Sophrosyne: um estado de mente saudável caracterizado por auto controle, moderação e uma profunda consciência do seu verdadeiro eu, que resulta em verdadeira felicidade.
POV LAUREN
NA MANHÃ seguinte, Lauren despertou com cãibra nas costas por causa do chão pedregoso e dormência em um dos braços, onde Camila dormia recostada em seu ombro. Erguendo a cabeça, fixou o olhar no rosto adormecido. Mesmo durante o sono, os lábios carnudos estavam curvados em um sorriso e ela imaginou como pudera se convencer de que aquela mulher era afetada e rabugenta. Enquanto a observava, as pálpebras de Camila tremularam e a boca se entreabriu com um leve suspiro. Não foi difícil reconhecer o exato momento em que ela recobrou a consciência.
Camila enrijeceu a postura e imediatamente se afastou dela.
Com um sorriso cauteloso, Lauren cerrou e descerrou o punho para restaurar a circulação, esperando que ela dissesse alguma coisa.
– Que horas são? – perguntou Camila por fim, com um fio de voz. Nem de longe a mulher ousada e sexy que a mantivera acordada por quase toda a noite, com suas exigências apaixonadas. Mas aquilo não a surpreendeu.
– Passa um pouco das seis horas, acho eu. Se retomarmos a caminhada cedo, poderemos alcançar os outros, antes que levantem acampamento e saiam à nossa procura.
– Está bem.
Lauren a observou vasculhar ao redor, recolhendo as próprias roupas, enquanto mantinha a mochila pressionada ao peito em um gesto tímido.
– Mas antes, acho que devemos nadar mais um pouco – sugeriu Lauren, rolando para ficar de joelhos.
Camila congelou e a encarou com os olhos arregalados, enquanto ela saía para a clareira, completamente nua. Lauren podia ver o desejo e o arrependimento mesclados naquele rosto e soube exatamente o que ela iria dizer. Mas não queria ouvir.
– Lauren… – começou ela, mas Lauren esticou a mão e lhe segurou o tornozelo.
– Depois de nadarmos – dissea.
Por fim, foi obrigada a carregá-la no colo até a margem e atirá-la na parte mais profunda do rio. As duas nadaram, boiaram e fizeram piruetas na água gelada por uns vinte minutos, antes de saírem. Camila tremia enquanto tentava se secar o máximo que podia com a camiseta do dia anterior, e ela se aproximou, aquecendo-a com seu corpo. A proximidade teve o mesmo e inevitável efeito. Logo, as duas estavam se beijando e ela a deitava sobre o saco de dormir na barraca, antes de penetrá-la com um suspiro de alívio. Era por aquilo que ela ansiava, mais nada, pensou Lauren enquanto se enterrava dentro dela. Encontrava-se totalmente cativa daquela mulher. O som chiado que ela deixava escapar quando a penetrava, a fome com que aqueles olhos castanhos devoravam seu corpo, a maneira extraordinária com que ela respondia ao seu toque. Movendo-se com languidez, Lauren prolongou cada investida, se refestelando com a forma como seu corpo deslizava pelo dela. Camila começou a virar a cabeça, frenética, de um lado para o outro, mas ela lhe capturou os lábios com um beijo. Ela lhe sugou o lábio inferior e enterrou os dedos em suas nádegas, incitando-a a imprimir um ritmo mais rápido, forte e profundo. Lauren resistiu, detendo-se na cadência suave e os levando lenta e saborosamente ao prazer.
Apenas quando a viu soluçar e sentir o próprio corpo trêmulo, foi que ela imprimiu um ritmo mais acelerado e, dentro de segundos, Camila atingiu o clímax sob seu corpo. Os gritos de prazer ecoando na clareira. Lauren a puxou contra o corpo se entregando ao próprio êxtase, o nome de Camila escapando dos lábios enquanto se perdia dentro dela.
As duas permaneceram deitadas, com o olhar fixo no teto da barraca, antes de ela finalmente se mexer.
– Quando voltarmos para Los Angeles – começou, com a voz carregada de arrependimento.
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A Revanche
FanfictionCamila demorou um tempo para superar uma paixonite adolescente por Lauren, mas depois de crescida, seguiu em frente com a vida. Até reencontrá-la trabalhando na mesma empresa que ela! De repente, era como se o tempo houvesse encurtado, e Camila não...