demônio

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CAPITULO 27 - Hug 

Lis respirou fundo assim que fechou a porta do apartamento antes de olhar cuidadosamente para a sala, pois queria ter certeza de que estava sozinha. Ela havia passado o restante do dia na universidade, estudando com Katy e mesmo assim a imagem de Michael ainda estava constante em sua mente. Por mais que ela tentasse, não conseguia parar de pensar nele. As cicatrizes que viu em suas costas surgiram em sua mente, fazendo-a ter vontade de tocá-las, apenas para sentir a profundidade delas. Ela queria ter ideia do quanto ele havia sofrido. Ela começava a sentir vontade de ajuda-lo. Abraçá-lo e falar que tudo ficaria bem.

O que estou querendo?

Pensou ao trancar a porta antes de ir em direção ao seu quarto, mas assim que andou no corredor viu a luz do seu quarto acessa. Andou o mais devagar que conseguiu até parar na soleira da porta, se deparando com Michael sentado em sua cama olhando-a. Ele usava uma blusa de malha realçando o seu corpo, uma calça de moletom e mantinha suas mãos apertadas uma contra a outra.

— Resolveu aparecer – Michael falou sério ao encará-la de cima a baixo – Por qual motivo não atendeu minhas ligações?

A pergunta fez Lis revirar os olhos antes de se encostar na soleira da porta. Ela deixou a bolsa cair no chão antes de cruzar os braços em frente ao corpo.

— Estou esperando uma resposta.

— Não tenho uma – Respondeu séria – E o que está fazendo no meu quarto?

Michael sorriu levemente exibindo suas covinhas ao se levantar, dar alguns passos e parar em frente a Lis.

— Curioso sobre o motivo de minha noiva me ignorar – Falou ao erguer a mão, tocando em seu braço com delicadeza, em uma caricia leve. – E então?

Lis manteve os olhos fixos nos de Michael ao mesmo tempo em que se viu tendo dificuldade para engolir a saliva. De alguma forma, aquela situação a deixou ainda mais desconcertada.

— Eu estava estudando, não tinha motivos para atender suas ligações – Murmurou ao desviar o olhar.

— Mas sabe que sou seu segurança até Sebastian voltar, não é? – O modo como ele dissera cada palavra a fez estremecer. Ela se viu presa a ele por um tempo indeterminado. – Então se deseja permanecer viva, deve me escutar. – Retirou a mão do braço de Lis, afastando-se levemente – Na próxima vez, me atenda – Pigarreou ao tentar passar por Lis, mas ela ficou em sua frente.

— Estou realmente cansada de viver dessa forma – Se viu falando – Vamos conviver pacificamente  agora.

— Não estou entendendo, poodle.

— Apenas venha comigo – Segurou na mão de Michael, o puxando em direção a sala. O colocou sentado no sofá indo em direção a cozinha, retornando segurando uma garrafa de vodca e dois copos. – Beba comigo.

Michael a encarou por alguns segundos antes de segurar o copo.

— Poodle alcoólatra – Resmungou assim que ela depositou a bebida em seu copo e em seguida se serviu – O que acha que vai conseguir com isso?

— Paz – Disse sorrindo ao beber um gole da vodca – E também desejo respostas. Vamos fazer um jogo.

— Respostas? Estou interessado – Admitiu ao encará-la – Como funciona?

Lis bebeu mais um gole antes de responder. As regras eram que eles deveriam fazer uma pergunta um para o outro e beber um gole da vodca em seguida, e deveriam continuar até um deles não aguentar ou a bebida acabar.

DARK - Amor Sombrio (Degustação até junho ou julho)Onde histórias criam vida. Descubra agora