Capítulo 20

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Depois daquelas mensagens a primeira coisa que eu fiz foi ir ver o status da Candece e lá estavam várias fotos de nós duas no pub, uma de nós duas deitadas na cama dela e por último uma de hoje de manhã quando eu ainda estava dormindo, dei um murro no sofá e controlei a raiva que eu estava sentindo naquele momento, ela sabia que eu tinha namorada e mesmo que não tivesse rolado nada entre nós Dinah era muito ciumenta pra entender que aquilo era apenas duas amigas se divertindo.

-- O que houve? -- Ela apareceu com duas xícaras de café na mão, provavelmente uma pra mim e outra para ela.

-- O que houve foi que a Dinah ta puta comigo pelas fotos que você postou no seu status e agora ela deve tá querendo o meu pescoço -- falei passando a mão na cabeça em pleno nervosismo, era a primeira vez que eu estava passando por aquilo e não sabia como agir.

-- Nossa me perdoa eu não sabia que ela era tão ciumenta assim e bom ela sabe que somos só amigas -- Ela disse colocando as xícaras na mesa de centro e se aproximou de mim mas eu estava com a cabeça muito quente pra conversar naquele momento.

-- É melhor eu ir resolver isso -- levantei e peguei minha bolsa -- Depois a gente se fala.

Peguei o primeiro táxi que ia passando por ali e dei o endereço da casa da minha namorada que nesse momento eu nem sabia mais se era namorada ou ex namorada, durante o caminho todo o tentei ligar mas ela não atendia então fiquei mandando mensagem só que ela ignorava todas, nem bem o carro parou e eu já era jogando o dinheiro pro taxista e correndo pra porta da casa que eu já estava me acostumando a frequentar, toquei a campainha e foi a pequena Regina que veio atender.

-- Oi Cunha -- ela disse toda sorridente me abraçando.

-- Oi pequena -- abracei de volta e enchi seu rosto de beijos -- Dinah esta ai meu anjo? -- perguntei mas vi que ela hesitou em responder -- Eu te pago o dobro do que ela te pagou pra você me dizer a verdade.

-- Ela está lá no quarto mais mandou avisar que não está -- a menor respondeu estendendo a mão -- Agora me paga 10 dólares.

-- Você não cresce só de esperta -- disse pegando o dinheiro na bolsa e entrando na casa vendo a menor subir correndo para o seu quarto.

Bati na porta duas vezes e não obtive resposta então resolvi arriscar e ver se estava aberta e só então vi que estava, o quarto estava uma bagunça e havia algumas coisas jogadas no chão e outras quebradas, Dinah estava na janela de costas pra porta e eu estava espantada olhando como tudo aquilo estava uma zona.

-- O que está fazendo aqui? -- Ela disse sem virar para me olhar e aquilo me doeu mais.

-- Vim porque precisamos conversar -- respondi entrando no quarto e fechando a porta atrás de mim.

-- Não quero conversar com você agora porque eu estou com muita raiva -- ela continou falando sem me olhar ou fazer qualquer movimento e aquela sua postura fria estava me entristecendo.

-- Por favor amor só tenta me escutar...

-- Não me chama de amor depois de deitar na cama de outra -- ela disse irritada me deixando ainda mais nervosa, eu nunca tinha visto ela assim tão irritada daquela maneira.

-- Eu e a Candece só saimos ontem e bebemos algumas, depois fomos pra casa dela e eu conheci a mãe dela, conversamos e depois fomos dormir e foi só isso dá pra entender? -- Eu disse tudo muito rápido e em um só folego, eu estava com medo de perder a pessoa que eu tanto amava e sim eu amava a Dinah com todas as minhas forças.

Eu amava o jeito que ela me protegia desde o primeiro instante que me conheceu, amava o jeito que ela me olhava, o jeito que ela me tocava, amava as coisas que só ela despertava em mim e eu não podia perder aquilo sem motivos, eu não podia perder justo agora que estavamos tão bem.

-- E porque eu devo acreditar nisso? Quem me garante que ela não tentou nada com você ou que até mesmo te tocou quando você estava dormindo? -- Ela virou olhando em meus olhos procurando algum deslize meu mas eu estava com a consciência limpa e sabia que não houve nada demais.

-- Eu garanto e isso basta -- me aproximei mais um pouco dela -- Eu garanto porque deixei claro que eu namoro com você, eu garanto porque dormimos em lados opostos, eu garanto porque eu amo você e jamais ia deixar que alguém me tocasse se não fosse você.

Ela me olhava intensamente, eu podia ver claramente suas veias no pescoço e braços ja que seus pulsos estavam fechados com força, ela lutava internamente contra si entre acreditar em mim ou não, no fundo ela sabia que eu estava falando a verdade, cada parte de mim amava aquela mulher e todos sabiam disso, e principalmente ela sabia disso.

-- Eu não sei -- ela disse respirando fundo e passando as mãos no cabelo andando de um lado para o outro enquanto isso eu me sentei na beira da cama sentindo algumas lagrimas querendo cair no meu rosto -- Você é minha -- ela disse parando na minha frente com as duas mãos em meu rosto -- Você é só minha e só eu posso te tocar, só eu posso te beijar, só eu posso te amar, porque você é só minha, você entende isso? -- ela perguntou e eu nada respondi pois estava espantada demais com aquela atitude possessiva vindo dela -- VOCÊ ENTENDEU ALLY?

-- Entendi -- disse balançando a cabeça vendo ela soltar todo o ar que guardava e se ajoelhar entre minhas pernas, eu estava confusa demais e ao mesmo tempo com um pouco de medo pois aquela não foi uma atitude da Dinah que eu conheci a um tempo atrás.

-- Você precisa entender algumas coisas Ally -- ela disse me pegando pelo queixo e aproximando sua boca da minha -- Você precisa entender que o que é meu é só meu e de mais ninguém -- dito isto ela me beijou, beijando os meus lábios da maneira mais possessiva que ela já havia me beijado.

Namorada de Aluguel (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora