CAPITULO 42
KLAUS VICENT REID
Um bastardo do rei da Inglaterra. Isso era tudo o que havia restado de minha identidade após tramar o assassinato do herdeiro do trono, Carl Philipe Willians II. Eu fui louco? Provavelmente, mas tinha sofrido muito tempo atrás da imagem do filho do duque. Enganei a jovem esposa do príncipe, Charlotte, a fazendo agir como eu pretendia somente lhe dizendo palavras doces, fiz o possível para separá-la de Carl, enquanto tentava a conquistar, como havia feito com a antiga namorada dele. Eu sempre invejei Carl, o meu meio irmão. Eu invejava a forma como ele conseguia tudo. O amor do nosso pai. O trono. E amor. Eu não tinha nada disso.
E por causa desse sentimento, não hesitei ao usar tudo o que eu sabia para destruí-lo. Usei contatos para infiltrar homens no palácio e sequestrar Charlotte, enquanto Carl sofria um acidente – arquitetado por mim – e em nenhum momento hesitei. Nem mesmo quando liguei para o rei exigindo que ele contasse a verdade a todos para liberar Carl e Charlotte, mas ainda assim, meu próprio pai, se negou a confirmar a minha existência para o mundo.
Para todos eu era apenas um bastardo cruel e lunático, mas no fundo só queria ser amado.
Eu queria que todos soubessem a verdade.
Eu queria que soubessem que eu era o filho bastardo do rei da Inglaterra.
Queria que todos soubessem o quanto a minha sofreu esperando por uma promessa do rei.
Esperando que ele largasse a rainha e ficasse com ela.
Esperando que ele me assumisse como seu filho e legitimo herdeiro do trono.
Tinha esperado muitas coisas em vão durante anos e quando finalmente comecei a enxergar o mundo como ele realmente era, ela me ajudou uma vez quando eramos pequenos.
Lis era uma criança tímida, mas que sorria para qualquer pessoa que se conversasse com ela. Ela sempre havia sido estranha e um dia, enquanto eu chorava ela me abraçou.
― Plimo, não chole. Eu tô aqui. – Suas palavras infantis apenas fizeram com que eu chorasse ainda mais naquela época. Uma simples criança que não conhecia nada sobre mim, me consolou, como se fossemos irmãos. E talvez, tenha sido por isso que eu a ajudei.
Bom, e também fiquei curioso em descobrir como ela iria lutar contra a realeza doentia. A família Stone sempre destruía qualquer pessoa que ficasse em seu caminho sem ao menos hesitar.
Se eu não tinha coração, eles nasceram sem alma.
E sinceramente, me perguntava o que Lis iria fazer quando descobrisse tudo. Quando percebesse que o rei perverso era apenas um fantoche da rainha, que o príncipe herdeiro era um crápula, que seu marido não passava de um homem tolo e que o terceiro príncipe era o mais idiota de todos.
Eu estava realmente ansioso para ver tudo isso, e talvez conseguisse ver tudo em primeiro mão.
― Será que vai conseguir destruir tudo como Michael deseja, Lis? – Acabei me perguntando dentro da minha cela em meio aos livros.
CONTINUA...
Esse capitulo foi para quem não conhece Klaus (da minha história O príncipe..) possa entender um pouco mais sobre ele.
E no proximo..tudo volta a normalidade :)
Mil bjs
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DARK - Amor Sombrio (Degustação até junho ou julho)
Roman d'amourMichael August Stone pertencia a família real e mesmo que muitos o odiasse e o desprezasse precisavam manter a educação e sorriso na face ao se dirigirem ao segundo príncipe regente. Mesmo que o príncipe fosse um sádico e imoral. Todos conheciam a r...